Supernatural, Season 11 – Parte Dois
“Time to say bye-bye to Luigi, Mario”
Que segunda parte FENOMENAL para essa temporada!
Gostaria de deixar bem claro que eu ainda não vi o grande Season Finale, estou guardando o
suspense e toda minha força para um último texto. Então venho comentar a
segunda parte da temporada, depois do grande hiatus de fim de ano, do episódio 10 ao 22. Foram treze episódios
que mostraram algo que já conhecemos e a que já nos habituamos em Supernatural: seus altos e baixos. Foi
uma temporada como quase qualquer outra, cheio de seus picos e suas valas.
Alguns episódios foram tão perfeitos que eu digo, sem dúvida, que o MELHOR
episódio da série, em 11 temporadas, esteve nessa. Mas também tivemos episódios
incrivelmente RUINS e outros que podem não ter sido tão ruins, mas são
desprezíveis… quero dizer, quem se preocupa com um Don’t You Forget About Me quando temos algo como Don’t Call Me Shurley. Quer dizer, QUE
EPISÓDIO FOI ESSE ÚLTIMO?! Acho, no entanto, que o saldo foi positivo no fim
das contas, e trouxe o que há muito esperávamos em algumas partes do programa:
NOVIDADES. Embora tenhamos tido bastante do mais do mesmo, nós também tivemos
gostosas novidades que inovam Supernatural.
E eu adorei.
Os fillers
no fim das contas, ficam desprezíveis, e eu confesso que na segunda parte da
temporada eu já estava começando a me entediar com vários deles. Mas, também
tenho que ressaltar: acho que foi a
temporada com mais enfoque na trama principal nos últimos anos. Também
pudera, para desenvolver de forma satisfatória toda a história da Escuridão, a
irmã de Deus, nós precisávamos de bons episódios que mostrassem isso
detalhadamente. E ficou bom, ficou muito bom. Foi uma trama, no todo, melhor do
que a trama da temporada passada, com a Marca de Caim, embora eu também tenha
gostado daquilo. Não gostei, por exemplo, dos Leviatãs, anos atrás. Felizmente
eu sobrevivi àquela época de Supernatural.
MAS VAMOS FALAR DE FILLERS?
Ah, não sei se é eu, mas eu acredito que passamos por uns fillers verdadeiramente CHATOS nessa temporada, mas também temos
toda a questão do humor, talvez eu já estivesse cansado ou coisa assim… mas
episódios bons, não importa quantos outros eu tivesse visto antes, eu não
reclamava. Então acho que eles só não foram tão bons mesmo.
Diferente de outros.
Tivemos
fillers bons.
FILLERS CHATOS:
Primeiramente, Don’t You Forget About Me. É possível que as pessoas discordem, eu
não gostei. De verdade, eu não gostei. Trouxeram Jody Mills de volta, e toda a
questão de ela estar com Alex e Claire. Não sei, desde o começo minha sensação
era de que eu não ia gostar, e não parece que chegamos a lugar nenhum. Não
gosto muito das personagens. Não gosto de histórias de vampiros. Momentos
legais envolveram Jody tendo a conversa sobre sexo com as filhas na frente dos
Winchester, porque as reações deles valeram a pena. Depois, Love Hurts, que eu digo que foi BEM menos chato que o seu antecessor, mas
também não merece muita atenção não. Salvaram-se comentários como “Sonja
is a wicked witch. […] You
drop a freaking house on her if you have to” e a luta contra o Qareen foi
bacana, até, mas era meio forçado aquele negócio do Dean vulnerável, todo
apaixonadinho pela Amara e tudo o mais… o
seu desejo mais secreto não devia ser o Castiel? Enfim, talvez o roteiro
tenha se perdido no meio daquilo tudo, vai entender. O que valeu a pena MESMO
no episódio foi que o Dean contou a verdade de ter visto Amara para o Sam, e
assim eles estabelecem uma nova relação de DIZER A VERDADE um ao outro, o que é
bacana. E inovador.
Faz bem à relação deles.
