This is Us 1x03 – Kyle
Como sempre, um episódio perfeitamente emocionante
de This is Us. Essa série tem uma
humanidade incrível e uma qualidade impressionante de roteiro a cada semana.
Temos mais um episódio comovente que nos traz algumas respostas em 1980 e
desenvolve muito bem os personagens no presente. Minha opinião está mudando
lentamente a respeito de algumas pessoas, mas eu continuo amando a Kate mais do
que eu amo qualquer um dos demais personagens, até o momento. No entanto, acho
que nós temos histórias muito fortes se desenvolvendo em paralelo,
especialmente a história de Randall com William, o seu pai biológico que o
abandonou na frente do Corpo de Bombeiros quando ele nasceu (cena que vemos na
introdução belíssima desse episódio) e todo um retorno a 1980 que eu não estava
mais esperando (já que o episódio passado se passou em 1988), e eu fico muito
feliz de estar de volta lá e ver que Jack e Rebecca ainda têm muita coisa para
contar. O roteiro se desenvolve, como eu disse, lindamente, nos emocionando do
início ao fim, em cenas que prezam o amor e a verdade.
Adorando cada segundo!
Tivemos muita coisa em volta de Randall no presente, quando Rebecca
chega para visitá-lo e ele conta sobre o pai biológico. Eu só conseguia
imaginar o QUANTO aquilo tudo seria difícil para ela, e eu me surpreendi com
sua força e determinação, em como pediu para conversar com William, como pediu
que Randall se retirasse. Eu não estava ainda preparado para ouvi-la dizer
aquele “We had a deal” e receber o “I’m not gonna tell him, if that’s what
you’re thinking” de volta. As surpresas deliciosas que This is Us guarda para nós. E tudo o que Rebecca disse a William
foi extremamente forte e verdadeiro, sobre como ela criou o Randall (e ela
falou isso com tanto amor!) e que ele não podia estragar isso tudo, nem a vida
de Randall, que é uma pessoa excessivamente boa e que deixaria tudo de lado
para cuidar da saúde de William. Trabalho. Esposa. Filhas. Então William tenta ir embora. “You try to stop me because you were raised
to be a good man, but I’m not the one who raised you, man. I was reminded of that today”.
E Randall o traz de volta, fazendo exatamente o
que ela disse que ele faria.
Porque esse é o Randall. Uma boa pessoa.
Em 1980 nós acompanhamos o momento em que Rebecca e Jack deixam o hospital com seus três filhos: Kate, Kevin e KYLE. É
difícil acompanhar todo o sofrimento e todas as dificuldades que estão lá.
Criar trigêmeos já não pode ser fácil, de jeito nenhum. Eles estão cansados. Mas ter perdido um dos filhos, assumir outro
como seu filho, ver o pai biológico do bebê na frente do hospital fugindo,
“Kyle” não pega o peito… tudo pautado em
cima de muita dor. É muito triste quando Rebecca se abre para Jack e diz
que parece que “Kyle” a odeia, que ele é um estranho porque não foi gerado em
sua barriga nos últimos 9 meses como os outros dois, mas eu não acho que tenha
sido fácil para ninguém. Foi um pouco desesperador, portanto, ver o Jack indo
sozinho à consulta com os seus três filhos, enquanto Rebecca ia resolver uma coisa
dela mesma, mas eu acho que o que o médico disse foi muito profundo e muito
verdadeiro…
Sobre como ela vai ter que lidar com a perda do
bebê de sua própria maneira.
E Jack precisa dar-lhe espaço para que ela faça
isso.
Numa bonita junção da história de Rebecca com
“Kyle” em 1980 e a versão de 2016 em que William reapareceu na vida de Randall,
nós vemos Rebecca, lá no passado, saindo em busca do pai que abandonou “Kyle”,
e nós temos uma cena muito bonita e excessivamente comovente quando eles
conversam. Ele explica sobre como conheceu a mãe de “Kyle”, como ele é fruto de
um amor verdadeiro, mas quando ele pede para vê-lo regularmente, a Rebecca diz
que não dá. Ela diz, com toda a razão, que precisa saber que ele não virá atrás
dele, para que ela possa seguir em frente. É justo. E a questão do nome foi bem
trabalhada. William sugeriu a ela que ela desse ao terceiro bebê um nome
próprio dele, não o nome que devia ter sido do outro filho. Então ela lhe
pergunta sobre o poeta que ele costumava ler para a mãe do bebê, seu poeta
favorito. Randall. E assim o nome de
“Kyle” se torna Randall, e Rebecca tem uma boa forcinha para seguir em frente,
para se conectar com o bebê finalmente. E é belíssimo quando ele consegue mamar
no peito dela!
Já exclusivamente no presente, nós temos duas
histórias se desenvolvendo em paralelo, como sempre até então. Eles não podiam
dormir separados quando nasceram, e isso se mantém. Kevin está levando adiante a história de ir para Nova York,
presumindo que Kate vá com ele, já que é sua irmã e assistente pessoal. E ele
está se afundando brilhantemente. Enquanto isso, Toby prepara um dia ESPECIAL
para Kate, e é muito bonito. Depois
de ouvi-la cantar no banheiro (ela abrindo a porta, gritando e dando um soco
nele foi IMPAGÁVEL!), Toby consegue um carro, coloca terno, estende um tapete
vermelho e a leva para um dia em que ela
será a estrela. “Give me just one day. One day when you are the
star”. E
então ele a leva para cansar em um asilo onde a tia dele mora, para que ela se
sinta em segurança, e é tão bom que ela cante, que ela se solte, se emocione,
se empolgue. Ela precisa disso, ela precisa de atenção direcionada
especialmente para ela, ela precisa ter algum tipo de destaque na vida fora da
sombra do irmão.
E é o que Toby tenta fazer.
Temos cenas muito bonitas, eu fico extremamente
feliz em vê-la sorrir, em vê-la se divertir. Mas quando o Kevin telefona ela
larga tudo para ir em seu socorro, porque foi assim que ela cresceu, foi isso o
que ela fez a vida toda, viver em função
do irmão. E quebrar essas amarras são difíceis. E ela está disposta a
deixar sua vida para trás e ir para Nova York com Kevin, a perder o que pode
ser o grande amor de sua vida, tudo pelo irmão. Felizmente ele nota que o que
ele está fazendo não é saudável, que ele não pode fazer isso com ela, privá-la
de sua própria vida, de ser feliz. Então ele a demite. “You’re fired.
Yeah, Kate, you’re fired”. E é muito fofo. É muito triste ela dizer “I don’t even know who I am, if I’m not your
sister”, mas é fofo que ele diga que saiba, e que ela vai adorá-la quando conhecê-la. Por fim, ele vai seguir
em frente, indo para Nova York. Ela vai seguir em frente, tocando sua vida em
sua própria função, com a ajuda de Toby, talvez. “I don’t like you when you’re sweet”. E ela acordando quando o avião
pousa…
Ah, esses dois! <3
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