Primeiro Capítulo de “Carinha de Anjo” (21 de Novembro de 2016)

“Você é como o sol… que ilumina até a lua!”

QUE CAPÍTULO EMOCIONANTE! Achei bacana como eu me encantei desde o começo (até porque começar com Lindo Balão Azul foi um jogo baixo para nos apaixonarmos, não?) e ao fim do capítulo eu já estava tão maravilhado que eu queria mesmo era continuar vendo. Mais e mais e mais. O primeiro capítulo segue basicamente a mesma trama do capítulo original, de 2000, e eles conseguiram trazer toda aquela magia e inocência da infância, cheia de cores e pureza. Esse é o encanto de Carinha de Anjo. Apesar da maldade de crianças como a Frida e a
Bárbara, o roteiro é envolto em uma beleza impressionante. E eu fiquei admirado com o clima todo. Acho que os comerciais me ajudaram a ir me acostumando ao longo de um mês, mais ou menos, então eu já estava bem envolvido. E na primeira cena eu sabia que eu ia adorar… porque nos apresentaram Doce Horizonte através de um parque, pessoas se divertindo, e “Se Essa Rua Fosse Minha” lenta e instrumental e aquilo já me arrepiou inteiro, de verdade…

Dali em diante então.

Começa com um clipe. Lembrando que nossas meninas dançavam “Las Rejas del Chapultepec” nesse início de novela, e a versão brasileira adaptou isso da forma mais LINDA possível. O Chapultepec é algo BEM mexicano – por que não trazer algo BEM brasileiro? Assim, temos uma nostalgia TREMENDA ouvindo uma nova versão de uma música adorada do Balão Mágico: Lindo Balão Azul. Perdoem-me os trocadilhos, mas não tem como dizer de outra maneira: foi mágico e lindo. Claro, eu ADORO essa canção, fez parte da minha infância e da infância de muita gente, e tem tanto a ver com a proposta de Carinha de Anjo e as músicas da novela… as meninas cantaram com energia, felicidade, leveza, a coreografia simples era uma fofura. Foi muito bom. E condizente com a proposta da série, belíssima escolha de música. Mais tarde temos outras, assim como na versão original de Carinha de Anjo, músicas como Borboletinha e Ciranda Cirandinha.

Já imagino as festas de crianças tocando o CD de Carinha de Anjo.

E VAI SER LINDO <3

Então começamos, de fato, a trama da novela. A Tia Perucas chega ao internato, e a energia dela é um máximo – a química dela com a Irmã Cecília parece funcionar muito bem, o que é essencial para a futura amizade tão linda que ambas compartilharão. E ela falando que hoje está “discreta”? Amei! “A Tia Perucas… a Estefânia… a Dona Estefânia está aqui e quer falar com você”. E ela vem trazer uma ótima notícia, enquanto a Dulce Maria está sendo atormentada por meninas como a Bárbara e a Frida, dizendo que ela não tem mãe e que o pai não quer nem saber dela… aquele depoimento da Dulce com sua amiga (“Penso nele todos os dias, mas não lembro mais do rosto dele”) me PARTIU O CORAÇÃO. A carinha dela era para nos destruir. Foi com Zeca (o Jean Campos) que ela foi buscar amizade, ouvindo ele tocar o violão e cantar, e aquilo foi uma fofurinha, saiu o primeiro “Prometo que juro” e o pai de Zeca chamando ela de “pacotinho de gente”.

Tudo tão terno, tão gostoso.

Enquanto isso, conhecemos Gustavo (e minhas anotações ainda o chamam de Luciano, vou precisar me adaptar) – eu acho difícil ler o personagem. Porque eu acho o que ele fez muito terrível, mas ele não é retratado para ser uma pessoa má. Mesmo assim, acho difícil justificar o que ele fez. Não acho possível, na realidade. E o flashback dele com a Tereza naquele lindo voo, os dois trocando “eu te amo”, sorrisos, um beijo… acho que ele peca em trazer Nicole com ele, mas é a trama da novela… é evidente que ele não superou a Tereza e ama a Dulce Maria, apesar de quem duvide. “Eu prometo que vou cuidar da nossa filha. Mas será que você e a Dulce vão me perdoar um dia?” Ela, em contrapartida, retribui o mesmo amor incondicionalmente, porque ela ama o papai dela mesmo que não se lembre de fato dela. E ela é uma fofa. Ela não é a coisa mais fofa recebendo da Tia Perucas a notícia de que o papai está voltando?

Ela começa com um “Tia Perucas, você tá linda!”, dizendo que a cor da peruca combinava com ela – e então pede para subir no colo dela, porque de lá pode escutar melhor a notícia. Foi uma cena lindíssima, e a felicidade pura de Dulce Maria é contagiante – me senti inclinado a chorar com todos que assistiam à belíssima cena. E a sensação dela na “rabiga”, chorando agora porque era como as outras crianças… “Meu pai vai voltar dessa grande, enorme viagem. Ele vai voltar por causa de mim” – adorei a Dulce Maria explicando como o seu coraçãozinho está fazendo tuntum, tuntum, tuntum. Adoro a agitação e felicidade de Dulce Maria no dormitório, e a Irmã Cecília estava uma fofa cuidando dela, mandando ela dar um beijo na mamãe e explicando a sensação na “rabiga”: “Isso que você tá sentindo devem ser bons sonhos chegando”. O quanto a Irmã Cecília AMA a Dulce Maria (e vice-e-versa) é comovente.

