Vale o Piloto? – Class 1x01 – For Tonight We Might Die
“Why would you fear your own shadow?”
Eu estava sentindo uma saudade IMENSA de estar
nesse Universo mais uma vez, mas eu devo dizer uma coisa: eu teria ADORADO Class independente de ser do universo de Doctor Who.
Vocês sabem que eu adoro Doctor Who,
de todo o coração, e ver Peter Capaldi, mesmo que brevemente, ajuda a amenizar
a saudade – embora o memorial com o “Oswald, C.” tenha sido cruel e eu não
estava preparado para isso –, mas Class
é, DE FATO, uma série fenomenal. Por si só. A fotografia está belíssima. Adorei
cada cenário, figurino, e os efeitos especiais estão lindíssimos. Os
personagens, intensos e cativantes, me prenderam desde o começo, e me
surpreendi um pouco com a rapidez com que consegui me afeiçoar a cada um, e
cada um à sua própria maneira. A série tem muita personalidade, muita
intensidade, parece que eles sabem o que estão fazendo e o fazem bem. Também
tem um fôlego ágil que dinamiza o roteiro e parece que muita coisa aconteceu em
um espaço de tempo muito curto, te prendendo e te envolvendo. Terminei o
episódio pulsando de pura satisfação, porque eu já estou implorando por mais
temporadas.
Quando vocês vão confirmar isso?
Class
merece, decididamente. Assim, a estreia do programa nos leva novamente a Coal
Hill Academy, repaginada, muito mais moderna, grande, bonita. Mas ainda é a
velha Coal Hill Academy de sempre, aparentemente. A velha Coal Hill Academy
cuja alta atividade temporal sensibilizou a contínuo de espaço-tempo, e agora
seres estão passando e significam perigo para os estudantes. E não só os
estudantes, tendo em vista que temos também visitantes de outro planeta, os
últimos de sua espécie [!], escondidos entre o corpo docente e discente da escola.
E é sensacional. Tem um quêzinho de comédia em alguns pontos, mas não é nada
forçado, são risadas gostosas, mas breves. O tom é muito mais soturno. Beira o
horror em alguns momentos, mas enfatiza o suspense. E é ali, com o perigo
batendo à porta, que conhecemos cada um dos personagens que adoraremos
acompanhar pelos próximos 7 episódios (sim, só isso) até o fim da temporada:
Charlie, o Príncipe Rhodia; Ram, o esportista; April, a menina com o coração
maior que de todos; Tanya, a nerd; e Miss Quill, “serva” do Príncipe Rhodia.
“Where is
the Prince?”
E coisas estranhas e sinistras estão acontecendo o
tempo todo. Eu escolhi sentir o episódio, e eu senti tudo intensamente. April é
cativante, do início ao fim, desde quando conversa com Tanya sobre o baile e
resolve convidar Charlie para ser seu acompanhante, até quando age com extrema
tranquilidade (aparente) em relação a ter seu coração compartilhado com um
monstro. Ela me conquistou pela sua determinação, pela fofura que foi ela
convidando Charlie, pelo bom coração que ela tem em se aventurar a decorar a
escola para o baile SOZINHA, quando ela é brevemente atacada por uma sombra.
Enquanto, em casa, Tanya conversa com Ram pelo computador e também é
brutalmente atacada por uma sombra, ou algo um pouco mais que isso, e é
eletrizante. A angustiante. Os efeitos incríveis nos deixam apreensivos, nos
deixam sem saber o que vai acontecer com Tanya, embora não esperávamos que ela
morresse, mas ficamos com o fôlego preso. E é a partir dessas cenas que
aprendemos a gostar de Ram e descobrir que ele não vai ser o mala incrivelmente
chato que ele parecia na escola, empurrando Charlie ou caçoando de April porque
ela recebeu um fora depois de seu convite para o baile.
Como o Charlie pode ficar fofo mesmo negando um
convite de April?
Acho que é porque ele não faz isso por maldade, no
fundo ele nem entende o que está acontecendo. E eu ADORO a maneira dele olhar
para Matteusz, e eu adoro ter um gay como protagonista de Class, especialmente um tão fofo quanto o Charlie, o Príncipe
Rhodia. Ele é um fofo. Quando ele vai falar com April (e ela está lá, tentando
conseguir quem a ajude a decorar a escola pro baile) sobre como ter um acompanhante é importante, dá dó
dela que ela fique tão esperançosa, mas ele é um fofo dizendo que então vai
convidar Matteusz. Quem não gostou? Eu, particularmente, ADOREI. Assim como
seus comentários ao sarcasmo de Matteusz quando ele vai buscá-lo em casa, e o
beijo dos dois – que podia ter sido mais
trabalhado, mas temos mais 7 episódios e muito tempo para isso, por favor!
