Insurgente
Mais forte
que o seu antecessor. Foi a minha impressão.
Como livro, eu gostei bem mais de Insurgente do que de Divergente. Principalmente porque o
segundo livro da trilogia deixou de lado a incrível previsibilidade e
superficialidade do primeiro… ainda não eram personagens profundos nem uma
história inovadora, mas foi melhor escrito que o primeiro. Isso parece, de
certa forma, se refletir no filme. O roteiro é mais ágil, as coisas acontecem
depressa, você fica preso à tela, e os efeitos especiais estão lindos o
suficiente para cenas maravilhosas de simulações,
que são incríveis! Não foi uma adaptação realmente fiel – senti falta de muita
coisa, muita coisa do livro, mas eu posso dizer que gostei do filme. Ficou uma
projeção inteligente e bem produzida, recomendada.
Iniciando depressa, Insurgente começa lá na Amizade, e eu realmente adorei aquela
parte, porque a construção da facção ficou incrível. Assim como eu imaginava a
Amizade ela estava ali – novamente as cores não se limitam ao que está descrito
no livro, mas o ambiente e o figurino deles ficaram perfeitos! Os campos de
cultivo, a árvore no meio da sede e do escritório de Johanna… aquela construção
do local e da atmosfera da Amizade ficaram incrivelmente convincentes. E roupas
lindas! Adorei as cores, adorei a mescla hippie
com estilo do interior, e pessoal que cuidava da terra mesmo. E os meninos
ficaram mais atraentes naquelas roupas!
O suspensório do Gus Caleb com a camisa
azul escura? EU QUERO \o/
Azul… Erudição. Só eu que demorei esse tempo todo
para me dar conta disso?
Depois de deixar a quinta temporada de
Chiquititas Amizade, o que foi uma coisa muito rápida e nem teve o
pãozinho, o filme leva os protagonistas até os sem-facção, naquela escapada
terrivelmente angustiante na qual Quatro é quase atropelado por um trem. Achei,
infelizmente, os sem-facção pouquíssimos explorados, eu queria ter visto mais
daquilo ali, foi tudo muito superficial. Não teve o tempo de se aproximar deles
e conhecê-los, de morar com eles nas casas da Abnegação e se dar conta de como
eles não são definidos por uma
característica, e podem ser tudo ao mesmo tempo… justamente o que Tobias quer
ser. E a Evelyn não é a Evelyn que eu imaginei ao ler o livro. Muito mais
jovem, mais bonita, mais maquiada…
Enfim.
Ainda muito depressa, já me deixando assustado com
a rapidez com que as coisas estavam acontecendo, Tris e Quatro acabam na
Franqueza, onde os remanescentes da Audácia estão se refugiando… embora as
confissões sobre o soro da verdade tenham divagado um pouco do livro, mostrando
uma Tris mais sofredora, eu achei legal materializar aquela angústia, uma vez
que não tínhamos sua narração. E o ataque comandado por Jeanine à Franqueza, em
busca de Divergentes, me deixou arrepiado. As pessoas colocadas para dormir,
para que aqueles que não fossem derrubados pelo soro fossem classificados como
Divergentes, e aquela menininha… mas me incomodou, um pouquinho, ver aquele
aparelho de “identificar” Divergentes, e ainda por cima chamar Tris de 100%
Divergente.
Nas minhas contas, ela seria 60%, mais ou menos.
Embora ela tenha genes corrigidos.
Quando pessoas controladas pela Erudição começam a
se suicidar e Tris Prior resolve se entregar para acabar com isso, tem-se
início a minha parte favorita no filme: AS SIMULAÇÕES. Okay, aquela caixa podia
não ser daquele jeito, e umas coisas estranhas e inventadas, mas… FICOU LINDO.
Desde sempre, lendo Divergente, minha
maior paixão foram as simulações. E eu adorei a maneira como Jeanine testou
Tris para que ela abrisse a caixa com a encomenda dos Fundadores da cidade: a
mensagem. Como ela passou por algumas simulações, cada uma envolvendo uma
pessoa, uma facção, para que ela se provasse Divergente… a casa em chamas para
salvar a mãe como Audácia; a confissão de que não queria mais ser Divergente
como Franqueza; poupar a vida de Peter como Abnegação e descobrir que tudo era
falso com o salvamento de Tobias como Erudição…
E, por fim, lutar contra ela mesma na Amizade. QUE
EFEITOS!
A mensagem ainda é aquele momento impactante como
o foi no livro, mesmo que informações cruciais tenham sido deixadas de lado,
como o fato de Tris ter se aliado a Marcus sem o conhecimento de Tobias (Marcus
foi praticamente excluído do filme!) e o nome da mulher na mensagem. Mas uma
resposta parece ter se formado: os Divergentes são o futuro e a salvação da
humanidade, que continua vivendo do lado de fora da Muralha, e apenas os
colocou ali, naquela cidade de Chicago, acreditando que eram os únicos
sobreviventes, como um experimento. Me preocupa que tanta gente esteja andando
como se quisesse deixar a cidade no fim do filme, afinal não é tanta gente que sai, mas vamos ver como
eles começam Convergente…
O final é impactante, aquele último tiro de Evelyn
que deixou todo mundo abismado. A rapidez com que as coisas aconteceram
garantiram um ótimo ritmo ao filme, que nos prendeu. E mesmo com tantas coisas
cortadas ou mudadas, não se pode culpar o ritmo por isso: eles conseguiriam ser
mais fiéis nesse mesmo tempo, ou alguns poucos minutos a mais. Insurgente era história de um único
filme mesmo. Assim como Convergente –
NÃO VEJO história suficiente no livro para dois filmes, e para mim o ápice do
livro está antes da página 200. O que quer dizer que a Parte 2 de Convergente
está fadada ao tédio… de qualquer modo, com as devidas ressalvas em relação ao
livro, Insurgente foi um bom filme
que deve agradar. Eu recomendo.
E eu veria de novo…
Vou ver de novo!
Curta nossa Página no Facebook: Parada Temporal
Comentários
Postar um comentário