[Season Finale] The Magicians 1x13 – Have You Brought Me Little Cakes?
“Fillory and Further: Book Seven / Title TBD
/ by Quentin Coldwater”
Que episódio sensacional e terrivelmente
apavorante! A série me chocou de forma permanente, me sinto um pouco
traumatizado após esse episódio, tão forte e angustiante a narrativa. Embora
estivesse sensacional. Você percebe, agora, para onde toda a temporada
caminhou, e é inteligente, os detalhes se encaixaram e cresceram, mas nós
estamos angustiados por uma segunda temporada. Quando é que estréia mesmo?
Começou fantástico, em todo o sentido
da palavra, e eu estava adorando a aventura nesse Reino novo, eu estava
adorando as referências e a magia, mas depois de todo esse final e do plot aterrorizador da Julia, eu não
consigo nem escrever direito sobre o início do episódio, tão cheio de boa
magia, sem sentir um doloroso aperto no coração de puro horror e asco. De todo
modo, foi uma construção fascinante para essa série, e eu estou impressionado
com a maneira como eles evoluíram e apresentaram algo sério e grande. E tirando
todo o horror de Fillory sob o comando da Besta, em 2016, eu bem que gostaria
de conhecer Fillory. Embora eu não trocaria Oz ou Nárnia por Fillory, de jeito
nenhum. As coisas ali são muito mais assustadoras, e a linha entre o fantástico
e o terror é tênue demais.
Prologue – Holy Shit, You Guys: Fillory!
Chapter 1 – The Journey of the Witch and the
Fool. Você
se lembra que no final do episódio passado, Julia e Quentin tinham usado magia
temporal para voltar para 1942 e então seguir Jane Chatwin rumo a Fillory
quando uma passagem se abriu para levá-la até lá. Eu adorei, instantaneamente,
essa maneira de contar histórias, com o Quentin narrando, conversando conosco,
como o escritor de uma nova era em Fillory. Com uma citaçãozinha a Doctor Who que eu achei digna, com toda
a trama de viagem no tempo (“Our root to
Ember started when we traveled back in time to 1942, to follow Jane Chatwin
through a vaguely TARDIS looking portal to Fillory”), Julia e Quentin
chegam a Fillory e se apaixonam instantaneamente pelo lugar, com uma idéia
interessante: de o ar ser composto por 0,02% de ópio, o que é um jeito injusto
de te fazer gostar de um lugar.
Sobre as peças se
encaixando com os livros que Julia e Quentin cresceram lendo de Fillory, eu
achei bem interessante que eles estivessem integrados à história, desde sempre.
Quando Jane Chatwin foi presa em uma armadilha e eles ficaram esperando os dois
magos que passariam para salvá-la, eu pensei em Harry, esperando o “pai”
aparecer para conjurar o Patrono e salvar seu outro eu, em O Prisioneiro de Azkaban. E então eles finalmente se dão conta de
que são eles. A Bruxa e o Tolo são eles. E eles salvam Jane como deveriam fazer
e como já tinham feito antes, de acordo com o livro. “Thank you, Witch and
Fool. Good talk!”
Chapter 2 – By All Means, Hinge Your Entire
Quest on a Traumatized Boy. O primeiro momento angustiante do episódio, embora nós ainda
não tenhamos noção do quanto, e voltar a essa cena depois de ter visto o
episódio todo é meio assustador. De todo modo, Julia e Quentin foram seguidos a
Fillory por alguém: Martin Chatwin. E talvez tenha um motivo para Fillory não o
estar mais aceitando, mas ele não está disposto a sair agora que chegou ali, e
foi o momento em que, talvez, Quentin tivesse a chance para salvá-lo de Plover
e tornar sua vida melhor. Foram todos questionamentos e possibilidades que me
passaram pela cabeça no momento, antes de me dar conta da profunda reviravolta
que estava para acontecer. De todo modo, conhecemos o cuteleiro, conhecemos a
proposta da Lâmina de Leo, que leva anos para ficar pronta, e toda a questão
dos Reis e Rainhas de Fillory terem que ser da Terra, o que também me lembra os
Irmãos Pevensie como Reis e Rainhas de Nárnia.
Chapter 3 – The Watcherwoman or The Other,
Other Identity. Uma
das minhas cenas favoritas. É rápida e tudo o mais, mas é uma gostosa
brincadeira com as possibilidades da viagem no tempo, muito bem aproveitada.
Sempre vista como uma vilã nos livros (embora o Quentin sempre tenha tido algo
de fascinação por ela), a Watcherwoman aparece para Julia e Quentin e é,
ninguém mais e ninguém menos, a própria Jane Chatwin, como a conhecemos em
Brakebills, mais velha. “Julia, this is Jane Chatwin… all grown-up”. Quando Julia lhe questiona “Can I ask you a question: why are you the
Watcherwoman? She’s a villain”
e ela a responde com outra pergunta, sobre a teoria da vilanização e se ela é
mesmo uma vilã, eu pensei em Wicked.
