Reinações de Narizinho – O pó de Pirlimpimpim
Quando Dona Benta resolve se aventurar com as crianças
também!
Essa história vem completamente conectada à
história anterior, sobre a visita das crianças ao País das Fábulas, levados por
Peninha… a história começa com a preocupação de Dona Benta e Tia Nastácia
porque estão todos sumidos, até que eles cheguem montados em um Burro Falante
muito educado, que se tornará uma figura célebre no Sítio do Picapau Amarelo. E
as aventuras deixam Dona Benta pelo menos um pouco entusiasmada. Porque ela
gostaria de ter conhecido o Senhor de La Fontaine… então, sem a ajuda de Peninha
dessa vez, Pedrinho organiza uma nova viagem ao País das Fábulas, dessa vez com
a avó, para que ela possa viver pelo menos uma dessas aventuras com as
crianças!
O problema é que ele ainda não sabe usar o pó de
pirlimpimpim.
Temos mais uma sequência estranha de “cheirar o pó
de pirlimpimpim”, para que eles possam viajar, mas eles aparecem em um lugar
muito diferente do País das Fábulas depois que Pedrinho erra a dose! E toda uma
história que, também, passa muito depressa mas é bem marcante, se desenrola ali…
duas árvores gêmeas e bem esquisitas, Dona Benta se senta no pé de uma, mas
elas se revelam ser, na verdade, as pernas do Pássaro Roca, diretamente das Mil e Uma Noites. E Dona Benta fica toda
aflita, dizendo que está velha demais para esse tipo de aventura, e que isso
não é vida, e que queria estar de volta, segura em seu Sítio e não ter se
metido nessa aventura.
Bem, é uma história um tanto quanto dramática. O
Burro Falante, amarrado numa “árvore”, acaba voando pendurado nas pernas do
Pássaro Roca por grande parte da ação, quase morrendo afogado… só é salvo,
então, com a ajuda do famoso Barão de Munchausen (que a TV gosta bastante de
usar quando se fala em Sítio do Picapau
Amarelo!). O Burro quase morre afogado quando cai no mar, mas pior do que
isso: Visconde de Sabugosa, amarrado com a Canastra da Emília na crina do
burro, acaba se perdendo, e é encontrado na beira da praia, morto… é muito
triste que o livro vá acabar com o Visconde morto. Mesmo que Emília recolha
seus restos na esperança de construir um novo Visconde de Sabugosa que também
ganhará vida…
Eu fico triste que ele tenha esse final!
A história acaba depois que o Barão de Munchausen
precisa sair às pressas para uma guerra, e as crianças e Dona Benta são
deixados em seu Castelo, mas Dona Benta não resiste e resolve voltar embora…
sem pó de pirlimpimpim, inutilizado pelo sal do mar, eles usam algo melhor que
o pó: fechar os olhos bem forte. E
estão de volta ao Sítio, como se nada daquilo tivesse acontecido. Eu gosto de
ver Dona Benta participar dessas loucuras, mesmo que ela não tenha sido de
nenhuma ajuda e tenha reclamado quase o tempo inteiro… o livro termina com uma
carta de Antonica, dizendo que hora de Pedrinho voltar para casa, infelizmente.
E lá se vai ele, desconsolado, fugindo depressa antes que Emília possa ver as
duas lágrimas que já vão pingando de seus olhos.
Comentários
Postar um comentário