Primeiro capítulo de “Chiquititas” (15 de Julho de 2013)


“Com as caçarolas, e as colheronas se formou a banda musical!”
Ontem à noite foi ao ar o início da reprise de Chiquititas. Novamente eu fui tomado por um gostoso sentimento de nostalgia. Em 1997, eu era uma das crianças apaixonadas por Chiquititas, que sabia todas as músicas, adorava cada troca de uniforme, cada nova temporada, cada novidade. Uma criança que assistiu à reprise da primeira fase da primeira temporada no fim de 2004, e que voltava da escola com passos rápidos para não perder a abertura ao som de Remexe e as meninas em seus vestidos verdes correndo pela cidade de São Paulo. Era uma abertura simples, e perfeitamente adorável. Essa criança cresceu e é eternamente apaixonado por Chiquititas ainda, não tem como se desvincular disso. E nem quero! Há mais de 3 anos, quando Chiquititas estreou no SBT em sua nova versão, eu fui tomado de surpresa. Escrevi um texto na época em que falava do meu choque e do meu medo (afinal, não seriam minhas Chiquititas), mas também comentava uma fala importante da minha mãe que era muito importante: “As crianças de hoje também merecem ver Chiquititas, que foi tão importante para você!” Assim como Carrossel, atualmente Cúmplices de um Resgate e Carinha de Anjo, a partir do fim do ano, eu acho que isso é o que está acontecendo para novas crianças.
E adultos como eu.
Assisti ao primeiro capítulo de Chiquititas novamente, e é já outra visão. Não vejo com os olhos entusiasmados da novidade que via em 1997, vejo com olhos nostálgicos. Não vejo com a surpresa que vi em 2013, porque já me habituei a essas crianças, a essas versões das músicas… vejo com um pouco de carinho. Bastante carinho, eu poderia dizer, mesmo que não tenha visto a novela quando ela passou entre 2013 e 2015, e sei que as críticas muitas vezes não são das melhores. Não vou entrar nisso no momento. Penso que com seus pontos altos e baixos, Chiquititas ressurgiu para toda uma nova geração, e é isso o que importa. Assim, vi ao primeiro capítulo ontem à noite, e eu estava muito empolgado. Cantei junto com as garotas as músicas que tanto gosto, como aquele memorável clipe de Até Dez que, indiscutivelmente, tem que ser exibido no primeiro capítulo da novela, depois que as meninas fazem uma grande bagunça na cozinha tentando refazer o bolo do Chico para a festa, que destruíram depois de uma grande confusão…
Nossa versão também tinha o clipe de Até Dez, nas mesmíssimas circunstâncias.
O primeiro capítulo serve como uma grande apresentação, e é muito simpático. Eu confesso que tive vontade de ficar assistindo, embora não vá fazê-lo… vi ontem e verei hoje por causa dos últimos capítulos do meu AMADO Carrossel, mas vou parar por ali. Mas ainda com muito a crescer, a novela demonstra potencial. As meninas são apresentadas no quarto, com as histórias de Mili. São apresentadas de novo e de novo, nos seus uniformes azuis (com os quais eu finalmente me habituei, embora qualquer um da minha versão fosse mais bonito aos olhos), em volta da mesa, animadas, briguentas, carinhosas. Com toda a história do bolo, a Bia sendo a Bia, a Mili derrubando o bolo ao tentar salvá-lo, toda a confusão que leva ao clipe… em contrapartida, as crianças lideradas por Mosca, que vivem na rua, são apresentadas rapidamente de forma muito interessante. Eles ainda não devem ser o foco, mas estão ali, bem caracterizadas. No semáforo, temos todo o temperamento difícil da Pata. Temos o sofrimento da “casa” deles inundada… é uma boa apresentação.
Nos adultos, também funciona bem as apresentações…
Júnior retorna ao Brasil depois de um tempo em Londres e encontra Gabi, sua irmã, em estado quase vegetativo e fica desesperado – é angustiante como ele tenta falar com ela sem receber nenhum tipo de resposta, não conseguindo entender como isso pode estar acontecendo desde que ele foi embora. E fica revoltado. O que o coloca de mau-humor para conhecer a Carol, que ainda não se parece em nada com a Carol forte e meio revolucionária que nós tínhamos. No entanto, ainda assim, eu gosto da química que eles apresentam ao ficarem presos juntos no elevador, o “Chaato” dela quando ele vai embora depois de ter derrubado uma caixa de doces em seu colo e tudo o mais… foi bonitinho. E é claro que ela fica falando mal dele, mas já está encantadinha. “Não, não, não. Pode deixar que eu limpo. Mala…” Não que eu a culpe, também pudera! Mas eu tenho algum tipo de encanto pelo Tobias, e eu nem sei explicar ao certo, tendo em vista que dos 545 capítulos eu devo ter assistido no máximo uns 5 inteiros.
Mas isso não vem ao caso.
O capítulo de ontem terminou com a abertura (não tivemos intervalo, com três novelas no horário) e eu não canso de dizer que eu AMO a “nova” abertura. Com efeitos lindos e todo um sentimento de imaginação e amizade, a abertura representa muito do que é Chiquititas, e isso é muito bom. Me desculpem a franqueza, mas é melhor que a abertura de Cúmplices de um Resgate. E é isso. Chiquititas (a versão de 2013) está de volta ao SBT (não acataram minha ideia de passar Maria do Bairro, queria tanto rever!), não sei por quanto tempo. Eu votaria em algo resumido em um ano, no máximo. Mas conhecendo o SBT, se der boa audiência, teremos uns 3 ou 4 anos de novela. Vocês sabem. Não vou acompanhar a novela, mas eu tenho um projeto de começar a pelo menos comentar os clipes, provavelmente aproveitando para comentar os clipes de 1997 no Brasil e 1995 na Argentina, então vou tentar trazer isso para o blog enquanto essa novela está no ar para que vocês possam encontrar alguma coisa sobre Chiquititas aqui no blog! Por enquanto, fico por aqui. Disposto a aceitar uma nova Chiquititas com uma nova roupagem para uma nova geração, mas eternamente apaixonado pelas minhas Chiquititas, aquelas que fizeram parte da minha infância.
E me ajudaram a crescer como eu sou.

