Supernatural, Season 11 – Parte Um
“The Darkness has been locked since the dawn of
Creation. And now
it’s free”
Acabo de terminar a primeira parte da décima
primeira temporada de Supernatural, e
estou satisfeito. Altamente confuso, convicto de algumas opiniões – mas na
certeza de que gerarão controvérsias, possivelmente –, mas satisfeito. Supernatural não me desapontou em seu
décimo ano, eu acho que é isso que eu devo deixar claro. Diferente do sexto
(ew!) e do sétimo (BLEH!) anos, a série melhorou consideravelmente depois
disso, justificando a constante renovação. O que eu temia era a constante
reprodução das mesmas histórias eternamente, e acho que ainda corremos esse
risco, mas eu senti falta dos Winchesters, estou de volta em maratona da 11ª
temporada para poder ver a 12ª, e já comentei o primeiro episódio, Out of the Darkness, Into the Fire, o que você pode ler clicando aqui.
Nesse momento, vi até o nono episódio da temporada, no doa 09 de Dezembro,
quando a série entrou em hiatus antes
de retornar no dia 20 de Janeiro. Foram mais 8 episódios que eu adorei. Seis
relacionados à trama principal (o que eu achei bem acima da média de Supernatural) e 2 fillers que, podem me julgar, EU ADOREI.
Não gosto de todo filler, normalmente detestei MUITO fillers de temporadas passadas.
Mas esses dois primeiros fillers <3
Evidentemente, não posso traçar uma opinião geral
da temporada ainda, então iremos com calma. Tenho anotações aqui para me
ajudar, mas resumo: basicamente a
Escuridão cresceu, mostrando-se a grande ameaça que viria a ser, e ela é tão
poderosa e tão antiga que para detê-la todos precisam das ajudas mais
inesperadas, que envolvem Deus e Lúcifer. Okay. Em Form and Void, o Sam lidou rapidamente com a infecção da estreia da
temporada, e foi tão simples que é apagado da memória instantaneamente. Mas
acho que tudo serviu, primeiramente, para que ele se voltasse a Deus e orasse: “We need your help, God. We need to know there’s hope. We need a sign”. E os sinais
começam a vir, o que Sam acredita que é um sinal de Deus, mostrando-lhe a Jaula
no Inferno em que Lúcifer está aprisionado… querendo
que ele volte para lá? A Escuridão, que as pessoas ainda teimam em não
querer aceitar como verdadeira, como uma mera história inventada, parte,
rapidamente, de um bebê assustador e cheio de poderes a uma criança que anda
pela rua se alimentando de almas. Por isso Crowley parte em sua busca, tentando
se aliar a ela.
Aham.
Foi em The
Bad Seed que Deus foi trazido à tona (embora até a pausa na temporada ele
não dê as caras de fato), como quem prendeu a Escuridão tanto tempo atrás, e
quem terá que voltar para fazer isso novamente. E enquanto Deus continua
ausente, Amara (a Escuridão) cresce assustadoramente. “I am what you are becoming. And we are mightier than God”. E
Crowley a cria como uma “filha” (com direito a crises de adolescente rebelde
que o colocam para ler livros sobre paternidade e tudo o mais, porque o Crowley
é o Crowley e nós o adoramos), embora a tema. E então eu acho que é esse
momento em que a temporada começa a fazer uma pausa… e muitas vezes isso é
causa de decepção em Supernatural,
porque parece que eles se esquecem da trama principal, mas ainda não foi o que
aconteceu. No divertido Baby, que se
seguiu, nós tivemos um episódio que parecia independente da trama principal,
mas que estava ligado a ela porque falava dos monstros criando um exército para
lutar contra a Escuridão…
…até os
monstros estão com medo.
“Something is here. It’s big. Big as
God. Big as Lucifer”
Mas vamos falar de Baby. Um episódio divertido e cheio de coisas que eu ADOREI.
Inovador, a ideia era apresentar uma filmagem peculiar que se concentrasse toda
no carro. Um Imapala ’67. Começa
parecendo independente, com bastante foco no carro, e os Winchester lavando ele
(só o que faltou foi um concurso camiseta molhada, sério), e inicialmente era
mais leve. Sabe aquele episódio gracinha da temporada? ESSE. Não é leve, mas é super engraçadinho, cheio
das piadinhas, e foi melhor que o da décima temporada. Gostei de como o
episódio possibilitou momentos como Sam e Dean ouvindo música e cantando
juntos, rindo e conversando sobre coisas sérias de uma forma que pudessem abrir
seus corações, serem verdadeiros. Falar. A proximidade que isso gera é
inigualável. E Sam continua com suas visões contínuas, dessa vez do pai
dirigindo o Impala com ele como passageiro (o pai jovem e bonitão, não o John
de quem eu não gostava), e o aviso de que a Escuridão estava vindo e eles eram
os únicos que podiam detê-la.