Nos sonhos, Dulce Maria encontra sua mamãe…

“O meu papi tá voltando pra casa. Será que ele vai se lembrar de mim?” foi uma pergunta que, novamente, me comoveu e me entristeceu – me fez pensar no quanto a Dulce Maria sofreu pela ausência do pai, embora seja uma criança feliz, sorridente, dançante. Eu ainda não me acostumei à ideia de Dulce Maria encontrar a mãe em uma casinha de bonecas durante seus sonhos, mas a cena foi muito bonita – e triste, porque ela estava preocupada demais com a possibilidade de o papai não se lembrar dela. Suas perguntas são lindas e tornam a cena inocente e bela, quase poética: “Mamãe, como é o papai?” Vem muito da infância aquela tentativa dela de falar “traumatizado” (que criança consciente!) e a reação depois de “É uma doença? Dói? Tem que tomar injeção para sarar?” Por fim, a última preocupação de Dulce Maria em sonho: “Agora que o papai está voltando, você não vai sumir dos meus sonhos, vai?”

Ah, e o vestido verde, porque é a cor favorita de Gustavo!

O capítulo é cheio de outras coisas e apresentações breves dos demais personagens. Além do pouco de Zeca, que eu achei bem carismático, tivemos também a incrível moto de Rosana Almeida, e a linda da Juju, com seu vocabulário moderno e de internet, seu quarto incrível, suas câmeras, fones, orelhinhas de gato… a Irmã Fabiana estava um máximo ensaiando o coral, adorei particularmente a cena rápida dela e a Irmã Cecília no quarto, ambas igualmente empolgadas sobre a felicidade de Dulce Maria. E o nojo da Nicole, claro, ambiciosa e uma pessoa terrível, porque não tem um pingo de bom sentimento no coração: “Se depender de mim, essa pirralha apodrece no internato junto com aquelas freiras”. E a chegada de Gustavo no aeroporto contou com diferentes reações, a alegria esperançosa de Estefânia, que quer acreditar no primo, e o ceticismo do Padre Gabriel, que julga Gustavo por ter abandonado a filha por DOIS ANOS.

E quando a Nicole chega, é difícil mesmo defender o Gustavo.

E finalmente CHEGA O MOMENTO. A Madre Superiora conversa com a Tia Perucas e o Gustavo sobre como a Irmã Cecília ama a Dulce Maria de verdade e a protege – e eu acho que essa própria afirmação seria um motivo para o Gustavo gostar de verdade dela, mas quando eles se olham… QUE OLHAR! Dá para sentir as faíscas voando pela sala, e a dica de que ainda falta um ano para a Irmã Cecília se tornar uma freira de verdade me faz temer que a novela vá demorar esse tempo todo para que ela deixe o hábito. Espero que não. E então a Irmã Cecília vai buscar a Dulce Maria para O GRANDE MOMENTO, um momento quase destruído pela maldade questionável de Frida e Bárbara, que destroem o vestido verde que Dulce queria usar com um pote de tinta, mas a Cecília é mesmo um amor que sabe lidar muito bem com toda essa situação, pedindo que Dulce Maria feche seus olhinhos e lhe trazendo uma tiara verde, para que ela possa, por fim, estar com a cor favorita de seu pai.

E é lindo.

A cena final…

QUE EMOÇÃO! Eu chorei. Confesso que a cena me comoveu profundamente e me levou às LÁGRIMAS! Gustavo se vira para ver a filha com lágrimas nos olhos, completamente emocionado, arrependido, sentindo a dor da culpa. Dulce Maria está distante, ressabiada ainda, porque faz muito tempo que não vê o papai. “Irmã Cecília, eu tô com dor de barriga, mas é uma dor boa”. Foi absolutamente lindo. Ela disse coisas lindas. Sobre como ele é o melhor presente para ela, como ele é lindo (“Nossa, papai. Como você é bonito. Seu cabelo, seus olhinhos, seu sorriso…”) enquanto faz carinho nele, e ela tapa a boca, com medo de ter dito algo errado, quando cita sua mãezinha, porque diz temer que ela fale dela e, ficando triste, ele vá embora novamente. Isso é sofrimento puro, e me arrepiou. Aquela mãozinha pequenina da Dulce Maria encontrando a mão do pai, o abraço. Foi tudo muito lindo, perfeito. Mas vem problema… “E agora vamos ficar só nós dois. Pra sempre, né, papai?” Ai, chega a dar medo.

Por fim, comentários RÁPIDOS: em primeiro lugar, mas eu acho que, se me der coragem, eu retorno para falar mais calmamente sobre isso em outra postagem: EU ADOREI A ABERTURA! Ficou linda. Eu acho que desde Chiquititas é a melhor abertura do SBT. Tem tudo a ver colocar aqueles desenhos animados, ao estilo que foi feito no Sítio de 2007. Dulce Maria encontrando cada um dos personagens principais, os desenhos refletindo o que ela pensa de cada um, como a Nicole como jacaroa, a Madre Superiora como uma sargento, o Gustavo como um super-herói, um super-pai, e ela sendo a única personagem em live action que perambula por isso tudo, até que todos sejam os atores de fato e, por fim, Dulce Maria seja um desenho… eu AMEI! Mas sinto que tenho que ser mais detalhado em outra postagem. Ah, e teve um resumo by Juju Almeida para finalizar o capítulo, não sei se teremos isso diariamente, não acho que seja necessário. No entanto, como eu não pretendo acompanhar TÃO fielmente, isso seria bastante útil!

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