Doctor Who, 2009 Christmas Special – The End of Time, Part 1
“For Gallifrey! For victory! For the end of time
itself!”
Que episódio aterrador! É impressionante a
grandiosidade que Doctor Who atinge
para narrar a grande despedida de David Tennant do papel de Doctor. É o fim do
Tenth, a primeira parte de sua última aventura, e as proporções que isso toma
são gritantes! Um episódio de tirar o fôlego, totalmente, traz de volta o
Mestre em um de seus piores momentos, completamente desvairado com um plano
diabólico terrível para acabar com a raça humana, que sempre foi a favorita do
Doctor e, consequentemente, garantir a sua imortalidade, de alguma maneira. Com
uma pegada meio Harry Potter o Cálice de
Fogo, o Mestre retorna com uma Horcrux em um anel, e o Doctor precisa fazer
de tudo para impedir que seu plano se conclua, enquanto os Senhores do Tempo se
reúnem e se preparam para um triunfante e espetacular retorno. Inesperado e
grandioso! O episódio teve suspense, teve um pouquinho só de diversão, e muita
emoção. Uma angústia atrás da outra, um sentimento forte atrás do outro.
E como dói ver a Donna Noble de volta e não poder
colocá-la na TARDIS!
O episódio começa com Wilfred Mott, o queridíssimo
avô de Donna Noble, e o início de todo o plano do Mestre, infiltrando-se na
mente de todos os humanos, que sonhavam com ele e acordavam sem essa memória.
Todos, menos Wilfred. Enquanto isso, o Doctor retorna ao Planeta dos Ood em uma
cena cheia de pesar. Eu gosto de como essas referências são trazidas de volta,
e como elas sempre estiveram plantadas nas temporadas anteriores. As quatro
batidas. A maneira como a música do Doctor estaria chegando ao fim quando ele
enfim retornasse. E ele retornou, 100 anos depois de Doctor-Donna terem deixado
os Oods em liberdade. O Doctor estava nervoso. Apreensivo. Tentando negar a
visão dos Oods porque ele sabia que o Mestre estava morto. Tinha que estar. “Wilfred?
Is he alright? What about Donna? IS SHE SAFE?” E enquanto toda a
raça humana sonha com a diabólica risada do Mestre, ele retorna.
“The darkness heralds only one
thing: the end of time itself”
A cena é forte, bem como todas as cenas do Mestre
– ele está muito mais fora de controle do que quando o vimos pela última vez,
na terceira temporada. O Mestre não só está perigoso, como sempre esteve, mas
instável. Certamente, o ultimate
vilão de Doctor Who. Fora de si,
completamente. Eu achei, em grande parte, que a sacada do Mestre no episódio
era associá-lo a um tenebroso filme de terror trash. E eles conseguiram fazer isso muito bem! Aqueles pulos
monstruosos do Mestre, por exemplo. A primeira cena em que o Doctor e o Mestre
se encontram, por exemplo, foi extremamente tensa, digna de um fantástico filme
de terror e/ou suspense. A trilha sonora angustiante, a maneira como o Mestre
ria de forma descontrolada e o Doctor o perseguia naquela cena que deixou os
nervos à flor da pele. Nós sabíamos que ainda teríamos momentos muito fortes
entre aqueles dois Time Lords até o fim do episódio.
E tivemos.
Mas não antes do Doctor encontrar Wilfred.
E FOI MUITO FOFO \o/
O Wilfred é mesmo FENOMENAL, com uma fofura
inigualável que faz com que o amemos incondicionalmente. Queríamos tê-lo como
avô! Mobilizando toda uma parte sênior da população da cidade, o Wilfred
consegue encontrar o Doctor dentro de algumas horas, o que é bem
impressionante. Impressionante até demais.
Mas antes de chegarmos na parte verdadeiramente séria da conversa dos dois,
como não mencionar: AH, AQUELAS FOTOS!
Adorei a Minnie, toda assanhada, dizendo que o Wilf não tinha dito que o Doctor
era tão bonitão! E ainda teve aquele outro velho todo assanhado em relação ao
Doctor também. E o sorriso falso do Doctor que ficou MUITO FOFO. E, a cereja do
bolo: a mão boba de Minnie! “Is that your
hand, Minnie?” Mas, posteriormente, o Doctor conversa de verdade com
Wilfred Mott, e abre o seu coração em toda uma sequência comovente, que se
inicia com uma profunda desconfiança. Mas é ele. É mesmo Wilfred. A questão é: como ele conseguiu encontrá-lo com tanta
rapidez? Algumas pessoas tentam há anos e nunca conseguiram! Alguma coisa
ainda os liga, ainda os conecta.
E eu acho que só poder ser a Donna.