Dali em diante, nós partimos para o baile em uma sequência de cenas
ELETRIZANTES e que não poderiam ter sido mais perfeitas. Teve um clima gostoso,
teve bons efeitos, teve muita ação, teve suspense, quase teve terror. Foi
fantástico. E até Tanya conseguiu ir no baile, mesmo que sua mãe não achasse
que ela deveria estar lá.
Mas estava.
A história da temporada é bacana. Através de um
rasgo no contínuo de espaço-tempo, no próprio tecido da realidade (oi, Amy
Pond!), monstros estão atacando a Coal Hill Academy, primeiramente essas sombras, lideradas por Corakinus. E, na
verdade, o plano deles é atacar Charlie e Miss Quill, numa espécie de término
do que já foi iniciado previamente. Charlie e Miss Quill são os últimos
sobreviventes de um planeta que já foi destruído por eles, um planeta
lindíssimo que sofreu um genocídio terrível. E eles foram salvos por uma Cabine
Telefônica de Polícia, azul TARDIS, e deixados na Coal Hill Academy para se
misturarem aos humanos. É incrível como essa história é toda narrada para
April, e o quanto parece profunda. E como parece surgir uma conexão natural
entre April e Charlie a partir de então. Além da conexão de April com o
Corakinus, agora que eles compartilham o mesmo coração. “You cannot kill me without killing the girl too”. E isso
certamente vai ser um problema muito grande, ou não, já que isso lhes dá
informações privilegiadas. Do
tipo “He’s coming tomorrow night. We’re
gonna have to cancel prom!”
Eu já disse que eu amei a April?
OLHA A PREOCUPAÇÃO DELA!
Parece muito natural que a equipe se forme.
Charlie quer proteger April porque ela é uma das garotas mais legais com ele, e
então ela se envolve de verdade nisso tudo. Tanya foi atacada por sombras e Ram
assistiu, então quando April diz aquele “Just
be careful about your shadows at the prom tonight, okay?”, eles já ficam
ressabiados. Então, no baile, Rachel, a namorada de Ram, é brutalmente
assassinada por Corakinus, o que lhe desperta uma fúria incontrolável que lhe
dá cenas angustiantes de ação que culminam com a perda de sua perna (ele tão
coberto em sangue é enervante). Tem “Run!”,
porque é parte do Universo Who, afinal de contas, e depois de muito grito,
muito pavor e expressões de Jefferson dizendo o quanto essa série estava
PERFEITA, nós recebemos uma visita: o Twelfth Doctor, Peter Capaldi… foi uma
participação breve, apenas um presentinho aos fãs, mas o episódio estaria
perfeito de qualquer maneira. Mas é
muito bom ver o Doctor, é muito bom ouvir um daqueles seus discursos incríveis
e tocantes, em paralelo à interpretação brilhante de Greg Austin, o Charlie,
quando fala de seu planeta destruído e todos os Rhodia mortos…
Aquela fala sobre a morte foi muito bonita!
E triste.
Com o “Cabinet of Souls” eles tornam a morte
supostamente mais leve para os Rhodia, como se a morte devesse ser algo menos
que aterrorizante. As sombras são
mandadas de volta pela fenda, ainda que provisoriamente. Por ora, o caos está
controlado, mas Coal Hill Academy vai ter mais visitas, Quill e Charlie
continuarão a ser caçados, e essa é a equipe (inclui Matteusz?) que estará ali
para protegê-la, tomando a sobrevivência
em suas próprias mãos. E eu acredito neles. Com todo o espírito jovem e
estudantil (aquele comentário de Vampire
Diaries!), eles são determinados, bons e dispostos a se sacrificar pelos
outros. Como April estava disposta a fazer se não fosse salva por Tanya e o
Doctor e sua chave de fenda sônica, com toda a questão das luzes… o Doctor já
foi embora, seu trabalho está feito, mas Tanya, Ram, Charlie, April e Miss Quill
ainda terão muito o que enfrentar nos próximos episódios que, definitivamente,
prometem demais. Eu acho que Class
tem tudo para se tornar o melhor spin-off
de Doctor Who, eu já estou apaixonado
pelos personagens, pela história, pelo estilo, pela série como um todo. Só
esperando novas e novas temporadas. Pelo menos umas três, para nos satisfazer,
não?
E
as referências?
“I have no choice but obey, Master”
“Don’t call me that!”
P.S.: Pause for that brief shirtless take of the
Prince in the end of the episode: would you imagine there is THAT under the
shirt? ‘Cause I thought he was cute and all, but I didn’t expect THAT. Oh wow!
:3
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