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P.S.: Hoje vai ao ar o último capítulo da reprise de Carrossel, estou preparando um mega texto para essa semana no blog, confiram! Ontem já foi um dia de eu chorar loucamente aqui (como chorei em MUITAS ocasiões da novela). Mas o pedido de perdão e de casamento do Renê, com a ajuda das crianças, foi LINDO DEMAIS. Aquelas crianças animadas pulando, a Professora Helena toda emocionada. A cerimônia de casamento foi perfeita, embora rápida. A despedida na estação de trem foi tão emocionante, e aquelas crianças estavam chorando de verdade, em despedida… Carrossel vai deixar uma IMENSA saudade, já começa a me doer pensar que hoje é o último dia!

P.P.S.: Por que o SBT não lança um box da novela? Eu compraria Carrossel! \o/

Comentários

  1. É Jefferson, Chiquititas 2013 está de volta e tudo o que eu posso fazer é lamentar. Me decepcionei tanto com essa novela. Me lembro de dois anos atrás ter ficado tão contente com a ideia desse remake. Como eu tinha adorado o remake de CARROSSEL, estava totalmente tranquilo quanto à adaptação de Chiquititas, afinal, foi a minha novela preferida na infância, não perdi um capítulo de 1997 a 2001, então pra mim, não tinha como dar errado. Vc não tem ideia do quanto eu fiquei empolgado quando estreou em 2013 e na primeira semana parecia tudo tão maravilhoso...

    Então, vieram as decepções, uma por uma, e dois meses depois eu já estava amaldiçoando a Íris Abravanel por ter ousado destruir uma das melhores novelas infantis que já foram criadas (embora ela tenha se redimido comigo em CÚMPLICES de um RESGATE). Pra mim, tiveram coisas realmente imperdoáveis nesse remake. Eu juro que eu tento enxergar as coisas da forma como vc, Jefferson, e a sua mãe vêm essa nova versão, mas eu realmente não consigo. Como perdoar a Íris Abravanel por ter transformado o Dr. Fernando (um dos melhores personagens da versão antiga) em um mau-caráter sem escrúpulos, por exemplo? Como perdoá-la por não fazer da Carol uma verdadeira mãe para aquelas crianças, como a Carolina da Flávia Monteiro era? (a garota nem sequer foi morar no orfanato quando virou diretora, isso já mostra um profundo distanciamento) Não tivemos a relação Carol e Maria, que era tão emocionante e importante na nossa versão. Não tivemos as músicas e os clipes tão mágicos da Carol com as crianças (aliás, quase todas as músicas que eram cantadas pela Carol no original, ficaram com a Mili nessa versão). Verdade seja dita, a Mili foi a verdadeira Carolina desse remake, não só nas músicas, mas também na relação com as crianças e no protagonismo da novela (a Carol não passava de uma coadjuvante). Minha única reclamação em relação a Mili, era que eu não aceitava que ela e o Mosca fossem um casal, mas aí já é uma coisa pessoal minha por querer os mesmos pares da versão antiga.

    Enfim, se eu fosse listar todas as minhas reclamações dessa novela, esse texto viraria verdadeiramente um livro. Como eu disse, tudo o que posso fazer é lamentar... talvez o meu grande erro tenha sido esperar demais dessa novela, mas CARROSSEL tinha sido tão perfeito, eu não via como Chiquititas poderia me decepcionar. Felizmente, CÚMPLICES teve uma versão brasileira maravilhosa (eu estava bem preocupado na época, bem traumatizado mesmo) e que vai deixar muitas saudades quando acabar. E acho que Carinha de Anjo tem tudo para ser incrível também. Vamos torcer!!!!

    Ah, e Jefferson, adorei a sua ideia de resenha dos clipes de Chiquititas 2013. Eu confesso que não gostei da maioria: me incomodava as crianças sempre de uniforme e quase sempre os clipes serem nos próprios cenários da novela (embora os primeiros clipes de 1997 também fossem assim. Mas na versão antiga, a partir do segundo CD, os clipes já tinham toda uma mega produção, coisa que não aconteceu no remake). Mas tiveram clipes que eu realmente gostei. De qualquer forma, vou adorar ler as suas opiniões, comparando com os antigos do Brasil e com os originais da Argentina. Então, até lá!!!!

    P.S.: Aguardando aqui o seu mega texto de CARROSSEL!!!!!!

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