Cavaleiro da Lua: Recomeço, Volume 1 – Edição #1 ao #6


O CAVALEIRO DA LUA RETORNA!
Marc Spector, vulgo Cavaleiro da Lua, é um produtor de tevê preocupado em emplacar sua nova série, A Lenda de Khonshu, na preferência do público. Mas o alarmante aumento na atividade criminosa em Los Angeles leva o Capitão América, Homem-Aranha e Wolverine a recrutar as habilidades do alter ego de Spector para devassar a bandidagem local como um vingador oficial. Mas ninguém esperava que, em sua primeira incursão investigando o submundo, o avatar de Khonshu, o deus da Lua, fosse topar com um abrutalhado Mr. Hyde e a estranha carga que ele recuperou em prol de um enigmático senhor criminoso: o corpo e a cabeça de roboô Ultron, um dos maiores algozes dos Vingadores! De volta à carreira heróica, porém, Marc terá que enfrentar algo ainda mais assustador: a brutal diferença entre realidade e alucinação…

O Cavaleiro da Lua não é um dos personagens mais conhecidos da Marvel, mas depois de ler a essa publicação, eu estou realmente ansioso por ver um filme do personagem ou algo assim… o que me chamou a atenção foi essa capa do Cavaleiro da Lua com elementos do Homem-Aranha, Wolverine e Capitão América – depois a sinopse me deixou super intrigado. O Brasil publica a saga em duas partes, e essa primeira parte deixa muito claro o que a história quer contar: um Vingador afastado, um personagem que luta contra o crime em Los Angeles ora como seu alter ego de Cavaleiro da Lua, ora personificando outros personagens. PORQUE ELE ACREDITA QUE É ELES! Eu gostei da ênfase que toda a história tem nos distúrbios psicológicos de Marc Spector, que “conversa” com esses três Vingadores, que na verdade habitam sua própria cabeça… são apenas projeções de sua consciência, e não estão ali na realidade.
Desse modo, tudo se torna bem mais interessante. Vê-lo ter discussões com os três, enquanto sabemos que é apenas ele, ou a maneira como ele decide atacar como Homem-Aranha, sendo na realidade o próprio Marc… e como as garras de Wolverine podem sair do Cavaleiro da Lua, vestido de Homem-Aranha…
Enfim.
A introdução, ou a edição #1 é mais ou menos o que está resumido na parte de trás, aquela sinopse que eu deixei para vocês no começo da postagem. Acaba quando, depois da luta, o Cavaleiro da Lua consegue a Cabeça de Ultron, e ficam naquela discussão de para quê ela pode ser usada… Wolverine, Homem-Aranha e Capitão América estão ali discutindo com ele sobre isso e o Adamantium, até o inteligente “Esse caso vai exigir a ação de todos nós”, que nos mostra que NINGUÉM está ali, é só o transtorno de Mar Spector, sozinho, achando que tem esses cúmplices. São representações de suas diferentes personalidades, conversas dele com ele mesmo materializado em outros personagens. Muito bom. E então eu já estava completamente vidrado.
Já a segunda parte começa com Sheoke Sanada comandando uma boate, e nós vemos as coisas realmente colocadas em prática. Além de termos, novamente, o Cavaleiro da Lua “interagindo” com Homem-Aranha, Wolverine e Capitão América, temos todo um plano de invasão que nos leva a ver o herói se passando por outro oficialmente. Ele invade a boate como Homem-Aranha, ACREDITANDO que é o Homem-Aranha. Mas as várias perguntas de “Quem é você?” e as afirmações de que “Você não é o Homem-Aranha” fazem todo o sentido! As demais personalidades de Marc fazem comentários em uma tonalidade mais apagada, e quando “Wolverine” resolve atacar, as garras saltam numa pessoa com cara de Marc e uniforme de Homem-Aranha.
Incrível como ele personifica os demais personagens, realmente acreditando ser eles.
Mas o verdadeiro Homem-Aranha está ainda em Nova York. A ameaça aos criminosos de Los Angeles não é ele. E por baixo do uniforme de Homem-Aranha, está ali o uniforme de Cavaleiro da Lua. Querem a Cabeça de Ultron de volta, enquanto Maya Lopez “seqüestra” Marc Spector.
Voltando ao seu trabalho, Marc Spector nos apresenta Buck Lime, um ex-agente da S.H.I.E.L.D. que trabalha supostamente para a série de TV de Marc (que ninguém gosta?), mas tem outras funções bem maiores – como ajudar nos trabalhos mais mirabolantes do desvairado Cavaleiro da Lua. Afinal, quando ele seqüestra Buck se passando por Mercenário, todos deviam saber que ele tinha um problema grave. Ele pode ser uma espécie de Vingador, mas eu gosto de como ele pode ser qualquer um a qualquer momento. E então… Plantão Noturno. Grupo comandado por Tique-Taque que acaba com um “encontro” de Maya Lopez e Marc Spector – mas quando é que aquilo poderia dar certo entre Eco e o Cavaleiro da Lua? Uma liga para a Mansão dos Vingadores pedindo conselho, outro conversa com ele mesmo, enquanto sua consciência toma diferentes formas… partimos para a ação desenfreada.

Achei muito interessante, ainda mais do que quando os personagens aparecem materializados para diálogos com Marc, a maneira como os balões coloridos – azul, vermelho e marrom, representando “Capitão América”, “Homem-Aranha” e “Wolverine”, respectivamente – que não saem de lugar nenhum simbolizam os pensamentos e conflitos internos do Cavaleiro da Lua, lutando consigo mesmo em ideologias e planos diferentes! A saga enfoca esse lado do Cavaleiro da Lua, e é justamente a parte mais interessante dele. Para finalizar a primeira parte da saga, os Vingadores propriamente ditos são trazidos para junto do Cavaleiro da Lua, em Los Angeles, e eu realmente gosto de ver essas faces reais dos heróis, além de outras adições, como Miss Marvel e Viúva Negra… mas ainda é fase de ser contidos, Marc Spector ainda está na liderança. Adoro aquela foto final com os três atrás dele e a cabeça de Ultron. Sério!


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