Class 1x07 – The Metaphysical Engine, or What Quill Did
“No, it’s not real, but yes, we’re actually here”
Frase rapidamente baseada em Albus Dumbledore,
quando ele encontra Harry Potter naquela branquíssima Estação de King’s Cross
depois da morte de ambos, Class
propõe uma ideia similar, mas sem morte envolvida. Não ainda, pelo menos. Quer
dizer, Miss Quill ou termina essa missão livre ou termina essa missão morta –
não houve tensão em relação a isso porque já a tínhamos visto, viva, livre, de
cabelo longo e cicatriz no olho, no fim do episódio passado, salvando Charlie
uma última vez. Assim, começamos muito próximos do episódio passado, com a
repetição daquela fala “You should avenge
genocide with genocide, the Doctor said”, que me parece bem bonita e bem
importante, e Miss Quill tranca Charlie, Matteusz, April, Tanya e Ram em uma
sala de aula para detenção – e como nós já sabemos o que acontece ali (e é
maravilhoso), esse é quase o último que vemos desses personagens até o fim do
episódio. Por ora, acompanhamos Miss Quill saindo na jornada que,
possivelmente, a livrará do asqueroso Arn que a mantém prisioneira do Príncipe
Charlie, e incapaz de disparar uma arma.
“I am war itself”
A enviada dos Governors e um novo personagem bem
interessante, Ballon, acompanham Miss Quill em uma tensa e eletrizante
história. Porque nós passamos por uma infinidade de lugares que não existem de
fato, mas são palpáveis, enquanto o caminho se delineia para a operação que
tirará o Arn da cabeça de Quill. Começamos em uma belíssima e um pouco
apavorante floresta, onde o Arn pode ser capturado. Uma floresta metafísica,
que não existe de fato porque os Arns não são animais selvagens, mas criaturas
criadas em laboratório com a única função de escravizar os Quills, mas é
naquilo que o Arn em si acredita. Parece-nos que estamos dentro de alguma
divisão estranha da mente de Quill, através de um dispositivo interessante para
se unir à galeria de transportes do Whoniverse, já habitado pela TARDIS, pelo
manipulador de vórtice e assim por diante… enquanto eles aprisionam o Arn, de
forma apenas primitiva, Ballon, um metamorfo Law congelado entre duas formas,
também precisa conseguir sua liberdade.
Desse modo, passamos por uma intensidade de cenas
com uma pegada mais divina e, consequentemente, mais apavorante. Estamos no
Inferno dos Law, em que Ballon, com a ajuda de Quill, precisa lutar com seu
maior demônio. De outro lado, vemos Quill em seu Paraíso, vendo o nascimento da
Deusa Quill, uma cena eletrizante que me fez perder o fôlego momentaneamente. E
talvez nunca saibamos o que a deusa estava prestes a dizer para Quill antes que
Ballon fizesse seu trabalho e a matasse. E isso me parece desesperador. Assim,
Miss Quill e Ballon começam a se conectar de uma forma muito bacana quando eles
conversam sobre os seus sentimentos, sobre suas prisões, sobre seus desejos das
respectivas liberdades. “They just amputated the essential part of who
I was. Who I am”. E, talvez mais que nunca, nós sentimos a dor de
Miss Quill – e ela é levada de volta à Coal Hill Academy. “Oh good… my own
personal Hell”. Hora
de começar a operação. Não nas condições mais ideais, segundo Ballon, mas nas
possíveis.
“Pheromones of Arn… the blood of my
god… and a Quill brain”
E eu juro que achei levemente macabro.
A “operação” é um dos momentos mais apavorantes de
Class, depois que Ballon dá dois
avisos não muito entusiásticos: “It
works… in theory” e “This will be
horrible”. E QUE CENA É AQUELA?! Eu precisei dar uns gritos. Repleta de
tensão e horror, a cena bizarra e sombria caracteriza-se como macabra com
eficácia. Aquele Arn saindo de dentro do olho de Miss Quill, dolorosamente,
enquanto ela grita de puro pavor, a angústia só cresceu. Aquele sangue todo,
finalmente consertado por Ballon e o sangue de seu deus, deixando apenas uma
significativa cicatriz que vai lembrar Quill para sempre do dia em que ganhou
sua liberdade. “What good is a soldier
without a scar?” O dia em que dormiu com Ballon. Antes de acordar e ver o
chão dos corredores de “Coal Hill Academy” cheios de areia, areia saída de uma
porta que revela que a escola nunca de fato existiu, não nesse episódio e não
enquanto a operação se realizava. Eles estavam em um holograma, um holograma
que servia para esconder de Miss Quill sua verdadeira localização:
O
CABINET OF SOULS.
“We’re in the Cabinet of Souls?”
Referências a Doctor
Who à parte (“Oh, yeah, it’s… great
bigger on the inside”), um acréscimo lindíssimo, a cena foi fenomenal. Uma
nova arma é presenteada a Quill e Ballon, e apenas um dos dois poderá sair do
Armário, e a cena foi tratada com delicadeza e uma incrível metáfora, onde eu
não sei se o que aconteceu de verdade foi a conversa, a luta, ou ambos. Elas se
completavam. E Quill estava preparada para encontrar seu destino quando a arma
atirou para o lado errado, matando Ballon. Depois de enterrar Ballon, chorar
por ele, tocar uma alma de Rhodia e sentir seu cabelo crescer, Miss Quill se
lembrou: “Time passes differently here”.
E ela não desperdiçaria mais sua vida ali, sofrendo indefinidamente. Então o negócio fica sério! “I suffered in your home world… and I have
suffered in your Heaven, but I will suffer no more. NO MORE! Because I… I am
war itself”. (NOVA REFERÊNCIA). Foi maravilhoso ver aquele final de
novo, o final de outro episódio que eu adorei, agora com as lacunas preenchidas
por um episódio incrível.
E a tensão para o Series Finale me perturba.
COMO ASSIM AQUELA BARRIGA DA QUILL CRESCENDO? Ela
não pode morrer!
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