Frequency 1x05 – Seven Three

 
“We owe it to Raims. Be the best parents we can be”
Acho que o episódio teve uma ideia bacana, mas que foi aproveitada de uma forma quase cansativa. Não sei exatamente o que foi, mas eu fiquei meio entediado no meio do episódio. Acredito que a série começa mesmo, como muitas críticas por aí vem dizendo, começando a se enrolar demais. Tivemos o primeiro grande filler, mas quase por um bom motivo. Nesse episódio, sem a participação de Gordo e de Daniel, nós tivemos um episódio bonito que pode focar na relação entre Frank e Raimy Sullivan, e não apenas através do rádio que conecta 1996 e 2016, mas também através de momentos em que eles estão juntos no mesmo tempo, como ambos em 2008 resolvendo um assassinato. Além disso, e eu acho que essa foi uma das ideias mais bacanas da série, os flashbacks se expandem em duas direções. Acompanhamos um deles com as cores escuras, quase apagadas, como os flashbacks com Daniel que jamais aconteceram na nova linha do tempo, e flashbacks vivos, tão vivos quanto a atualidade (ou 1996) porque são flashbacks de coisas que aconteceram agora, depois que Raim salvou o seu pai no Piloto.
Quer dizer, a Raim se lembra de duas linhas temporais mesmo, não?
Embora, na minha opinião, isso devesse fritar seu cérebro.
De todo modo, o episódio foge completamente da proposta do Nightingale e foca na relação pai e filha. Em 2016, Benny Arcaro é solto da cadeia depois de cumprir uma pena de 8 anos e acaba assassinado com dois tiros na nuca. O mais engraçado (se é que o adjetivo se aplica) é que Benny Arcaro foi preso em 2008 por Raim, em seu primeiro dia na Polícia tendo Frank Sullivan, seu próprio pai, como mentor. Isso na nova linha do tempo, na qual Frank não morreu em 1996. Porque originalmente, 2 de Março de 2008, o primeiro dia de Raim na Polícia não foi ao lado de seu pai, mas de Stan Moreno, o cara responsável por tentar (ou conseguir, depende da linha do tempo) matar Frank. E Raim de fato trabalhou nesse mesmo caso, independente de em qual linha do tempo, mas naquela em que estava com Stan Moreno, Benny Arcaro foi encontrado morto com dois tiros na nuca, lá de volta em 2008. O mais intrigante e peculiar do caso, é claro, é o fato de que Benny Arcaro morreu duas vezes e exatamente da mesma maneira, em dois tempos diferentes. Um em 2008, numa linha que não existe mais, e outra em 2016, depois de 8 anos de prisão.
Isso intriga tanto Raim que ela resolve investigar.
Eu acho que há menor participação de Frank no caso da semana, uma vez que ele funciona mais como uma voz de conselho para Raim que qualquer outra coisa – nada daquilo já aconteceu para ele. Mas enquanto acompanhamos Raim em 2016 e Raim e Frank JUNTOS em 2008 (adorei as cenas!), temos o desenvolvimento de Frank em 1996 e toda a questão com sua família. Acho sempre muito bonitas as cenas de Frank com a pequena Raim de 1996, e foi doloroso quando ela achou que Jules estava se envolvendo em um novo relacionamento (o que ela tem todo o direito de fazer), porque ele ainda a ama, e não tem lá muita culpa de nada que tenha acontecido… mas o episódio se desenvolve todo e de forma dolorosa chegamos a um final no qual ele se afasta mais ainda da família. Não necessariamente de Raim, que Jules garante que nunca deixaria nada interferir, mas de Jules, que tem medo que a sombra com a qual ele retornou depois de seus 2 anos fora influencie a família. Um episódio mais pautado no relacionamento de pai e filha, no sentimento, e acho que tivemos bons momentos memoráveis, como o hamburger com bacon, batata frita, milk-shake…

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