American Horror Story: Roanoke 6x02 – Chapter 2
Acho que, por enquanto, a temporada me parece
muito centrada. Com uma coisa levando a outra, o roteiro dá indícios de saber o
que está fazendo e aonde vai. Há uma trama que está sendo desenvolvida, com
mistérios na medida certa. Um episódio de apresentação, um episódio de
exploração que amplia a Mitologia da temporada e explora um pouco mais das
possíveis tramas. Gosto do tom de suspense que a série adquiriu. Apesar dos
horrores daqueles porcos sangrentos, a
temporada ainda não foca no horror, mas sim em algo mais próximo do terror.
Não dá medo (mas dá alguns sustos), não ainda pelo menos, mas tem a
característica do suspense que eu adoro e nos deixa apreensivos. Eles estão
sabendo fazer isso muito bem. E, como eu já disse na review da estreia de Roanoke,
eu realmente gostei do tom que o fato de ser um documentário dá à série. A ação
é calma, cortada pelas falas dos personagens. E eu acredito que isso ainda vá
se expandir de forma significativa em algum momento. Com os atores ou sei lá o
quê.
Talvez Lily Rabe e Sarah Paulson ainda se separem
como “Shelby”.
O fato é que o episódio começa depois que Shelby
fugiu e encontrou o povo da colônia, mas ela é rapidamente resgatada – bem como
rapidamente a família ganha a fama de louca e deixa de ser levada a sério. Quer
dizer, Shelby tem toda a história com os fantasmas que ela enxerga. E eles
tentam acreditar (é mais fácil acreditar nisso) que tudo não passa de uma forma
de assustá-los para que eles deixem a casa. Deixam de pensar nisso quando Matt
tem a sua própria visão no meio da noite, das duas enfermeiras matando uma
velhinha na sala da casa, espirrando sangue na parede e pichando um “M de
Margaret”. Também temos Lee que leva a filha para a casa dos Miller, mesmo que
ela esteja aquele caos todo – e então Flora conhece Priscilla. Ameaçadoramente
dizendo que vai matar a todos na casa, e Flora será a última, obrigada a
assistir a tudo. Eu acho que isso tudo cria um bom sentimento de tensão no
episódio, é apenas algo para instigar-nos a nos envolver e viver o que virá em
seguida, que é ainda melhor.
Quer dizer, Denis O’Hare!
Denis aparece interpretando o Dr. Elias Cunningham
em uma fita que Shelby e Matt encontram no celeiro próximo à casa. E então nós
temos uma história secundária que se delineia pela primeira vez. Ele explica
toda a trama das enfermeiras. As duas enfermeiras alugaram a casa e a usavam
para matar velhinhos que lhes eram entregues pelas famílias que já não queriam
mais cuidar deles. E eles eram meticulosamente escolhidos através das primeiras
letras de seus nomes. “M de Margaret” e assim por diante. Formando a palavra
que as enfermeiras psicopatas mais gostavam: MURDER. Mas, na parede pichada da casa
dos Miller, nós não vemos um MURDER completo, e apenas MURDE. Quer dizer, não
deu tempo de completar com o último “R” porque, supostamente, algo ainda maior
e mais macabro se desenrolou ali. O que quer dizer que, por piores que fossem,
o pessoal da colônia também atormentou as enfermeiras. Então os Millers são
apenas os próximos. E eu não posso deixar de pensar que, talvez, os atores
reencenando sejam os próximos.
Já estou querendo ver isso!
Acho que a temporada assumiu um tom que eu estou
adorando. Mistura o macabro com algo que é meio assustador. Ainda estou curioso
para ver a que caminhos Roanoke vai
nos levar, mas estou confiante, talvez pela primeira vez de verdade em vários
anos de American Horror Story. Desde Asylum. Tem tudo para ser uma temporada
EXCELENTE, se eles mantiverem esse tom. Adoro o suspense, o mistério, os
sustos. A trama, até agora bem linear (mas repleta de possibilidades a serem
exploradas, calmamente), fez com que Lee levasse Flora de volta para a casa,
mesmo com todas as coisas bizarras que vem acontecendo no lugar. E o episódio
termina quando a garota desaparece e sua blusa aparece balançando no topo de
uma árvore. Ainda estamos vivendo My
Roanoke Nightmare na íntegra. Eu acho que dentro de umas duas horas e pouco
ele deve chegar ao fim, talvez, não? O que quer dizer que podemos ter uns três
ou quatro episódios assim antes das reviravoltas conhecidas de American Horror Story? Bem, confesso que
estou empolgado e já me apaixonando perigosamente pela temporada. Fotografia,
atuação e o clima… tudo está tão
encaixadinho!
P.S.: Ainda sinto falta da
abertura. Mas não vou ficar reclamando disso.
P.P.S.: Fitas vão ser o quê
dessa temporada, huh? Ansioso por mais. Macabras e perturbadoras.
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