Supergirl 2x06 – Changing

“You love that attention. You love people loving you. You’re not selfless”

O título não poderia estar mais de acordo com o episódio. Changing. Mudança em todos os sentidos, para muitos personagens. Para Mon-El depois que ele começa a treinar com Kara e tenta descobrir quem ele realmente é. Para Alex que abraça a sua sexualidade e passa por um momento doloroso e real. Para o Dr. Jones, que deixa de ser humano para ser um híbrido com alguma forma de vida alienígena parasita que ficou presa na terra desde a Era Glacial. Para James e Winn, com o surgimento (não muito aprovado por mim) do Guardião. E provavelmente para J’onn J’onzz, agora que ele tem sangue de White Martian correndo em suas veias. Foi um episódio intenso e repleto de acontecimentos, que nos emocionaram e nos eletrizaram. Sempre adorando a nova temporada de Supergirl, estamos ansiosos para ver como a trama vai se desenvolver dali em diante, quais são seus planos. Porque, convenhamos, foi desesperador ver o Mon-El, todo determinado a mudar e ajudar as pessoas, sendo levado pela Cadmus naquele final. Que isso seja revertido em breve porque eu não estou preparado para perdê-lo ou vê-lo como vilão.

Não perpetuamente, pelo menos.

Ah, o que me faz pensar que não tivemos Lena Luthor!

Vamos começar falando de Alex. Com a ajuda de Maggie Sawyer, Alex entende que se assumir para ela mesma foi o primeiro passo, e o próximo é assumir-se para a família – o que é, realmente, um momento difícil, mas libertador. A sensação é indescritível. Assim, Alex conversa com Kara, e foi um momento meio incômodo, mas eu compreendo o choque. Nada queria dizer que não estivesse bem para Kara, mas era uma novidade com a qual ela ainda teria que se adaptar, e Alex devia dar esse tempo a Kara. Elas tiveram um momento fofíssimo mais tarde entre irmãs. Triste foi quando Alex vai atrás de Maggie, cobra o café que ela prometeu, diz que se assumiu para a Kara e a beija. “I’m here for you, but as a friend”. Doeu, eu não vou mentir, doeu muito. E doeu mais porque eu acho que, talvez, isso seja uma situação pela qual muitos de nós passamos ao nos assumir. Geralmente tem uma pessoa catalisadora que é quem torna tudo possível, no momento parece que é por ela que estamos fazendo isso. E muitas vezes passamos por esse sentimento frustrante da oferta da amizade. Senti, de verdade, a dor de Alex Danvers deixando aquele bar.

O episódio retratou isso muito bem.

Já a trama da semana trouxe o Dr. Jones entrando em contato com o parasita alienígena que o transforma em um “nós”, e começa a mudá-lo perigosamente. É angustiante quando ele drena toda a energia de Supergirl e J’onn J’onzz e eles ficam desacordados, esgotados, drenados, naquelas camas. Supergirl se recupera mais rápido, J’onn ganha uma transfusão de White Martian, depois que M’gann pede desculpas pas aceita as insistências de Alex de que ela precisa ajudar J’onn. O grande problema da trama, para mim, foi o surgimento do Guardião, alter-ego heroico de James Olsen, QUE EU DETESTO. Tudo bem que agora ele pode ter uma função na série, mas o que salva o plot é o Winn porque eu o amo demasiado, mas eu realmente NÃO gostei do James como vigilante, nem da participação dele no clímax do episódio, nem um pouco. Mon-El se descobrindo e salvando aquela menininha de um carro foi muito mais impactante e bonito de se ver. Também a Kara com o seu plano genial do Plutônio 239, mas a Kara é a Kara…

Nós já a amamos.

Então ela está treinando Mon-El. Depois de um início INCRÍVEL no qual ele promete deixá-la treiná-lo se ela beber o drinque (Kara bêbada é FENOMENAL), eles começam o treinamento, e é um máximo. Não, não apenas pelos braços gigantescos, lindos e suados (também), mas porque Kara tem que lentamente entender que Mon-El não é Kara Zor-El, e talvez ele não tenha essa alma heroica que ela quer que ele tenha, que ela tem. Ele é diferente. Pode parecer egoísta? Pode, mas também pode não parecer, depende de como você avalia tudo. Enfim, é uma trama controversa que geraria muitas discussões. Eu entendo Mon-El e também entendo Kara. Paradoxalmente. Mas aquelas palavras ditas chocaram. O “You love that attention. You love people loving you. You’re not selfless”, substancialmente verdade, e o “And you are no hero. I thought you could be, but I was wrong”, doloroso. Por fim, Mon-El entendeu, com a pressão de todos os lados, que talvez ele devesse ser um herói, pelo menos para ajudar Kara nesse momento em que ela precisava de verdade. E ele foi. “STOP! I regret this already”. Ele salvou pessoas.

E foi sequestrado.

Viu o que que dá tentar ser bonzinho?

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