“Why would somebody dress up like
dad to give you a message?”
Você percebe como é um momento significativo e
irremediavelmente importante quando eles falam sobre o que sonham à noite? Dean
com o pai, Sam com a mãe, ambos com uma vida normal. Até o “Good night, jerk” “Good night, bitch” é tão carinhoso que me
arrepia! E mesmo que eu tivesse adorado os três primeiros episódios, eu gostei
de ter os Winchester sozinhos, gostei da dinâmica dos dois, gostei disso tudo…
gostei do episódio todo com a câmera posicionada DENTRO do carro. E ainda tem
ligações do Castiel que proporcionam momentos divertidíssimos como “I’m mostly confused. I’m not sure how
orange correlates with black in a way that’s new” (típicos comentários de
Castiel, esse recebe como resposta “Step
away from the Netflix”) ou ele falando sozinho no telefone enquanto o Dean
luta do lado de for a com um monstro que insiste em não ficar morto. Só Supernatural para ser tão absurdamente
engraçado em cenas como essas! É surreal. A
ghoulpire. Mas sinceramente, o meu pesar durante todo o episódio: coitado do Impala sofrendo horrores daquela
maneira, sério!
O quinto episódio sugeriu um tema que eu adoro
(mas não era isso), mas ele foi trazido logo em seguida na temporada.
Primeiramente, temos Thin Lizzie,
com a história de Lizzie Borden, uma garota que assassinou os próprios pais a
machadada, e um crossover com Stranger Things com participação
especial de MIKE. Então mesmo quando nós achamos que se trata de um filler, lá está a Marca na casa de Len
(adorei ele!), a Amara do lado de fora da casa de Lizzie sugando almas… enfim.
Bem, é quase um episódio descartável, de todo modo, mas eu me diverti tanto com
Len, com ou sem alma, que eu nem posso expressar! A explicação dele sobre a
maneira como se sentia (ou não sentia) foi hilária! E o Dean não aguentando
mais e explicando o que aconteceu… “You don’t have a soul, okay? Amara
sucked it out”. Super sutil. Super Dean. E falando em Dean, enquanto a
Escuridão/Amara constantemente crescia, ela se aproximava de Dean como se para
nos lembrar de sua intensa conexão que não poderia se partir, mas vê-la
sorrindo era ainda mais angustiante do que ver a cara série com a qual ela
olhava para o Crowley.
Antes de se rebelar.
“The
Darkness is coming. It’s so peaceful. It’s coming for all of us”
O Dean não consegue matar a Escuridão em Our Little World, obviamente, porque
então eles teriam que acabar a temporada, e então temos uma pequena perda de
tempo que não foi completa porque a Amara atacando o Crowley para defender o
Dean foi sensacional e meio apavorante, com direito a braço quebrado e tudo. Só
para exemplificar o tamanho da força dela. Mas Lúcifer, mais tarde, explicaria
que embora ela tenha um poder bruto que se equipara ao de Deus, ela não tem sua
experiência. Ah, sim, Deus. A ESCURIDÃO É IRMÃ DE DEUS. Não me pergunte como,
mas segundo ela não veremos os “pais” de Deus e a Escuridão futuramente em Supernatural, isso já foi felizmente
descartado. E enquanto isso, Sam continuava com as eletrizantes visões da jaula
no Inferno que prendiam Lúcifer, jaula que ele outrora compartilhou com o
Príncipe das Trevas. E aquilo chega a arrepiar de pensar no tamanho da
possibilidade de trazer de volta personagens como esse que realmente ampliam Supernatural.
Mas você teme que a série vá esgotando suas
possibilidades futuras.
Embora seja um medo recorrente HÁ ANOS.
Assim, CHEGAMOS AOS FILLERS. E o primeiro deles, Plush, me FASCINOU. Ele é um dos meus
episódios FAVORITOS na temporada até então, porque se parece muito com um
episódio das primeiras temporadas de Supernatural,
episódios que adorávamos e que nos fizeram ficar na série durante todos esses
anos. Histórias de fantasma eram tão recorrentes e agora são tão
negligenciadas, que é sempre bom tê-las de volta. Parecia muito Donnie Darko no começo, com aquele
maldito coelho assassino. Depois parecia uma mistura febril de Donnie Darko com O Máscara. Mas era só um fantasma preso a esse mundo através de
objetos (suas fantasias) e agora possuindo pessoas sempre que as máscaras eram
colocadas. O que gerou situações INCRÍVEIS, muita ação, sal e tensão, como
quando Max tenta matar a própria mãe. Foi muito bom, especialmente porque eu
achei a trama MUITO bem desenvolvida, com toda a questão do motivo da morte do
fantasma, como ela ocorreu, como ele ficou preso nesse mundo, e as pessoas de
quem ele queria se vingar… tudo se desenrolando das melhores formas possíveis.
E, claro, tivemos o Sam com medo de palhaço de novo, e a Donna.
