Frequency 1x06 – Deviation
“Would you like a glass of water? You look pale”
Agora o Nightingale vai começar a mexer com a
cabeça de Raimy Sullivan de uma forma mais doentia, talvez, através do
assassinato de Amanda Baldwin, impedido em 1996, mas finalmente concretizado em
2016, com um recadinho especial deixado para a família Sullivan – quase
entramos em explicações mais elaboradas a respeito das possibilidades de
comunicação através de tempos distintos, com as propostas de física quântica
nas quais o passado, o presente e o futuro existem simultaneamente, permitindo
assim uma conexão entre eles de alguma maneira, um comunicador, por exemplo,
ligando duas partes distintas do contínuo de espaço-tempo, mas chegamos, mesmo,
a apenas uma conclusão bastante pertinente através de uma metáfora simples (“Oh, I’m giving you the idiot’s version”):
o tempo é uma árvore, e toda vez que um galho é cortado, como o assassinato de
Amanda Baldwin em 1996, ele só cresce novamente, em um ponto superior da
árvore. 2016, por exemplo. Isso quer dizer que a abordagem que Raimy e Frank
têm tentado desde o início não é a ideal para salvar a vida de sua mãe.
Raimy Sullivan resolveu dar uma pequena chance ao
que diziam que ela tinha que fazer, que era voltar a viver sua vida, mas eu não
acho que ela tenha de fato conseguido seguir em frente. Parece-nos que Kyle é
uma boa pessoa, sim, além de lindo, preparando o café-da-manhã dela ou deixando
aquela comida e recado no final, mas Raimy vem de uma realidade na qual ela AMA
o Daniel e estava prestes a se casar com ele. Assim, tivemos um episódio com
grande participação dele, novamente, mas diferente das outras empreitadas,
dessa vez não são apenas em flashbacks
que não aconteceram mais. Eles se encontram, por acaso, no metrô quando ela
pega o transporte público para ir para o trabalho, e então ela, jurando que não
está perseguindo ele, fala sobre o destino, sobre kismet. “Almost like we knew each other in an another
life”. E ele
finalmente parece entender algo assim. Ele comenta quando ela está trabalhando
em um caso ao lado do trabalho dele: “I
think I never really had a reason to before”. E quando eles se encontram
novamente, quando ele sorri, quando ela fala onde trabalha, caso ele queira
encontrá-la por querer e eles “se
apresentam”… EU AMEI!
O sorriso dele indo embora, todo fofo?
“Daniel.
Daniel Lawrence”
“I know”
Mas okay, vamos falar de Metatron. Por algum
motivo, Metatron, o escriba de Deus, você sabe, foi chamado de Karl nesse
episódio – mas é bem parecido, ele tem todo um jogo manipulativo bastante
similar a seu personagem de Supernatural,
mas na verdade é uma mente perturbada. Ele soa bastante convincente a partir do
“I talk to myself. In the future. Is this something you’d be interested in?” e
de um suposto comunicador com o qual pode se comunicar com a sua versão do
futuro. Assim, ele matou Steve Fishman, por exemplo, supostamente porque,
bêbado, ele mataria seis crianças inocentes atropeladas. É claro que, tendo a
experiência que Raimy tem, de conversar com o pai em 1996, ela não pode ignorar
isso simplesmente e pronto. Então ela tenta extrair mais de Karl/Metatron, mas
chega, por fim, à conclusão de que ele apenas tenta usar sua “máquina” como uma
desculpa para matar pessoas no presente. Mas eu acho que seu caso é diferente
do de Nightingale, envolve mais uma doença descontrolada mesmo, diferente da
psicopatia.
O caso da semana foca-se em Amanda Baldwin.
Aproximamo-nos do momento em que o assassino vai matar Jules, a mãe de Raimy,
mas parece cada vez mais difícil de conseguir colocar as mãos no Nightingale e
levá-lo à prisão. Frank trabalha intensamente em 1996, conseguindo uma equipe
para proteger Amanda, mesmo ocasionalmente parando a pessoa errada, e por fim
eles conseguem salvá-la. É bom ver Raimy ver que Amanda viveu uma vida plena e
feliz até 2016. Mas quando seu corpo aparece no presente… aquilo me revirou o estômago. “You know, your dad saved this woman
from the Nightingale two decades ago”. Isso fortalece, apenas, o discurso de
Karl sobre como o tempo “se corrige”, o que quer dizer que os galhos cortados
(como a morte de Amanda) apenas voltam a crescer mais tarde. Por isso, não
parece que adianta salvar Jules do Nightingale no início de 1997. “So even if we save your mom, he’ll never stop until he kills her”. O jeito é matar o assassin
no passado ao invés de só levá-lo para a cadeia, por mais que Frank objete.
Talvez com a intensificação a partir do próximo episódio Frank vá se convencer
disso!
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