Arrow 4x18 – Eleven-Fifty-Nine

“You love not talking about that place, huh?”

Foi um episódio bom porque ele foi focado em Laurel Lance… o que seria uma surpresa se você nos dissesse isso na primeira temporada, e até durante grande parte da segunda. Que um dia um episódio em Arrow só seria bom por causa de Laurel. Mas acontece. A série decaiu terrivelmente, continua insistindo em flashbacks desnecessários e usa Lian Yu como um deus ex-machina absurdo, para solucionar absolutamente qualquer problema que apareça durante a série. Então se o Damien Darhk está desesperadamente atrás do totem que vai trazer de volta os seus poderes, é claro que o Oliver precisava ter conhecido esse totem em algum momento naqueles cinco anos que ficou desaparecido. PORQUE TUDO ACONTECEU NAQUELES CINCO ANOS. Tem um limite para o aceitável, produção! Além do roteiro vergonhoso (e da humilhante interpretação risível de Stephen Amell, não me canso de dizer isso), o que salva a série são os rápidos momentos de ação e personagens como a Laurel. Mas ela questionou essa coisa de tudo ter acontecido na Ilha, com algo como “Você adora não falar sobre aquele lugar, né?”, e então os roteiristas a mataram.

Acho que eles não gostam quando as pessoas fazem piada com eles.

Mas eles estão pedindo, ué!

O episódio foi repleto, como se não bastasse, de drama. E o drama de Arrow se tornou tão cansativo que meu cérebro desliga assim que ele começa. Então teve todo o problema da família Diggle. Eita família complicada! Se o Adam estava querendo se fazer de bonzinho mas trabalhando junto com Malcolm Merlyn para enganar a Team Arrow, o que ia acontecer? Todo o drama e choro que você já espera. Uma chatice. Foi extremamente suspeito, já, quando Diggle contou para o irmão que Damien não ia recuperar os poderes porque faltava uma peça no totem… informação que ele não precisava saber, a não ser que fosse um traidor. Então pronto. Ele até tomou uma flechada pelo Oliver na tentativa de fazer todo um teatrinho, daí eles usaram isso excessivamente, enquanto o Oliver pressionava Adam e discutia com o John, que ficava repetindo coisas como “He took an arrow for you. He’s got my trust. Why doesn’t he have yours?” Bleh. E vocês sabem muito bem que já passamos por todo esse drama entre John Diggle e Oliver Queen quando ele se tornou o Ra’s al Ghul, fez coisas que ninguém gostou, e então precisou recuperar a confiança da equipe, mas a de John Diggle com considerável maior dificuldade.

Precisávamos disso tudo de novo?

Assim, ganhamos uma cena que só pode ser parte de uma comédia. Seria forte, ameaçadora, interessante, se tivéssemos um bom ator para interpretá-la. “I think you’ve been working with Darhk since the beginning. I think you and Merlyn have been playing us this entire time”. Não tínhamos um bom ator, é claro. Tínhamos o Stephen Amell. O tom de voz já era ridículo, querendo soar ameaçador, mas mais preocupado em ser sexy, soltando um meio grave, meio rouco. E a cara de boca aberta era uma péssima expressão. Mas a voz… a voz me irrita! Mas é claro que o roteiro lhe dá outra chance… vai lá, Stephen, faça uma boa atuação. Não. O drama se prolonga com Diggle, que diz umas verdades merecidas como “Not all men are like you, Oliver. Some of us change. Some of us grow. Some of us evolve”, embora não fizessem sentido com o Adam realmente um traidor, mas o que importa não é isso. Seria um momento forte, bonito. Mas o Oliver tinha a sua eterna cara de paisagem, não sabia para onde olhar, e não expressava sentimento nenhum. A máscara do Darth Vader é 15 vezes mais expressiva que ele.

Sinceramente, não dá para agüentar mais, então pra mim chega.

Quer dizer, fico até o fim da temporada, não gosto de parar no meio.

Mas não volto para a quinta temporada de Arrow. Não consigo mais.

Por isso, vamos falar dos poucos momentos bons do episódio, que foram todos de Laurel Lance. É muito bom e reconfortante vê-la lutar e vê-la sendo a mulher poderosa que ela é, e pensar no quanto a personagem evoluiu. Ela estava fantástica lutando com roupas normais, ainda melhor do que com o uniforme. E quando ela resolve assumir uma nova missão, quando ela resolve trabalhar para a prefeita, ela precisa abandonar seu posto de Canário Negro. Mas ela vai em uma última missão. “One last time”. E é uma missão contra Damien Darhk que se torna um caos enquanto ele consegue seus poderes de volta. “A father would everything to protect his daughter from the Darhk”. A tensão é grande, temos momentos angustiantes quando Damien pára a flecha no ar (não é a primeira vez) e então acerta a Canário. E embora pudesse haver alguma esperança que ela sobrevivesse, ela fica viva apenas para fazer suas despedidas, de forma emocionante, e saber que o seu caminho ali chegou ao fim. E então ela morre, em uma cena de arrepiar.

Mas acredito que volte. Todo mundo volta em Arrow. Menos o Tommy.

Sobre a emoção de Oliver na morte de Laurel? HAHAHA CADÊ?!

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