Gosto de episódio assim, e acho que eles deviam
estar mais presentes.
Já gosto de Just
My Imagination por motivos diferentes. Não é um episódio TÃO bom quanto Plush, mas é divertidíssimo e bastante
criativo – além de valorizar Sam e colocá-lo em uma posição muito fofa,
ressaltando os motivos pelos quais eu sempre gostei mais dele. Falamos sobre amigos imaginários, os Zanna. E depois
que Sparkle morre, brutalmente assassinado, Sully vai pedir a ajuda de Sam Winchester
– Sully, o amigo imaginário de Sam de
quando ele tinha 9 anos e precisava de um. De muito bom gosto, as cena de flashback foram lindas (e tristes),
porque o Sam foi uma criança que sempre sofreu muito. A cena dos dois
conversando nas camas foi linda, e a maneira como Sam o dispensou para ir
“caçar” com o pai e o irmão foi de partir o coração! Mas à parte da emoção
comovente do episódio, tivemos a diversão de ter AMIGOS IMAGINÁRIOS morrendo,
como uma sereia… e o plus das cenas
do crime, com sangue com glitter e coisas assim, além de adultos que não podem
vê-los andando e pisando em tudo como se tudo estivesse absolutamente normal.
Estranhamente bizarro, o negócio é muito divertido! Tem o Weems tocando air guitar. E tem um final lindo da
Reese, a que está matando os Zanna, explicando suas motivações, perdoando Sully
e o abraçando… é emocionante! Bem como o Sam agradecendo-o por tudo, como um
herói! <3
“You’re not Dean. You’re not your
dad. You’re Sam. And Sam is amazing”
E então, por fim, voltamos à trama principal. O Brother Where Art Thou? ainda não é tudo o que eu esperei, mas é
perfeitamente eletrizante… só é mais uma armação para tudo o que virá depois do
que de fato acontecimentos. Somos apresentados, novamente, a Amara adulta,
completamente formada e terrivelmente perigosa, com demonstrações terríveis de
poder que me fascinaram, e uma busca incessante por Deus para que eles possam
resolver os seus problemas. E, preciso dizer, quão divertido não foi a Amara
perguntando por Deus na igreja, tentando rezar para chamá-lo, comentando a
Bíblia e tudo o mais… assim, enquanto Sam continua sonhando com a jaula (dessa
vez que está novamente dentro dela, ao lado de Lúcifer, e ele toca seu rosto o
que lhe dá a sensação de que tudo vai ficar bem), Dean é envolvido pela
Escuridão e tudo vai ficando sério. Sam pede a ajuda de Rowena e Crowley para
descobrirem como conseguir entrar em contato com Lúcifer sem precisar tirá-lo
de dentro da Jaula e trazer o Sam de volta em segurança. Bem, não sei se isso é
possível, mas naquele momento nem nos importávamos mais.
Sam estava de volta ao Inferno!
E foi eletrizante. Eletrizante como todos nós
sabíamos que tinha que ser. Um reencontro de Sam e Lúcifer não podia ser menos
que isso. Mark Pellegrino está naquela sua INCOMPARÁVEL atuação arrepiante e
sexy (sim, ele pode), que nos arrepia em mais de um sentido. Você sabe, então,
que a temporada está para pegar fogo, mas eles ainda estão apenas acendendo o
fósforo. Dean conversa com a Escuridão incapaz de negar o vínculo entre eles (e
incapaz de matá-la, mesmo quando tenta, com a sua lâmina se despedaçando toda),
e Sam, no Inferno, conversa com o Lúcifer, pedindo ajuda (como ele acha que foi
instruído por Deus) para prender novamente a Escuridão. Wow. O momento é CHEIO
de tensão, e Lucifer fala mansa e ameaçadoramente de dentro da jaula, sinuoso,
sedutor, sarcástico. Um diálogo quase inigualável em Supernatural. E você não sabe o que vai acontecer. É só uma
provocação. Sam vai levar Lúcifer de volta à Terra? Vai deixá-lo lá? Mas as
respostas vem, e Sam vai para dentro da Jaula TAMBÉM e novamente, com todos os
sinais de “Deus” não sendo de Deus, no fim das contas, mas de Lúcifer, com a
jaula danificada depois da libertação da Escuridão.
O episódio como um todo não. Mas aquele final… foi
bem um Season Finale!
Que saudade dos seus textos sobre Supernatural, esse final pra mim foi o que compensou os fillers seguidos, talvez isso e o meu humor/falta de paciência na época tenha afetado o meu julgamento e me fez detestar Just My Imagination, enfim, muita coisa ainda estar por vir e conhecendo você, sinto que irá adorar cada mínimo detalhe.
ResponderExcluirNosso humor tem muito a ver, descobri isso haha E sim, acabei de terminar a temporada, NOSSA! Ainda vai ter mais texto (três) para eu poder cobrir todo o restante da temporada... até mais! :P
Excluir