O Jardim Secreto (The Secret Garden, 1993)
Uma história simples e perfeitamente bonita.
Esse filme eu escolhi por uma lembrança tão antiga
na minha mente, cuja história já estava quase apagada da minha mente. Mas eu me
lembrava da sensação. Eu lembrava da esperança, de como o filme era bonito e
emocionante. Eu tinha recordações claras de todo o jardim, do portão que Mary
Lennox abria e dava acesso àquele lugar tão bonito… mas eram flashes. Eu me
preparei para vivenciar tudo novamente, e fiquei completamente admirado. O
filme de 1993, baseado na obra de Frances Hodgson Burnett (que eu ainda não li,
mas pretendo ler!), é uma história muito bonita repleta de mensagens
inspiradoras, e uma obra que te faz suspirar de satisfação no final. Eu entendo
todas as diferenças e distâncias, mas me fez pensar em Pollyanna.
O filme é basicamente um êxito. Ele começa nos
apresentando Mary Lennox: uma menina de dez anos que mora na Índia, e não tem
amor por parte de ninguém na sua família. Sua mãe e seu pai parecem pouco se importar
com ela, e quando eles morrem em um terremoto (do qual ela se salva
escondendo-se embaixo da cama, agarrada a uma miniatura de elefante da mãe), a
menina nem consegue chorar. Porque ela
não sabe chorar. Cercada de riquezas, a menina cresceu arrogante, mandona e
praticamente sem saber fazer as coisas mais simples, como se vestir. Mas ela,
assim como Colin, me faz pensar em como as crianças são aquilo que foram
criadas para ser. Eu não vejo como ela poderia ter sido diferente, criada da
maneira como o foi.
Depois de 6 meses, Mary chega à Inglaterra, onde é
levada à Mansão do seu tio. As coisas na casa são completamente escuras e
sombrias. Sob os cuidados de uma rigorosa governanta, a casa parece basicamente
morta. A vida deixou o lugar há
aproximadamente dez anos, quando sua tia, irmã gêmea de sua mãe, morreu. O tio,
o Lord Archibald Craven se fechou para o mundo, e passou a viajar muito,
enquanto o filho do casal, Colin Craven, que nasceu prematuro, é mantido
escondido de todos em um quarto, supostamente cheio de doenças. Mary Lennox,
embora uma menina órfã bastante rebelde e mal-criada, é extremamente corajosa e
curiosa – começa a explorar a casa e a redondeza, descobrindo coisas que mudam
a cara do lugar.
Primeiramente, ela descobre um jardim. O jardim,
agora abandonado, é um belíssimo lugar que fora fechado há 10 anos, por
tratar-se do lugar onde a mãe de Colin morreu, após cair de um balanço. O Lord
Craven ordenou que o lugar fosse fechado, e ninguém nunca mais se aproximasse
dali. Mas com a ajuda de Dickon, irmão de sua criada Martha, Mary começa a
explorar o lugar, e descobre que ainda há vida ali. O jardim é meramente uma
simbologia de como Mary começa a cultivar a vida naquela casa toda, revivendo o
que antes estava morto. Ela se livra das ervas daninha, planta novas flores, e
a primavera se encarrega de encher o lugar novamente de vida, um belo refúgio
ao qual Mary Lennox adora ir. E ela se torna uma criança adorável, dizendo obrigado e por favor, sorrindo e fazendo amizades.
Também em suas explorações, Mary Lennox descobre
Colin Craven, o primo de dez anos escondido e cheio de “doenças”. Como ele
cresceu dessa maneira, ele acredita que está prestes a morrer, que não pode
sair ao ar livre, e é mimado e insuportável. Mas as visitas de Mary o transformam
lentamente… e a maneira como eles conversam, como eles olham fotos antigas,
como a menina o leva, na cadeira de rodas, para o jardim de sua mãe. E Colin se
transforma em uma nova criança, conhecendo a felicidade pela primeira vez. Seus
olhos mudam, sua personalidade muda, ele aprende lentamente a andar com a ajuda
de Mary e Dickon… e é profundamente emocionante. Tudo o que o jardim e a
memória da mãe podem fazer por todas essas pessoas! A felicidade do jardim, o
belo lugar que é o estado de espírito das crianças, as brincadeiras e as
risadas…
O Jardim
Secreto é uma belíssima história de como uma criança pode mudar um lugar.
Mary Lennox, que não era a criança mais doce como Pollyanna, conseguiu
descobrir a felicidade, o amor e espalhou isso. Revitalizou um “jardim
secreto”, deu vida a uma criança e deu ao próprio tio um motivo para voltar a
viver: a saúde e a alegria de seu filho. O final é absolutamente fofo e
emocionante. É lindo ver o reencontro de Colin com o pai, é maravilhoso ver
como Dickon nunca perde seu sorriso e seu carisma, e como Mary descobre que ela
também pode ser amada, mesmo que ela não esteja acostumada com isso, porque
nunca teve esse tipo de sentimento na família. Aqueles abraços, aquele trio
andando de volta para a casa… um final emocionante, uma história linda, um
filme recomendado. Simplesmente fantástico!
Eu esperei tanto por esse texto, desde de que saiu o de Matilda. Amo muito o jardim secreto! Meus parabéns pelo blog Jefferson, conheci por conta de cúmplices de um resgate e agora acompanho sempre. Como uma apaixonada por histórias tenho que dizer que é maravilhoso recordar filmes, livros, novela e séries que nos fizeram tão bem e ao mesmo tempo conhecer novos que nos ensinam muito!
ResponderExcluirFico muito feliz em ler o seu comentário, Alice, muito obrigado! É muito bom saber que as pessoas estão gostando da proposta do Cantinho de Luz, ainda tenho muita coisa nova para estrear na página, as séries vêm aí \o/ Muito obrigado mesmo pela atenção, volte sempre! :P
ExcluirQue lembrança boa e que carinho na sua escrita <3 Estou cheia de amor por ler isso ^^ Agradecida! Abração e tudo de bom!
ResponderExcluirEu que agradeço o comentário! :)
ExcluirMuito obrigado e tudo em dobro a você ^^
Excelente análise. Eu assisti muitas vezes esse filme na "Sessão da Tarde". Adorava. Realmente é uma belíssima história. Estou lendo o livro agora. Uma viagem fantástica. Uma lição de vida incrível.
ResponderExcluir