Person of Interest 5x11 – Synecdoche
“Looks like our new number is the president of the
USA”
Dois episódios sensacionais (onze e doze) que me
fazem pensar no quanto eu NÃO estou preparado para me despedir de Person of Interest. Que série incrível,
de verdade! Com a equipe reduzida, de certa forma nós tivemos episódios bem
diferentes entre si. Um deles nos levou a alguma época lá do começo da série,
como uma espécie de novo recomeço que poderia até gerar um spin-off mais procedural.
Mas ao mesmo tempo, ele nos apresentava um Harold Finch divergente que,
assumindo a posição do fim do episódio 10, se torna mais frio e intenso de uma
maneira eletrizante que faz com que amemos o personagem ainda mais! O outro
episódio, por sua vez, traz um espírito de resolução quase assustador, e
possibilidades de como seria o mundo caso a Máquina jamais tivesse existido. E
o clima para o Series Finale é
preparado angustiantemente, e não sabemos exatamente como essa série pode
terminar. O espírito de despedida é mais evidente do que nunca, e por isso
mesmo é doloroso assistir aos episódios e ver que o roteiro está tão conformado
com a ideia de nos separar desses personagens.
Vamos sentir tanta falta!
O Synecdoche
trouxe a equipe reduzida, sem a Root e sem o Finch. E o caso do episódio era o
número do presidente dos Estados Unidos. Enquanto Sameen Shaw, que se recusa a
fazer o devido luto, e John Reese trabalham para defender o presidente,
personagens do passado retornam em uma finalização impressionante para toda a
trama da série como um todo, em uma bonita tentativa de fechar ciclos. Números
muito antigos estão de volta, a princípio apenas como participações, mas
expondo toda sua relevância até o fim do episódio. Logan Pierce é o primeiro a
retornar ajudando o Reese a entrar na festa para a qual não tinha sido
convidado. O episódio tem toda a ação eletrizante que divide espaço com o
intelecto da ficção científica protagonizada por Harold Finch, a Máquina e a
Samaritan. Shaw estava descontando toda sua frustração em lutas, demonstrando
seu luto por Root em pancadas. E toda a trama meio que lembra o assassinato de
John F. Kennedy, com as ameaças e a praça na qual um discurso aconteceria no
dia seguinte.
E qual é a única forma de salvar o presidente?
Atirando nele.
Gosto muito das escolhas de Person of Interest em relação à sua forma de contar as histórias. É
eletrizante, dinâmico e um pouco angustiante. O suspense estaria maior no
episódio seguinte, mas a proposta de trazer os “fantasmas” da própria série de
volta foi um máximo! Depois de Pierce, retorna também Joey Durban, e você sabe
que não pode ser uma simples coincidência, mas não entende a proposta da
brincadeira do roteiro conosco. “Hey, you know what? I’ve never got
the chance of thanking you for saving my life!” E quando Reese e Shaw precisam atirar
no presidente para salvá-lo e acabam perseguidos, com razão, é Joey quem os
salva. “He’s one of our first numbers”.
E então tudo faz sentido, afinal, porque eles estavam sendo mandados pela própria
Máquina para ajudar Reese e Shaw. O trabalho deles. “We got your number, John”. Fazendo o trabalho que, tantos anos atrás,
Reese e Finch começaram fazendo. Novos agentes da Máquina que trabalham com os
números e esses casos a serem evitados enquanto a equipe original está mais
envolvida na guerra maior. É incrível, verdadeiramente incrível!
Durban, Pierce, Harper. Uma nova equipe.
Como os originais Finch, Reese e Carter…
“You guys do what we do?”
Os dois lados da história são completados por
Harold Finch, em uma jornada solo, fria, rumo a colocar um fim nessa Guerra de
uma vez por todas. É interessante conhece ruma nova faceta de Harold Finch,
definitivamente, que age de forma muito mais fria e intensa. Ele passa o
episódio separado da equipe, conversando com a Máquina (com a voz de Root),
enquanto ela tenta convencê-lo a permitir que ela assuma todo seu potencial. “I can help so many yet… you shackle me”. E Harold pensa em sacrificá-la. Nós
percebemos os seus métodos extremos quando ele tenta conseguir o vírus Ice9,
que é o que pode deter a Samaritan, supostamente a única coisa que pode. É
estranho que eu goste ainda mais do Finch (mas sempre o amei, vocês sabem,
minhas postagens não me deixam mentir) agora?! Quer dizer, aquela cena dele
contra Terrence Johnson, usando as informações que a Máquina lhe passava e a
necessidade de um transplante de coração de sua filha, Maria, para fugir? Foi
ESPETACULAR. É muito mais frio, e eu gosto de ver o Finch assim. A determinação
cresce nele quando ele assume essa postura de quem fará qualquer coisa para
atingir seus objetivos…
“This is time for a different
tactic”
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