E felizmente diminui o terrível drama que me
irritava tanto.
Mesmo que ele ainda esteja presente. Uma coisa que
me incomodou nos fillers foi a
maneira como eles sempre (SEMPRE!) começavam EXATAMENTE da mesma forma. Era o
Sam e o Dean pelo bunker, daí eles
encontram alguma coisa, qualquer tipo de pista que possam seguir sobre casos aleatórios,
um quer ir atrás e o outro não quer, quer ficar procurando pistas de Amara,
Lúcifer, Castiel, ou seja lá o que for, e o outro convence com um discurso de “Não podemos ficar esperando para sempre.
Enquanto isso, nós caçamos”. Não é um argumento ruim, de nenhuma parte. É
ruim quando se torna REPETITIVO. E assistindo aos episódios ao longo de poucos
dias, eu percebi que a recorrência é tão alta que se torna irritante. Deveras
irritante. Outro filler que eu
DETESTEI (e esse eu detestei MUITO): Beyond
the Mat. O velório de um antigo lutador de quem os Winchester gostavam. Valeu por falas como “But if you’re a demon there’s a Hell. If
there’s a Hell, there’s a Heaven. And I’m not giving up my shot at Paradise for
a belt I can win on my own” e o Lúcifer versus
Crowley do tipo “Did you think you could
double-cross me? I
invented/perfected double-cross. I mean, literally”. Mas não consegui me
importar com o episódio.
FILLERS
INTERMEDIÁRIOS:
Não os classifico como chatos. Mas também não são bons.
Comecemos por Red Meat. Podia ter
sido terrível, e foi MUITO próximo do terrível, e eu definitivamente não gosto dos episódios de lobisomens,
mas o episódio conseguiu mexer comigo de alguma maneira. Ah não,
definitivamente não pela quase morte dos Winchester, porque isso já deu o que
tinha que dar. É irritante. Profundamente irritante. TODO MUNDO sabe que eles
não vão morrer, então pra quê forçar um drama onde não existe? O episódio não é bom, mas tem um ritmo bacana, já
começa agitado, e tem uma discussão a partir do “He won’t leave you. And we won’t last out there without
him”. É
revoltante como Corbin tenta matar Sam Winchester para conseguir ajuda! Como
ele acha que pode fazer isso? No fim das contas, resultado: estava eu torcendo para ele morrer da forma
mais dolorosa possível! Bem, é chato deixar o Dean lamentando uma morte que
sabíamos que não aconteceria (Sam nunca morrerá, e se acontecer, não será num filler qualquer e idiota como esse).
Dean quase morre para fazer um trato com Billie, no fim todo mundo se salva.
Final feliz.
E o próprio Sam (oi?) retorna e mata o Corbin.
Karma.
The
Chitters. Tem uma trama ridícula. O monstro da semana é muito idiota, mas
eu gostei da adição à série. No começo do episódio, eu gostei da adição de
Jesse, tão jovem e já consciente de ser gay, e for bom termos ele de volta mais
tarde no episódio. O monstro, que aparecia e fazia vítimas a cada 27 anos, era
bizarro ao nível aquele homem da floresta mordido por um humano na temporada
passada. Junkless. “Dude, that’s a new low
even for us”. A descrição envolvia algo como: a cada geração, no equinócio da primavera, as pessoas ficam loucas,
fazem orgias na floresta e, mais tarde, desaparecem; quando você pega a doença,
seus olhos ficam tão consumidos pela luxúria que brilham como esmeraldas.
Não dava para levar nada a sério. Mas foi um upgrade muito bom ter Jesse e Cesar como novos caçadores, CASADOS
(“, it’s more like an old married couple”).
Bacana um casal gay de caçadores, huh? E eu me apaixonei gradualmente por
Jesse, não só por ele ser gay, mas por tentar entender a sua raiva e frustração
e como ele reagiu ao xerife da época, que sabia de tudo e deixou que
acreditassem que ele era louco.
Foi fofo que eles se aposentassem e fossem feliz
ao fim do episódio!
