As Visões da Raven – Saving Psychic Raven


“Quem desligou a gravidade?”
Saving Psychic Raven traz uma possibilidade interessante para a série que eu não consigo deixar de associar a algum tipo de premissa original que foi alterada antes que a série realmente ganhasse a aprovação para produção da primeira temporada pelo Disney Channel. Mais ou menos como aconteceu com Hannah Montana quando eles produziram um episódio chamado New Kid in School que tinha basicamente a história da primeira versão pensada para o programa: de uma estrela de um seriado de TV que tenta ir normalmente para uma escola. Porque Saving Psychic Raven traz uma proposta diferente daquela básica de Raven na escola e em sua família, tendo suas visões mas tentando viver normalmente, enquanto ela cria as mais variadas confusões por causa das coisas que vê e tudo o mais… nesse caso, temos algo meio X-Men com um Instituto para Pesquisas Paranormais, onde Raven encontra outras pessoas parecidas com ela e não precisa esconder quem é. É uma proposta completamente diferente daquilo que estamos acostumados a assistir em As Visões da Raven, e é pouco explorada no futuro da série.
Por isso me parece uma ideia original que não chegou à TV.
De todo modo, o episódio começa quando Raven está jogando vôlei, mas acaba errando uma jogada simples porque teve uma visão da Chelsea quebrando a unha do mindinho – Carly, na plateia ao lado de Eddie, sabe exatamente o que aconteceu: ela teve uma visão. Assim, ela lhe entrega o cartão do Instituto para Pesquisas Paranormais e convida Raven a aparecer por lá algum dia desses: “Uma hora aparece”. Assim, a série nos apresenta uma variedade de novos jovens como a Raven, como a própria Carly, que é telepata e tem o poder de telecinese, ou o Marvin, também telepata e mala. E é distante do restante dos episódios, mas por algum motivo eu gosto muito dele – como disse, me parece uma proposta de As Visões da Raven mais baseada em sua paranormalidade, ao lado de outros jovens paranormais, que também dariam uma boa série, caso bem trabalhados. Mas vocês sentiram, também, as referências a X-Men? O próprio Dr. Sleevemore era meio Professor Xavier, e o Fagulha era meio Ciclope.
Especialmente pelos óculos.
No entanto, relembrando As Visões da Raven e, assim, de fato se encaixando na proposta do programa como o Disney Channel finalmente nos trouxe, nós temos toda uma questão de amizade a ser trabalhada. Acho que o fato de a Raven querer estar nesse grupo de pessoas que são tão parecidas com ela se refere à necessidade de pertencimento, uma coisa tão incrivelmente humana e tão presente na fase da adolescência. Ela chega a verbalizar o seu sentimento, na primeira vez em que está no Instituto: “Que coisa estranha, normalmente eu tenho que esconder minhas visões, mas aqui eu posso ser eu mesma”. E realmente, lá ela pode ser ela mesma, fazendo os testes aos quais se dispõe, embora ela não tenha a regularidade esperada, uma vez que não pode realmente controlar o seu poder ou escolher quando vai ou não ter uma visão, mas quando isso acontece, a Raven é um SUCESSO! Os aparelhos vão à loucura, bem como todos os outros paranormais do Instituto. Total de 4.5 na Escala Psíquica Sleevemore.
E no episódio, eu questiono profundamente a amizade de Chelsea e Eddie, e me arrisco a dizer que, muitas vezes, eles não são bons amigos. Eles não são, nesse episódio, pela maneira como tratam a Raven, como falam com ela sobre suas visões, e como a enxergam como “anormal”, o que é um termo fortíssimo. Quando eles riem do vídeo do jogo, por exemplo, ou quando a Chelsea solta um maldoso “Às vezes? Vem comigo que eu vou lhe mostrar a tela” quando a Raven fala que às vezes suas visões podem ser um problema. É puramente cruel e desnecessário, eu não acredito que um amigo possa se expressar daquela maneira com outro. E quando o Eddie diz “E prefere andar com esses anormais do que com a gente?” ele passa de TODOS OS LIMITES. Eu não culpei a Raven por abandoná-los. E sabe de uma coisa? Eles precisaram transformar o novo grupo da Ray em um bando de babacas que ficavam zoando os “norminhos” só para que fizesse sentido a Raven voltar para Chelsea e Eddie naquela cena em que eles brigam por ela, sem gravidade.
Mas sinceramente, eu acho que Eddie e Chelsea foram péssimos amigos.
Acho mesmo.

Para mais postagens de As Visões da Raven, clique aqui.
Ou visite nossa Página: Cantinho de Luz


Comentários