Frequency 1x03 – The Near Far Problem


“He wasn’t the Nightingale. Mom did not come back”
Foi um episódio perfeitamente emocionante com um roteiro arrebatador. Eles estão conseguindo, por enquanto, tornar Frequency uma série sensacional, com um ótimo estilo, muito fôlego e toda a questão da viagem no tempo trabalhada de forma legal – como eu sempre digo, não há a viagem no tempo propriamente dita, mas a História ainda está em jogo por causa da conexão via rádio entre Raimy Sullivan, em 2016, e Frank Sullivan, em 1996. Assim, com o tempo correndo simultaneamente em um e em outro ano, temos cenas espetaculares (mas não surpreendentes, nesse caso) como a de Raimy espancando Thomas Goff, acreditando que ele era o Assassino Nigthingale e, subitamente, ele desaparece porque acaba de se jogar na frente de um carro em 1996 e se matar. Chega a me arrepiar as possibilidades potencialmente paradoxais dessa série e eu estou adorando. Trama no presente e no passado estão sendo muito bem trabalhadas e desenvolvidas com respeito, e a série continua a crescer no meu conceito, fazendo jus ao filme que eu tanto adoro e que vi tantas vezes!
Em 29 de Outubro de 1996, enquanto ainda se busca o Assassino, Raimy consegue ajudar o pai a salvar a vida de Maya, enquanto ela olha fixamente para um computador e seus registros, esperando que eles mudem porque ela conseguiu dar uma pista certa. É tão bom ver Maya sendo salva por Frank quando, no futuro de Raimy, ela outrora tinha morrido. Um bom conjunto de cenas de 1996 me emocionou, especialmente notar a relação bonita de amor que existe entre Frank e Raimy, ainda criança, quando ele fica para cuidar dela. É doloroso que ele tenha que deixá-la para trás para ir atrás de Thomas Goff, mas por mais triste que tivesse sido a cena, foi muito bonita, porque no fundo ele sabe ser um bom pai, dizendo que ela podia pensar no castigo dele e contá-lo quando ele retornasse. “You are in trouble”. E a cena em que a mãe dela conversa com Frank e fala sobre como ela dormiu, durante os 2 anos que ele passou fora, sempre com um suéter dele para que pudesse se lembrar do pai… bem, posso dizer que aquilo foi muito forte e emocionante.
E triste.
Triste também foi acompanhar a história de Raimy em 2016 e vê-la pensar tanto em Daniel, e perceber que aqueles flashbacks não podiam ser mais lindos e então, também, não podiam ser mais tristes. Você lembra de Divertida Mente, quando uma memória alegre se torna triste? Parece isso. Aquela cena lindíssima e fofa da cabine de fotos versus a dolorosa cena do bar, na nova versão de 2016, em que ele a acusa de estar perseguindo-o. Foi forte. Enquanto isso, Raimy ainda precisa lidar com o funeral que estão fazendo para a sua mãe, sua mãe que, para ela, não está morta ainda. “My mom has been with me every day for the past 20 years. I don’t need to say goodbye”. Por isso ela lidou com tudo com TANTA intensidade, e foi um episódio fenomenal para Raimy. Me fez amá-la mais que nunca. A cena dela interrogando a mãe de Thomas Goff foi de aplaudir em pé, com tanta determinação! A cena em que ela pega Thomas e bate nele também. Foi só mesmo uma pena que, no fim de tudo, Thomas não fosse o Assassino, e sua morte não traga a mãe de Raimy de volta…
Ela entrando naquela casa, ainda com as flores mandadas para ela…
Mas ela vendo o perfil de Maya no Facebook foi uma cena deveras tocante!

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