Sense8 1x04 – What’s Going On?
I say hey… what’s going on?
QUE EPISÓDIO PERFEITO! Sense8 é, talvez, a melhor série que eu já vi – eu ainda não sei se
eu posso realmente dizer isso, mas ela está mexendo comigo e com meus
sentimentos de uma maneira assustadora, como eu não me lembro de ter acontecido
anteriormente. Meus sentimentos ficam em frangalhos depois de um episódio, eu
estou chorando por fora e por dentro, cada vez mais apaixonado, mas com um
coração apertado e feliz. Por mais paradoxal que isso seja. Cada personagem
está ganhando um desenvolvimento belíssimo a seu tempo, e todas as histórias
parecem muito bem contadas. Eu adoro esses atores, essas possibilidades, adoro
a premissa da série e o quanto isso permite que eles contem uma história
conjunta e independente fascinante… adoro como eles estão se conectando, ou
como a série pode ser tão verdadeira e tão intensa em todos os seus momentos.
É, certamente, um dos melhores dramas já feitos.
A Sun, que apareceu de verdade no último episódio,
ganhou mais desenvolvimento em sua história – continuamos acompanhando a
maneira como ela foi tratada por seu pai após a morte da mãe [e até mesmo antes
se aquele flashback sobre o irmão
serve de indicativo], e chegamos a um ápice assustador: como um crime terrível
do irmão deve ser confessado por ela para que eles possam fazer com que a
empresa farmacêutica sobreviva a tal escândalo. UM ABSURDO. Eu adoro como a
personagem é intensa e firme, e acredito que essa conexão com seu grupo vá
ajudá-la de alguma maneira… assim espero. Capheus, em paralelo, começa a se
tornar um importante sucesso – a Van Damn nunca foi tão cheia quanto agora,
depois do fim do episódio passado. Mas eu prevejo problemas com a maneira como
lhe foi oferecido todos os remédios verdadeiros de que sua mãe precisa em troca
de guardar uma bolsa e entregá-la em determinado endereço.
Eu gostei bastante de como Wolfgang se tornou
sensível a conexões físicas nesse episódio, sentindo no pé a lama do chão da
África pelo qual Capheus está passando, ou as amarras de Nomi no hospital,
quando ele está no restaurante comemorando o sucesso do roubo lá do começo da
série. Mas o mais importante foi ver sua conexão com Kala – e bem depressa eles
se tornam absurdamente ENCANTADORES. Finalmente entendemos o motivo pelo qual
Kala não gosta de seu noivo (mesmo que ela ainda não tivesse um motivo), quando
ele propõe que eles usem alianças, mesmo que isso não seja parte da cultura
indiana. Então, quando ela vai até o templo de Ganesha para rezar, ela encontra
a foto de seu noivo tachado como “inimigo da Índia”, por tentar transformar a
Índia nos Estados Unidos, destruindo as tradições indianas. Eu acho que é um
tema bastante SÉRIO. Também devo comentar, rapidamente, que foi um máximo ela
presenciando a cena de sexo do amigo de Riley… porque não tem nada a ver com
ela!
Parece que tanta coisa já aconteceu, mas então
ainda tem muita coisa para acontecer, e quando o episódio termina parece que
foi tudo tão rápido que você queria mais e mais e mais. Mas enquanto Nomi é
encaminhada para a lobotomia, Will é trazido à tona [finalmente, estava
sentindo falta dele] no episódio para momentos bem decisivos. Mesmo que ele
tenha tido uma rápida conexão com Sun, se defendendo da arma, e depois tenha
falado coreano mesmo sem saber, ele estava atrás de Jonas Maliki… e eu gosto de
como o roteiro usa o personagem para explicações importantes. “You’re here. I can feel you. / Yes, you can. / But you’re not really
here, are you?” Will, não só porque ele é incrivelmente lindo, tem
as MELHORES cenas. O negócio da visita fora dos 8, ele o primeiro a se
aproximar das respostas, de entender e tudo o mais… tocando a parede, sentindo
o frio, e se perguntando como isso é possível se ele não está ali realmente.
“You’re no longer just you”
Ele é o primeiro a compreender, ainda que
vagamente, toda a mecânica do negócio de compartilhar
a mente. Tudo bem que ele ainda está com uma ligação bem forte com Jonas, que é
de um grupo diferente de oito, mas ainda assim… gosto de como ele explica sobre
a “visita” e o “compartilhamento”; o primeiro o que eles estão fazendo, e o
segundo o que ele só pode fazer dentro de seu grupo, com os seus outros sete
“eus”, acessando idioma, habilidades e afins. E ele é encaminhado, novamente,
para ajudar Nomi no hospital… eu gosto muito da conexão entre os dois, que
parece tão intensa e tão importante. E tudo começa, nesse episódio, quando ele
se vê no corredor do hospital, enquanto ela é encaminhada para a lobotomia, e
logo em seguida ela aparece, completamente dopada, no banco do passageiro do
carro dele, pedindo ajuda. “Fuck!”
Então… temos uma das melhores cenas, ao som de 4 non blondes…
FOI A MELHOR CENA DA SÉRIE! Riley coloca o fone de
ouvido, e então os oito estão percebendo a conexão sem de fato percebê-la – mas
estão todos lindamente conectados com a mesma canção! What’s Up. Riley nos fones de ouvido; Wolfgang cantando no
karaokê; Kala no terraço, bem fofa; Capheus enquanto dirige a Van Damn,
sorridente; Will cantarolando na delegacia; Lito melancólico na cama; Sun no
chuveiro; e, sim, até Nomi na maca! Sério, foi uma cena muito encantadora, que
me deixou todo arrepiado e sorridente… eu mal sei explicar o que foi que eu
senti enquanto a assistia, mas foi algo muito profundo, muito verdadeiro, que
me tocou lá no fundo! Foi uma cena apaixonante que simboliza o quanto eu ADORO
a série, mesmo com apenas quatro episódios assistidos! A animação, a vibração,
o que eles passaram com essa cena toda… simplesmente muito amor <3
E Kala e Wolfgang no final? FOFOS :3
Claro que eu já estava achando que tínhamos um
episódio perfeito finalizado nas mãos, mas então MINHA NOSSA, como foi
excelente ver o Will, depois de cantarolar, acordar com o remédio no braço, e
assumir o lugar de Nomi, para ajudá-la a se soltar das algemas e sair de dentro
do quarto… não só é bom ver que ela conseguiu fugir finalmente – e Amanita
estava fofa de enfermeira para ajudá-la –, como também é bom vê-lo como o único
capaz de entender, ainda que vagamente, o que aconteceu, e ficar feliz por
isso. O seu sorriso por ter feito algo é contagiante, belíssimo. Assim como é
perfeitamente emocionante – e arrepiante – ver a cena de Nomi no taxi, abraçada
a Amanita, chorando e cantando, em paralelo com sua cena com Riley, e as duas
cantando tão lindamente. Um final emotivo e perfeitamente bem construído. Do
tipo de aplaudir de pé e então fazer uma pequena pausa para secar as lágrimas
dos olhos…
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