This is Us 1x05 – The Game Plan
“There’s no dying. There’s no you or me or them.
There’s just us”
Embora eu ache que esse seja o tema principal de This is Us como um todo, me sinto
inclinado a vir comentar hoje e dizer que esse quinto episódio foi sobre família. De um jeito especial, dessa
vez, fala sobre o que é ser um pai ou uma mãe. Fala sobre decidir ter ou não
ter filhos, e quando fazê-lo, também fala sobre as dificuldades enfrentadas,
mas o imenso amor. É cheio de simbologia, metáforas belíssimas que nos conduzem
por uma trama bem elaborado e devidamente emocionante. Não sei se haverá algum
episódio de This is Us que não nos
fará chorar, em um drama INCRÍVEL que é muito bem escrito. Eles sabem o que
estão fazendo, onde querem chegar e como chegar lá, e cada episódio só me prova
isso mais. Voltamos um pouco mais no tempo, para antes de 1980, uns 9 meses
antes, aproximadamente, para entendermos algumas coisas sobre Jack e Rebecca
que nunca antes tinham sido discutidas na série, e eu adoro a maneira como eles
brincam com o tempo, mesclando o grande número de protagonistas em 2016 com já
três épocas diferentes na década de 1980. E tudo é tão conectado, tão perfeito.
Assim, devo elogiar esse roteiro primoroso.
Voltamos, portanto, para algum tempo antes de os
bebês nascerem em 1980, como vimos no Piloto e um pouquinho mais no terceiro
episódio. Conhecemos, dessa vez, uma Rebecca que não quer ser como foi sua mãe,
então se recusa a ficar olhando enquanto Jack assiste a seus jogos de futebol –
e começa a entender do esporte.
Assim, surge uma Rebecca fofa e fanática por esporte, mas com uma coisa que
nunca antes conhecemos: o fato de não
querer ter filhos. Entre falas como “Why
do people have kids?” e “Promise me
we’re never having kids!”, ela parte o coração de Jack porque tudo o que
ele mais quer é completar a família! Era um desenvolvimento pelo qual não
estava esperando – e a divergência de decisões precisam ser discutidas pelo
casal instantaneamente, em um bar no meio do Super Bowl. Foi tudo tão forte,
naqueles incríveis e belíssimos diálogos que sempre nos arrepiam, e quando o
jogo acabou, cada um ficou do seu lado, e depois o Jack foi conversar com
Rebecca e eles falaram sobre o futuro… foi
tudo tão lindo. Porque a verdade é que eles se amam mais que qualquer
coisa.
E é isso o que importa!
Fico muito feliz por vê-los felizes, se beijando
de forma tão terna e verdadeira.
No presente, essa questão é desenvolvida de formas
diversas. Primeiro, Kevin está lá na casa de Randall, e é um pouco
desconcertante. Primeiro, eu não queria que o Randall deixasse o Kevin ser o
Kevin, explorando as pessoas daquele jeito, mas depois eu entendi que nem era
essa a proposta. Quer dizer, Randall sai com Beth para passar a noite no hotel
de Kevin, enquanto deixa ele e o pai biológico na casa para cuidar das garotas
por algum tempo. Assim, eles podem se divertir, fazer sexo, comer na cama… até que Beth fale sobre a sua suspeita de
que pode estar grávida. Ali a história se movimenta de uma maneira quase
desconfortante. Porque vemos uma faceta do Randall que também não esperávamos
ver, sempre tão bom e tão prestativo. É triste que ele esteja bravo, mas a sua
braveza vem da angústia e da insegurança natural do momento. O drama, no
entanto, não se estende por muito tempo porque eles vão juntos fazer um teste
de gravidez que dá negativo. Mas isso proporciona, mesmo antes de sair o
resultado, cenas lindas dos dois.
Que também provam que existe MUITO amor envolvido.
Enquanto Randall e Beth estão no hotel, Kevin está
lá, se sabotando como sempre. Foi um episódio forte para ele, e eu passei da
indiferença à raiva profunda em questão de minutos, para no fim do episódio
gostar demais dele. É engraçado como os sentimentos fluem depressa em This is Us. Foi revoltante como o Kevin
agiu, com a questão de ensaiar a peça, obrigando William e as garotas a
ajudá-lo, e quando ele começa a falar de vida e morte, aquilo me enervou. Ele
não tinha sensibilidade nenhuma, não sabia lidar com crianças, só pensava nele
mesmo e fazia piada o tempo todo. Até que
eu entendi que aquela era a maneira dele de se proteger. Porque ele começou
lentamente a se dar conta dos erros que cometeu, com uma pequena ajuda de
William em uma conversa muito bonita entre os dois. E foi legal o que o William
disse sobre como ele duvida de si mesmo e tem que parar de fazer isso – ele é
talentoso. Talvez nunca devesse ter abandonado o programa, mas agora que ele já
fez isso, precisa seguir em frente, acreditar nele mesmo. E se ele quer algo,
ele deve provar que ele consegue.
Então ele vai tentar fazer isso.
Kate foi o último belíssimo elo que fechou a
história. Ela teve uma história toda sobre gostar de ficar em casa nos domingos
para ver o jogo, sozinha. E quando ela acaba aceitando ir ver o jogo na casa de
Toby, foi bastante incômodo. Eles não tiveram respeito, falando durante o jogo,
interrompendo, passando na frente da TV, pausando… mas no fim nem era esse o problema. É que aquele era um momento
especial de Kate com seu pai. E quando ela conta aquilo, nós desatamos a
chorar. Já havíamos presumido a morte de Jack, mas é muito difícil vê-la de
fato, e aquele paralelo entre a importância que ela via, explicando ao Toby, e
que Jack também via no jogo, explicando a Rebecca, foi demais! Acabou
lindamente, da forma mais emocionante possível. Uma cena de Kevin e uma pintura
sobre como a peça o fez se sentir, sobre a vida e a morte, sobre como estamos
todos conectados, como estamos na pintura desde antes de nascermos até depois
de morrermos… isso enquanto víamos cenas de Kate vendo o jogo EM CASA, com Toby
e a urna do pai (o gorrinho da sorte), cenas da piscina do episódio passado,
cenas dos três filhos, Jack e Rebecca vendo jogos juntos, Randall percebendo
que William foi embora…
Tudo foi perfeito. Não poderia ser mais lindo.
This is Us foi
MESMO uma surpresa e tanto!
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