Não tem como entrar nessa discussão e não pensar na Elphaba! De todo modo, foi
ela quem deu a dica sobre o segredo mantido de Julia, uma memória traumatizante
encoberta e substituída por algo muito bonito. E então eu já comecei a lamentar
toda a cena da deusa do episódio passado.
Chapter 4 – Everything Sucks Now and Why. “Welcome
to Fillory 2016. […]Welcome to the Fillory of the Beast”. É o
momento de juntar os personagens todos, e levar Julia e Quentin, com a ajuda da
Watcherwoman, para o presente, para encontrar o restante da equipe e tentar
lutar contra a Besta. Também é o momento, portanto, de deixar a mágica Fillory
ao estilo de Oz para trás, e apresentar um lugar destruído. Enquanto entendemos
que o cuteleiro já teve tempo de deixar a Lâmina pronta, ganhamos a ilusão de
que Martin Chatwin está morto.
Ha.
Chapter 5 – Be Careful What You Bargain For. Lâmina pronto, mas até
parece que derrotar a Besta vai ser simples, sendo que nas 39 primeiras vezes
eles não conseguiram. Tudo bem, você pode argumentar que eles nunca foram para
Fillory antes, mas ainda assim… “The Leo Blade, as promised. Payment
is due. As promised”.
Começa toda uma rápida jornada para descobrir quem é o Rei de Fillory,
dentre os rapazes, que se casará com a filha do cuteleiro atual, filho do
cuteleiro com o qual eles falaram anos antes. O mais legal foi o horror e o
ultraje de Quentin, mortificado porque ele não era o Rei. “I know! Shocking, right?” Tinha que ser o Eliot, embora eu não ache
que ele pareça Rei, parece mais que ele é o personagem mais descartável entre
os meninos, e por isso pode assumir todo aquele negócio que precisa assumir ao
se tornar Rei em Fillory. Que não é fácil não! “Oh, High King. Makes some instinctual sense, I
guess”.
Chapter 6 – How to Prepare for a Fillorian
Wedding. Parece-me
que os preços a se pagar por um casamento em Fillory são altos demais e parece
uma despedida do personagem de Eliot. Fiquei triste por Margo, mas eles tiveram
uma cena bem fofa no fim. “Is that okay if I hate that you’re
getting married?”
Chapter 7 – Weddings Are so Boring, Penny Would
Rather Astrally Project into a Dungeon. O título praticamente se explica.
Durante o casamento, Penny localiza a Octavia e ela é introduzida de vez ao
episódio, fora aquelas coisas todas de ninguém poder tocar a Lâmina de Leo,
mesmo agora que o pagamento já foi realizado, porque ninguém é um Mestre Mago
ainda. Detalhe para o momento cômico do Penny animado, com o “Oh! Cool!” e se queimando todo.
Chapter 8 – Like I Said, Be Careful What you
Bargain For. De
maneira bem resumida: Eliot precisa transar enquanto os outros precisam lutar
contra a Besta. Parece justo. Melhores falas? ““[…] I have a virgin farmer girl to impregnate” e “Se eu morrer enquanto ele transa, eu vou
assombrá-lo pra sempre!” Sobre o Castelo Invisível no qual Penny e Alice
entram para salvar Victoria, eu só fiquei pensando em A Viagem do Peregrino da Alvorada. Esse episódio estava mesmo cheio
de referências, huh?
Chapter 9 – The Gift of Ember. Nojento. Resumidamente,
NOJENTO. Para mim, aquele Ember era completamente biruta, e parecia um dos
deuses de personalidades e juízo duvidosos escritos por Rick Riordan. Também
tivemos uma referência a Jogos Vorazes
com “I’ll do it. I volunteer, I’ll kill
the Beast” e, por fim, Quentin conseguiu o que queria: o poder que lhe
permitiria tocar a Lâmina e se aventurar na luta contra a Besta. “Only the best and the purest can face the Beast… and that is you”. O único problema é que o
“poder de Ember” vinha em um presentinho bastante nojento: uma garrafinha de sêmen
que ele teria que beber para se tornar mais poderoso. E então todo o momento
mais apavorante do episódio tem início porque Ember tira a proteção da mente de
Julia, e então o negócio fica TERRÍVEL. Vemos primeiro um coração sendo
arrancado, Richard morrendo, e você sabe que a visita da deusa no episódio
passado não foi nada tão bonito e feliz como eles quiseram que nós
acreditássemos antes.
Agora, como é moda nos filmes atualmente mesmo, vamos dividir:
Chapter 10 – Helpless, Part 1.
Julia. Foi angustiante, profundamente revoltante e terrível. Nojento. Acontece
que ela estava, desde que Ember tirou a proteção em sua mente, muito
traumatizada. E quando ela conta para Quentin o que aconteceu, nós
compreendemos. As memórias retornam horrorizando, e toda a cena da invocação da
deusa só piora em um terror visual e psicológico carregado e traumatizante.