“It’s time to start living”
FILLERS MUITO BONS:
Temos dois aqui. Primeiramente, Into the Mystic, que eu acho que é uma
interessante mescla de filler com a
trama da temporada. Mas a trama da temporada ficou em segundo plano e nós
queríamos mesmo é ver a história da semana se desenvolver. Então embora Lúcifer
dissesse coisas essencialmente REAIS como “If
you’re gonna beat the Darkness you have to be ready to watch the people that
you love die” e ele e Dean falassem sobre a Escuridão, eu estava
interessado no Banshee. O monstro é apresentado de forma macabra, e muito bem
apresentado! Tinha um quê de fantasma, mas era evidentemente NÃO um fantasma,
com o som agudo que ecoava na cabeça da vítima, e aquele vestido vermelho e
aqueles olhos gigantes que eram tão assustadores. Falou sobre vulnerabilidade,
uma vez que o monstro só atacava aqueles vulneráveis, e trouxe à tona duas
novas personagens que podem muito bem retornar à série. Todos nós estamos
ansiosos para vê-las novamente. Primeiro, temos Mildred, uma senhora que fica
toda assanhada em relação ao Dean (também pudera!) e Eileen, que é uma caçadora
surda, apresentada no início do episódio quando o Banshee atacou seus pais e os
matou, quando ela era um bebê.
Ocasião em que ficou surda. E caça o monstro desde
então.
Parece que o que motiva novos caçadores é
basicamente sempre a mesma coisa. Com Sam e Dean foi o demônio de olhos
amarelos. Com Eileen foi o Banshee que matou seus pais. Com Jesse foi o monstro
que matou seu irmão. O caso é muito bem desenvolvido, e eu acho que as personagens
tem uma participação incrível. Gostamos de Eileen e de toda sua história desde
o princípio. Gostamos dela contra o Banshee. Gostamos de como quando Dean é
atacado, Mildred e Eileen trabalham EM CONJUNTO para salvá-lo. As conversas das
duas em língua de sinais sobre Sam e Dean também são fenomenais. Extremamente
carismáticas, elas definitivamente são uma participação excelente em Supernatural que certamente serão
trazidas de volta em algum momento das próximas temporadas. E eu estou ansioso
por isso. E, por fim, o último filler
a ser comentado, um que começa EXATAMENTE como qualquer outro filler, com um irmão tentando convencer
o outro a se distrair de Amara um pouquinho, nós temos Safe House.
Mas nesse caso, EITA FILLER EXCELENTE.
A proposta do episódio é simples, e funciona
incrivelmente bem! Nós temos Sam e Dean investigando um caso que, tcharam, é a
continuação de um caso em que Rufus e Bobby trabalharam anos atrás. Acho que é
uma maneira digna e muito gostosa para a audiência de trazer o Bobby de volta.
Para eles, lá na época do Apocalipse, em pistas de Lilith, para Sam e Dean
agora, em outro Fim do Mundo, em pistas de Amara. É basicamente o mesmo caso,
se repetindo, e como diria Alexandre Vidal Porto: “Juntos no espaço, mas separados no tempo”. As mesmas
características, mesmas pistas, mesmas ações, o mesmo caso com novos
personagens. Os diálogos se sobrepõem, se completam em uma alternância perfeita
entre as histórias paralelas. Com os Homens das Letras novamente funcionando
como um irritante Deus ex machina, e
com o ninho dos Devoradores de Alma como outro crossover com Stranger Things
(o Mundo Invertido), nós tivemos um momento emocionante em que, separados do
espaço-tempo, Dean e Bobby estiveram no ninho ao mesmo tempo de verdade. E se viram. E foi muito
bonito.
Tendo em vista o LONGO texto que escrevi até aqui,
acabo de resolver separar essa parte da review
em duas partes. Primeiramente, então, tratei os fillers entre os episódios 10 e 22, e na próxima postagem trago os
episódios focados na trama central, num total de SEIS EPISÓDIOS. O Season Finale ainda fica para outro
texto, a parte 4! Até mais!
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