Vale o Piloto? – Timeless 1x01
“Flynn just saved the Hindenburg. So no, I’m
definitely not okay”
Achei absolutamente fascinante. Eu confesso que,
depois de ver a promo, eu não estava realmente tão ansioso assim pela série, e
eu cheguei a cogitar não colocar a série na minha grade depois do Piloto. Isso até eu assistir ao Piloto, claro.
Porque a série me encantou! Eu sou um eterno APAIXONADO por histórias de viagem
no tempo, como vocês bem sabem, e eu acho que estamos em uma época deliciosa
para ser um fã de viagem no tempo – embora
eu tenha crescido um fã, graças a meu pai, possivelmente, que adorava De Volta
Para o Futuro. Infelizmente o alto número de produções com o tema promove
uma série de histórias mais ou menos repetidas, além de muitos furos
desastrosos de roteiros em tramas confusas que não parecem fazer tanto sentido
(como Looper). A princípio, Timeless me pareceu muito centrada, com
uma ideia bacana. A fotografia estava lindíssima, a viagem no tempo estava
interessante e parece que teremos uma abrangência de diferentes cenários que
não só tornam a série mais cara e difícil de produzir, como também muito mais
incrível aos olhos.
Eu certamente quero ver aonde essa história vai
nos levar.
Então a trama começa nos apresentando o acidente
com o Hindenburg, em 1937, o dirigível que pegou fogo enquanto pousava e matou
36 pessoas. Então, no presente, uma máquina do tempo é roubada por terroristas
de uma base secreta e, depois disso, conhecemos nossos protagonistas. Lucy
Preston, em primeiro lugar, uma professora de história que sente que deve
seguir os passos da mãe. Wyatt Logan (o lindo do Matt Lanter, quê isso?!), um
ex-soldado. E Rufus, um piloto. Mais ou
menos. E a missão dos três é voltar no tempo para impedir que Flynn, o
terrorista que roubou a nave-mãe, interfira de forma desastrosa no passado e
destrua a linha temporal. Como Flynn levou a máquina do tempo mais avançada que
eles tinham, o trio fica com um protótipo mais antigo e a única informação que
eles têm é de quando a máquina de Flynn pousou, mas não onde. “Naturally. Only tells you when. Time Machine problems”. 15h30min, 6 de Maio de 1937. Algumas
horas antes do famoso desastre de Hindenburg que, por um motive ou por outro,
precisa continuar acontecendo para que a linha temporal se mantenha.
A ideia é simples, não tem nenhuma novidade: se
algo muda no passado, algo vai ser alterado no presente. Se alguém morre no passado e não deveria morrer, ela não tem os filhos
que deveria ter, não faz as coisas que deveria fazer e a História muda. A
realidade muda. Simples. Assim, um soldado, uma historiadora e um piloto
voltam para 6 de Maio de 1937 para, mantendo-se discretos, pegar um terrorista
e salvar a História. E posso dizer? Eu SUPER seria a Lucy nessa história toda!
Quer dizer, as incomodações iniciais dela: essa
saia é dos anos 1950; essa blusa, eles não tinham esse tecido na época; e o
sutiã: não tinha sutiã com arame. Quando chega na década de 1930, a maneira
como ela olha para tudo, perfeitamente embasbacada. Aquele cenário, aqueles
figurinos, AQUELES CARROS. Lindíssimos. Que belíssima fotografia! Eu adorei o
lugar, eu queria ser um daqueles viajantes do tempo, a perspectiva de viagem no
tempo me fascina como SEMPRE me fascinou. Mas eles não estavam ali por turismo…
…eles tinham um terrorista para capturar.
Um
terrorista de pijama.
“Who is he? And why is he wearing a
pajamas?”
A ação se desenvolve de forma envolvente. Com toda
a ideia inicial de passar despercebido, eu não sei o quanto eles conseguem
interpelando todo mundo e mostrando fotos de Flynn enquanto perguntavam por
ele, mas também não vi muitas maneiras de cumprir a missão de forma diferente.
Portanto, lá estavam eles. Conhecemos Kate Drummond, a repórter que Wyatt quase
estraga tudo na tentativa de salvar. E o evento de Hindenburg vai se
reconstruindo em frente aos nossos olhos, de forma eletrizante, e parece que
Lucy vai conseguir pegar Flynn. Quase
funciona. Até que percebamos que a História já está sendo alterada, uma vez
que o Hindenburg pousa graciosamente.
“Uh, that’s not supposed to happen,
right?” Bem, é claro que isso não pode significar nada bom, mas eu já
estava angustiado, porque eu não sabia o QUANTO isso, por si só, já não tinha
mudado a história. Como salvar 36 pessoas?! A ideia de Flynn, ao que tudo
indicava, era salvar o Hindenburg em seu primeiro voo, para que a próxima saída
fosse a catastrófica, levando com ele muitas pessoas importantíssimas.
E a linha do tempo estaria FERRADA.
Sem a ajuda de Barry Allen!
Parece-me que eles conseguiram encaixar BASTANTE
coisa em um único episódio, mas sem que ficasse corrido, apenas ágil. Foi um
Piloto reconfortante, que me agradou o suficiente para dar um voto de confiança
na série e sentir que eu posso ter uma relação boa com ela! Adorei a sequência
de Wyatt, Lucy e Rufus presos (a cena de Rufus com o policial foi bem forte,
mas foi INCRÍVEL ver os garotos dando umas porradas naqueles policiais!), bem
como a entrada às pressas no dirigível atrás da bomba implantada por Flynn, com
a ajuda de Kate. Mas o problema não foi pegar a bomba… o problema foi que o Hindenburg já estava no ar! Parece-me que
temos algumas regras da viagem no tempo: primeiro, eles não podem cruzar suas
próprias linhas temporais; segundo, a História parece tentar se redimir e se
consertar sozinha. O Hindenburg caiu e pegou fogo do mesmo jeito. Kate Drummond
morreu ainda, dessa vez com um tiro. No entanto, o passado NÃO é imutável, como
bem ilustrado pelo final do episódio…
Então precisamos ainda entender bem os limites
propostos na série.
Na verdade, eu não sabia muito bem o que esperar
da série, mesmo que tivesse visto o trailer. Teremos cenários diferentes a cada
episódio, e isso torna a série muito mais enérgica. Gosto disso. Também já
temos mistérios instaurados de início, como Lucy conversando com Flynn ainda em
1937, na frente do Hindenburg em chamas: “That’s
my handwriting, but I didn’t write that” “Not yet. But you will” Me faz
pensar que todo o plano de Flynn, ainda desconhecido, tem um dedo de Lucy… ele
poderia ser um filho ou neto dela ou algo assim?! Por que ela foi escolhida
para a missão? E Rittenhouse significa o quê?! Gostei bastante do retorno ao
presente, da mudança na História que todos, com exceção do trio que viajou no
tempo, conhecem de Hindenburg… e o final foi incrível. Surpreendente. A mãe de
Lucy de volta ao normal, bem. Mexer com o tempo é grande, é perigoso. Como algo
de 1937, como a queda de um dirigível, pode afetar nossas vidas… efeito borboleta. Mãe de Lucy bem, Lucy
noiva, Amy não existe.
Wow! Vem coisa boa por aí!
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