A conversa foi extremamente emotiva, de nos
destruir. O Doctor fala sobre se regenerar, sobre partir, sobre morrer. Começa
o pesar de David Tennant por estar deixando o papel. Ele fala da regeneração de
uma forma sofrida que não havia sido mencionada antes, como uma verdadeira
morte. Refletindo sobre como tudo o que ele é agora morre. Como outro homem
assume o seu lugar, andando por aí, mas não é mais ele. “Even then. Even if I
change, it feels like dying”. Foi muito triste. Foi pior ainda ver Donna, de longe. Ouvir sua
voz, seu jeito de falar, e saber que ela não mudou nada. “Don’t. You. Touch. This. Car”. Que ela ainda é a Donna que amamos
TANTO. Dói também que o Wilfred diga que às vezes ela fica com o olhar perdido,
triste, como se não soubesse o motivo de estar se sentindo assim. Para
finalizar de forma destruidora, o Doctor fala sobre como está viajando sozinho
porque achou que seria melhor, mas estava errado, porque fez coisas que deram
muito errado. O medo de morrer.
As lágrimas do Doctor.
E então era verdade e ele precisava admitir: ele precisa da Donna!
Nesse momento, notamos a preparação intensa para o
grandioso retorno dos Time Lords no próximo episódio, efetivamente. “As Earth rolled onwards into night the people of that world did sleep.
And shiver. Somehow knowing the dawn would bring only one thing. The
final day”. Pouco antes de o Doctor lutar novamente contra o Mestre, em outra
cena forte. O Mestre, descontrolado, quase se tornando o Gollum, cheio de
falhas, insano, derruba o Doctor e traz memórias antigas de Gallifrey, quando
eles eram crianças juntos. E amigos.
E o Doctor lida com o choque de ter sua mente conectada à do Mestre. Ouvir o
que ele ouve. “I heard it. But there’s no
noise. There never has been. It’s just your insanity.
What is it? What’s inside your head?” E então o Mestre é sequestrado
enquanto a Donna dá para o avô um livro de presente que mostra como a sua mente
ainda funciona de acordo com eles, como ela ainda não se esqueceu de tudo
completamente, e o Wilfred recebe uma mensagem misteriosa sobre como precisará
se armar.
Mas o Doctor não pode saber disso.
Vocês perceberam o quanto DÓI ouvir de novo a
risada da Donna?!
“Oh, she’s still fighting for us, even now. The Doctor-Donna”
Dali para a finalização do episódio, o Wilfred se
torna um companion do Doctor
oficialmente, mesmo que por um tempo pequeníssimo. É digno e necessário que ele
esteja na TARDIS ao menos uma vez (“You
can’t come with me” “Well you’re not leaving me with her” “Fair enough”)! E
sabe o que eu sabia dizer? WILFRED PARA
COMPANION JÁ! E você sabe que há algo muito errado quando o Mestre faz o
que lhe pedem, quando ele se sente motivado pelo cheiro do Doctor se
aproximando, quando ele está preso em uma camisa de força mas continua rindo,
porque tudo está indo exatamente como ele planejou. “It doesn’t just mend
one person at a time. It mends whole planets”. A tensão só cresce de forma estrondosa,
e é uma agonia quando o Mestre entra no Portal, rindo loucamente, afetando
todos os humanos, com raras exceções, como o próprio Wilfred e Donna. E você
teme pelo plano do Mestre, que é mais louco do que JAMAIS foi!
“They’re not gonna think like me. They’re
gonna become me”
Tudo flutua entre o completamente assustador e o
bizarro. TODOS OS HUMANOS SE TORNAM O PRÓPRIO MESTRE. É angustiante para Donna
ver a mãe e o noivo se tornarem o Mestre, mantendo a mesma roupa. É risível (e
eu tive que rir, por mais nervoso que eu estivesse) o Mestre com todas aquelas
roupas do mundo todo, masculinas e femininas. Aqueles pulinhos. O Mestre é
louco. Completamente. E aquilo é, provavelmente, a coisa mais bizarra que já
vimos em Doctor Who. E já vimos MUITA
coisa bizarra. E, assim, os humanos não existem mais. Apenas extensões, cópias do Mestre. “The human race has always been your
favorite, Doctor. But now there is no human race. There is only the Master Race”.
E para acabar o episódio no ápice extremo da tensão, acompanhamos Donna,
graças à transformação da mãe e do noivo, lembrando de tudo, com flashes de sua temporada maravilhosa,
mas é desesperador porque parece que sua mente vai explodir. E nós pedimos
ardentemente, mais uma vez, que vocês
salvem a Donna. E o final mostra toda uma horda de Time Lords. Retornando.
Tensão
TREMENDA!
“For this was far more than humanity’s end. This day
was the day upon which the whole of creation would change forever. This was the
day the Time Lords returned. For Gallifrey! For victory! For the end of time
itself!”
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