Primeiro, depois que Julia tenta impedir a invocação ao ver a santa chorando
sangue, a deusa aparece, tira o coração de Richard, o come e assume sua forma,
se auto-nomeando Reynard, the Fox. Então ele mata os outros três, e Julia
consegue dar tempo suficiente para Kady fugir, salvando-a. Em algum momento da
cena eu estava tão enojado e angustiado que eu não queria continuar assistindo.
Foi forte e horrível demais ver Julia sendo estuprada pelo deus no corpo de
Richard. Nojento. Revoltante. O estado da Julia depois era lamentável,
verdadeiramente destruída, nem conseguindo se manter de pé. Não posso imaginar
o tamanho do trauma! Foi bonito, no entanto, o que Marina fez por ela, estando
ali para ajudá-la depois de tudo, e protegendo-a dessas terríveis memórias de
um jeito muito humano. Ali Marina se redimiu completamente.
Chapter 10 – Helpess, Part 2.
Presente. Quando Christopher Plover aparece, nós sabemos que tem algo muito
errado, e eu já fiquei apreensivo em relação à identidade da Besta. E depois do “Oh my God, that’s Christopher Plover. We were wrong about everything.
Plover is not the Beast!”, ele responde o inevitável: “No. Martin Chatwin is”. E é outro choque bombástico. Ainda
é culpa de Plover, porque foi ele quem transformou Martin nessa pessoa, mas
também teve a ajudinha de Julia e Quentin sem a qual Martin nunca teria
conseguido retornar para Fillory, possivelmente, e se tornado a Besta tomando
diariamente da Fonte do Poder no Manancial, destruindo cada parte em si ainda
humana, e se tornando apenas a Besta. O roteiro é bem escrito e amarrado, e
entendemos como Martin se tornou a Besta, embora para mim ainda seja difícil
emparelhar as duas imagens que tenho do personagem. E para detê-lo, Quentin
decide que embora ele queira ser o Escolhido (uhm, Harry Potter ou O Senhor dos
Anéis!), Alice é mais ideal para o trabalho. Embora eu tenha uma teoria de
que ele só não queria beber o conteúdo do frasco de Ember. Então Alice toma,
fica poderosa, todos vão para o Manancial e nós temos uma reprodução dolorosa
do escritório de Plover, e a tensão apenas cresce em um clímax tenso que não
tem fim.
E o episódio termina. Num cliffhanger
GRITANTE para a próxima temporada!
Mas eu acho que fez perfeito sentido a Julia querer aquele Acordo com
a Besta, infelizmente.
Para finalizar, eu preciso comentar como um todo
(e desculpem-me mesmo a imensidão desse texto, acho que eu me empolguei demais,
muito obrigado se você leu até aqui!) que esse episódio foi fantástico, assim
como toda a temporada. Eu esperava algo quando The Magicians começou, mas ela ganhou corpo com o passar dos
episódios e se tornou uma série madura e cheia de conteúdo, com uma boa
história, e muito choque. Tem todo o potencial, e acho que eles enxergaram isso
lá no início da temporada quando ela foi, bem cedo, renovada para a segunda
temporada. Agora eu estou esperando ansiosamente pela continuação, embora eu
não consiga pensar em como essa história vai continuar. Mas tendo em vista o
padrão de qualidade dessa primeira temporada, não acho que eu deva mesmo me
preocupar. Dúvidas para aqueles que leram o livro: o primeiro livro acaba por ali mesmo? Quer dizer, eu quero saber se
ainda há coisa a ser explorada, se eles mudaram muito o final ou se está mais ou menos no mesmo ponto, o que quer
dizer que a segunda temporada seria o segundo livro.
Obrigado e até a segunda temporada!
Episodio fantastico, bem, o primeiro livro acaba só um pouco depois dessa cena embora no livro tenha sido bem mais grandioso que isso mas acho que só o orçamento de um filme seria o suficiente pra fazer algo parecido com o livro e tinha uma resolução com a morte do Martin, bem, sobre o Rei Elliot, na verdade são 4 reis(2 reis e 2 rainhas... Narnia rsrs) mas tem o rei-mor e esse é o Elliot msm no livro, fato interessante é que só depois que o Penny perde as mãos que ele vai parar nas bibliotecas e aí some, resolvi ir pro segundo livro agora e já no terceiro capitulo ele ainda não apareceu, sobre Ember e Amber, que caracterização e personalidade mais feia na série kkk, nos livros eles não tem essa aparência humanoide, são realmente caprinos(não lembro se ovelhas ou algo assim), na cena final em que o Penny perde as mãos, o Quentin fica a beira da morte e acaba ficando em Fillory aos cuidados de uma certa raça por algum tempo até que acorda do coma e dps dá um jeito de voltar pra Terra, o livro 1 termina com o plot dos 4 reis indo pra Fillory e o livro 2 começa lá.
ResponderExcluirPS: então se seguir o Livro e ficar em Fillory, não; não perderemos o Elliot.
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