[Series Finale] 11.22.63 1x08 – The Day in Question


“All I wanted to do… was save Kennedy”
Tudo aconteceu bastante depressa nesse Series Finale, e eu confesso que fiquei bastante surpreso com o fato de, em 15 minutos de episódio, eles terem conseguido impedir Lee Harvey Oswald de matar o Presidente John F. Kennedy. Sinceramente, foi inocente e nem tinha parado para pensar no que aconteceria depois disso, caso ele fosse bem-sucedido, mas isso me passou pela cabeça assim que Jake Epping estava retornando para 2016 e nós estávamos mais ou menos na metade do episódio. Eu me abracei para uma espécie de 1985 Alternativo… se você viu De Volta Para o Futuro II sabe o que isso significa. Foi um final incrível! A série contou com 8 episódio bem estruturados e eletrizantes, e foi uma finalização maravilhosa. Eu senti falta do Al nesse final, confesso, mas foi uma história e uma série lindíssima, com um final inteligente, uma bela mensagem e muita emoção. Não é o clássico da ficção científica, repleto das complexidades da viagem no tempo, mas suas nuances são cativantes e ela está presente no cerne de toda a construção de um excelente drama e suspense de Stephen King. Agora eu ainda estou com uma vontade imensa de pegar o livro para ler!
Como o penúltimo episódio acabou já no dia 22 de Novembro de 1963, faltando apenas algumas horas para o assassinato, nós podíamos esperar todo tipo de ação da linha do tempo, tentando impedir que Jake Amberson-Epping chegasse até o Dealey Plaza e impedisse que John F. Kennedy fosse assassinado. Mas a linha temporal colocou bem menos empecilhos em seu caminho do que eu imaginava… ela o retardou com visões do pai de Harry, ou então de Bill, como fantasmas das pessoas que morreram por sua causa, como Ricardo atormentado por seus fantasmas no fim de Ricardo III, de Shakespeare. Mas rapidamente. A linha temporal tinha planos muito menores, como ruas congestionadas e uma multidão a ser atravessada. Mas detalhe a detalhe, a história era mudada e o caminho se tornava mais longo e complicado para Jake e Sadie. “There’s something wrong, he was supposed to know about this, okay. The past is changing things and anything could happen”. 12:29, a um minuto do primeiro tiro, que Lee Harvey Oswald erraria, os dois subiam as escadas desesperadamente, até que impedissem John F. Kennedy de ser assassinado.
Controvérsias à parte, meu coração saltou de ver Jake ser bem-sucedido!
Assim, tudo começou a desandar enormemente para Jake Amberson. Lee Harvey Oswald tinha sido morto no lugar do presidente. Sadie Dunhill morreu nos seus braços. A polícia o prendeu como um criminoso, que não só tentou matar o presidente, mas matou mais duas pessoas no sexto andar daquele prédio. É bacana como parece que as coisas estão se resolvendo, como eles entendem que foi um mal-entendido, e como Jake confronta os policiais com informações precisas que conseguiu por ser do futuro, como a existência da carta que falava do atentado contra o presidente. E assim ele é liberado, com direito a um emocionante telefonema de John F. Kennedy e sua esposa agradecendo por ele ter salvado a vida dos dois. Manteve-se escondido, com a identidade encoberta, mas um verdadeiro herói americano. Um herói americano atormentado por visões de Sadie, na estação enquanto ele tenta voltar para Lisbon, Maine, lendo o mesmo livro que lia quando ele a viu pela “primeira” vez. E então ele sabe exatamente o que fazer: voltar para 2016 e depois para 1960. Resetar. Consertar tudo. Fazer direito dessa vez.
Mas então ele chega a um 2016 Alternativo e terrível…
E você percebe que a linha do tempo tinha razão o tempo todo!
Bem depressa tudo fez sentido, em uma importante construção recorrente a histórias de ficção científica que envolvem viagem no tempo para mudar o passado: o passado alterado não produz um futuro melhor. E você sabe disso assim que Jake chega e não existe mais o restaurante do Al. Não há cores no lugar, uma espécie de futuro pós-apocalíptico, sem vida, repleto de sofrimento e melancolia. Feio. Angustiante. É Harry quem explica, depois de perguntar-lhe se ele é um anjo, tudo o que aconteceu para Jake: como não teve Guerra do Vietnã, nem o 11 de Setembro. Parecia bom. Mas havia os Campos de Refugiados de Kennedy, os bombardeios… John F. Kennedy precisava morrer para que a história se escrevesse como ela deveria ser. Isso é uma proposta interessante e, por vezes, difícil de aceitar: a necessidade de algo ruim acontecer para tudo ser como é. Mas acredito que as coisas acontecem por um motivo, e a morte de Kennedy é parte da história dos Estados Unidos. E ninguém disse que essa história seria melhor caso ele não tivesse morrido. Tudo acontece por um motivo.
Única coisa a fazer, é retornar no tempo uma vez mais…
11:58. 21 de Outubro de 1960. Piloto.
É emocionante ver aquela cena uma última vez. Ver Jake caindo em 1960, o cara derrubando o vidro de leite, o carro rosa passando com as garotas… SADIE! E então ele vai atrás dela. Salvar JFK não é mais importante. Harry não quer que seu pai seja morto, porque era seu pai, no fim das contas. Jake só precisa recuperar Sadie. E ele vai até ela, estranho e assustador, mas encantador. E quase fica preso no seu próprio loop, outra mensagem importante e comovente, dessa vez pelo cara do chapéu. “It’s got you, brother. You’re in your own loop”. Ele não pode se permitir retornar para 1960 inúmeras vezes, tentando ficar com Sadie e assistindo-a morrer repetidamente. Não pode. Assim, depois de um emocionante “I know”, ele deixa ela ir e resolve viver. O final é emocionante, DE CHORAR MESMO. O “I’m sorry I didn’t help you” para o Harry, enquanto chora abraçado com ele e ganha de volta uns “You’re a good man” me destruiu. O Harry e o Jake são muito fofos! Sadie Dunhill, velha e feliz, em 2016, é perfeito. O discurso dela foi lindo, a leitura do poema também. Os olhos dele e os aplausos. A dança. A conversa. “Have you… have you had a happy life?” A preocupação dele de saber se ela foi feliz, porque se ela foi feliz ele não precisa se preocupar com ela.
Lindo, inteligente e emocionante demais. AMEI DEMAIS!
“I can swear! I do know you. Who are you?”
“Someone you knew in another life”

Para mais postagens de 11.22.63, clique aqui.


Comentários