Jurassic World (2015)
Uma angustiante revisita ao fantástico mundo dos
dinossauros!
Quando o filme foi anunciado, ele já foi recebido
com uma empolgação tremenda por parte dos fãs – não é à toa que o filme tão
rapidamente quebra qualquer recorde de bilheteria, e não é à toa que teremos
sabe-se lá quantas sequências, porque segundo Chris Pratt ele já assinou
contrato para elas. O novo filme ambientado nesse mundo onde os dinossauros
vivem tem exatamente aquilo que adorávamos quando assistíamos aos antigos Jurassic Park: um mundo fantástico,
cientistas malucos, personagens carismáticos e um dinossauro específico que
ataca loucamente colocando a vida de todo mundo em risco. O que eu me pergunto
é como os humanos conseguem continuar cometendo os mesmos erros que eles já
cometeram tantas vezes, como se eles não aprendessem absolutamente nada. Tem
uma mensagem muito legal, embora não inovadora, e é um filme audacioso
visualmente falando – incrivelmente belo, a ficção científica também nos deixa
angustiados e apreensivos!
Eu achei muito bacana a maneira como eles não
quiseram mascarar o propósito do filme com um mundo todo bonito, com um parque
em uma ilha que fosse perfeito e incrível, lindo e livre de qualquer perigo.
Porque foi isso o que o trailer sugeriu – mas não, o filme começa nos
apresentando com muito mais ênfase a parte assustadora do que o resto. Até
porque nós sabíamos que as coisas tinham
que dar errado. Então temos uma tomada de ovos se chocando, e depois de
apresentar as duas crianças prestes a ir ao Jurassic World, mas não mostrar os
dinossauros propriamente ditos, o roteiro se preocupou em nos mostrar os
perigos. Primeiro o famoso Indominus Rex,
um dinossauro híbrido que os cientistas criaram em laboratório, e estão
mantendo isolado em um cativeiro… bastante perigoso e temperamental. E os
Velociraptors, que não estão naquele nível de periculosidade, mas são animais
selvagens, difíceis de serem domados.
Assim, quando o filme pula para a parte mais
“mágica”, nós já estamos bastante apreensivos porque as coisas estão
acontecendo depressa e a qualquer momento tudo deve desandar. Ironicamente, por
mais perigosa que seja essa proposta, ainda é muito bacana acompanhar o
Jurassic World, essa MARAVILHOSA ilha repleta de atrações e dinossauros reais. Adoro ver os
dinossauros pequenos brincando tão tranquilamente com as crianças, ou aquele
espetáculo que é o dinossauro marinho – embora assustador – ou então a parte do
passeio naquela esfera, que seria uma coisa belíssima se já não estivéssemos em
um momento tão verdadeiramente desesperador do filme. Mas sério… dinossauros
são belíssimos, e aquelas locações também! Aqueles dinossauros herbívoros na
margem enquanto os visitantes passavam de barco no lago eram lindos, bem como
aqueles que brincavam e corriam pelo Vale enquanto eles olhavam de dentro da
esfera.
Sério, acho que não tem dinossauro mais lindo do
que aqueles.
O grande vilão do filme é o Indominus Rex, que não é realmente
um dinossauro – eu gosto da maneira como o personagem de Chris Pratt, Owen
Grady, age com profunda sabedoria e coração. Ele entende os animais e trata
eles com respeito, e condena a ganância daqueles cientistas em quererem criar
cada vez coisas mais mirabolantes. Porque o problema desse filme nem foi
recriar o DNA dos dinossauros para a apresentação, foi quererem “brincar de
Deus” a outro nível, a ponto de criar um “dinossauro”, e eles nem sabiam o que
estavam fazendo. Criaram um dinossauro muito mais forte do que o normal, com
capacidade de se camuflar, e que era altamente inteligente. Ele arma para que
acreditem que ele fugiu de sua jaula, para de fato conseguir fugir; ele também
arranca o rastreador porque sabe que aquilo não devia estar ali, nele. E ele
começa sua caminhada de matança desenfreada, matando apenas por esporte. Dói o
coração ver aqueles lindos dinossauros inocentes mortos sem nenhum motivo.
Não fosse Owen, sei lá que desastre maior teria
acontecido no fim desse filme!
Embora muita gente tenha morrido.
Muita.
No meio de toda a confusão, acompanhamos com
bastante atenção a trajetória de Zach e Gray Mitchell – eles são mandados para
um fim de semana em Jurassic World com Claire, a tia deles, que é basicamente
uma tia bem ausente e grande responsável por todas as confusões. Os dois,
especialmente Gray, o mais novo, são bastante encantadores, e eu gosto da
história que surge ali. Porque fora o fato de os pais estarem se divorciando (a
maneira como Gray falou sobre isso fez lágrimas se juntarem nos meus olhos),
Gray consegue quebrar a casca protetora de Zach ao longo do filme, e eles
compartilham uma bonita relação de irmãos. A maneira como eles fogem do
Indominus Rex naquela cena pós-Vale, como pulam e como Zach abraça o irmão
quando eles se salvam. Fora as conversas na parte de trás do caminhão dirigido
pela tia.
E os dois lideram uma homenagem bem bacana para Jurassic Park original!
Ah, o que foi Owen na moto correndo com os
Velociraptors?
Depois de tudo o que aconteceu, eu não sei o
quanto os humanos aprenderam com tudo isso – mas o Parque está definitivamente
falido e acabado depois disso tudo, impossível. Toda a trajetória final do
filme é bem envolvente e nos deixa apreensivos, enquanto uma infinidade de
pessoas morrem, um cara ganha nossa raiva completa, e Claire cresce no nosso
conceito. Owen? Nós admiramos o personagem desde o começo, Chris Pratt é a
grande estrela do filme. Sua atitude, sua interpretação, tudo… eu gosto de como
as coisas mudam, de como os Velociraptors são chamados para ajudar, se voltam
contra eles, mas no fim retomam a lealdade a Owen e atacam o Indominus Rex – e
como, no fim, eles precisam de uma ajuda bem forte e surpreendente: o Tiranossaurus
Rex. Acho que passaram seus tempos de vilão, não é? Ou não. De toda maneira, é
uma batalha final bem interessante, com um desfecho incrível, e ficamos
esperando os próximos filmes…
Seria uma nova trilogia?
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