[Season Finale] American Horror Story: Roanoke 6x10 – Chapter 10


“When fighting monsters, she became one herself”
Ah, agora eu posso dizer sem medo: ROANOKE É A MELHOR TEMPORADA DE AMERICAN HORROR STORY. Eu sempre vou amar com a mesma intensidade Asylum, não posso negar isso, mas eu fico tão feliz por ver a capacidade que o roteiro ainda tem de nos surpreender e de nos entregar um ano fenomenal, fechadinho, inteligente. Porque tivemos uma trama complexa e muito bem desenvolvida, com um estilo próprio mantido do início ao fim, com muita coerência. E foi uma temporada que priorizou o roteiro acima de tudo. E eu adorei isso. Não podia ter sido melhor. Eu ainda acho que essa temporada não é de temática apenas da Colônia de Roanoke, mas também do próprio mundo da televisão. Como eu comentei no episódio passado, ele é todo baseado em filmagens, oficiais ou encontradas, e começou em um documentário e passou para um reality show que, entrando em caos, passou a vídeos de canais do YouTube, filmagens encontradas em telefones celulares… esse último episódio, de forma INTELIGENTÍSSIMA, fechou a trama com outros elementos do meio, como noticiário e novos programas…
Foi genial. Inteligentemente amarrado e construído.
Começamos com uma rápida passagem por uma espécie de Comic-Con, um evento depois de My Roanoke Nightmare, mas ainda antes da segunda temporada, Three Days in Hell, que reuniu elenco e equipe criativa. Um daqueles eventos que enlouquecem os fãs, e foi bom ver de volta algumas pessoas (tá bom, o Evan Peters). No instante seguinte, passamos à cobertura jornalística, ou quase, de dois julgamentos. Me lembrou bastante a primeira temporada de American Crime Story. E foi PERFEITO. No primeiro julgamento, sobre os crimes de Lee Harris cometidos em Return to Roanoke, a defesa foi genial expondo os vídeos de todas as torturas, como sua orelha arrancada, e a droga que ela cheirou, “justificando” as mortes pelo trauma a que ela foi exposta e alucinações. Num segundo julgamento, na tentativa incessante de prender Lee Harris, eles se voltam à morte de Mason, escutam um desesperador depoimento de Flora, mas depois de 16 dias de júri, ela é declarada INOCENTE. Eu acho interessante essa representação da justiça como é apresentada, e como é evidente que tudo não passa de poder de persuasão.
É interessante, mas um pouco angustiante também.
Como o episódio era basicamente sobre Lee Harris, de certa forma, nada melhor do que de toda aquela vibe American Crime Story, Lee ser convidada e entrevistada por Lana Winters, no Lana Winters Special. Só a vinheta daquele programa já me arrepiou todo, com aquelas cenas do Briarcliff que vimos no fim de Asylum e que eu AMO. É outra coisa que passa depressa, porque Lana conta a Lee que Flora desapareceu uma hora antes de gravarem o programa (a acusando de novo sequestro), e um último Polk ataca ambas no estúdio. Com um aviso (que eu adoro também) de linguagem e violência explícita a seguir, chegamos ao Spirit Chasers, um programa de caça ao sobrenatural que invade a casa de Roanoke DURANTE a Lua Sangrenta (foi burrice sim). Os 3 da equipe, mais o Professor Chapatin (embora agora sem a peruca ele pareça menos o Professor Chapatin) e uma aparição surpresa de Lee Harris, buscando sua filha no último lugar ao qual ela queria ir. E o que acontece? Mortes e muito horror e sangue, e grito e susto.
E é arrepiante. E perfeito.
Tínhamos que finalizar a temporada bem!
Por fim, temos Breaking News, um jornal qualquer que passa as informações finais que ainda não vimos. A cobertura da morte da equipe de Spirit Chasers, bem angustiante, uma rápida fala com Lana Winters só para nos mostrar que ela ainda está bem e pode ser reaproveitada em outras temporadas e a casa em chamas. Mas para chegarmos à casa em chamas, vemos Flora e Lee em uma conversa final, uma barganha, um acordo – Lee tenta garantir a segurança da filha fazendo-a prometer ir embora, para morar com os avós, e em troca ela fica na casa com Priscilla para cuidar dela como sua própria filha e defendê-la da Açougueira. Ou seja, assumindo o papel que ela queria de Flora. E é um final belíssimo. Lee Harris morre na explosão da casa em chamas e sai de mãos dadas com Priscilla, enquanto Flora está à salvo, todos os demais estão mortos, a Lua Sangrenta está no céu, e os fantasmas da Colônia de Roanoke estão, com suas tochas, assistindo a tudo de longe. Não poderia ter acabado melhor. Eu AMEI a temporada, e mais uma vez elogio tamanho primor de roteiro e interpretação. Perfeito, perfeito, perfeito.
QUE TEMPORADA FOI ESSA?!

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