This is Us 1x06 – Career Days


“I want you all to be as different as you can possibly be. In all the best ways”
Outro episódio lindíssimo de This is Us e dessa vez estamos falando sobre carreira. Eu ainda estou adorando a maneira inteligente como a série consegue propor um tema, trabalhá-lo da melhor forma possível, e inteligentemente unir as quatro histórias em uma só. Enquanto Jack está enfrentando as dificuldades de sua carreira em 1988 (mais ou menos) e tentando seguir em frente para fazer algo que ele gosta, a vida de Randall também está em uma fase que vai interferir no seu futuro intensamente, proporcionando a ele a carreira que ele tem no presente, e que, felizmente, ele adora. Além dele, também Kate consegue, finalmente, um novo emprego depois de ter sido demitida pelo irmão, e é o primeiro episódio sem Toby, o que eu acho que foi um crescimento bacana para a personagem de Kate, uma abertura para que ela pudesse se desenvolver sozinha. Por fim, temos a carreira de Kevin, problemática e sempre prestes a desmoronar, mas que agora pode, talvez, dar um passo adiante. Quem sabe o futuro dele esteja realmente no teatro.
Embora eu ainda não acredite muito nele.
Começamos o episódio com Jack e Rebecca tendo que lidar com uma situação na qual a escola de Randall chama a atenção deles sobre o alto grau de inteligência do garoto, e que talvez fosse melhor para ele estudar em uma outra escola, mais avançada. E é claro que é uma decisão dificílima de tomar. Jack tem medo de Randall acabar como ele, infeliz em um emprego de gravata preso em um cubículo que ele detesta, mas ao mesmo tempo ele não pode privar o Randall de se desenvolver só por causa de seus próprios temores. É uma situação delicada. Naquelas cenas incrivelmente fortes que This is Us faz e brinca com nossos sentimentos, nós temos um momento em que, no trabalho, Jack testa o conhecimento de Randall, e é muito desconcertante vê-lo fingir que não sabe as coisas quando percebe que está sendo testado. E a pressão que Jack coloca é controversa, mas a cena se desenvolve lindamente. “Why are you pretending not to know this stuff, huh?” Quando o Randall explica que não quer ser diferente dos outros, que se tirar A, ele vai ganhar sorvete e o Kevin não e então eles vão odiá-lo.
Aquilo me destruiu.
De verdade.
Eu fiquei muito contente de ver o Randall feliz no futuro com a sua profissão. Quer dizer, no fim Jack levou o filho para a outra escola, e a cena dele ensinando o pequeno Randall a colocar a gravata foi muito linda – a alegria do garoto era contagiante! A felicidade dele ao chegar na escola com seu uniformezinho também. E no futuro, mesmo que o Randall tenha o desejo de talvez tocar piano (o “Look away. Just look away” da Beth foi cruel e hilário), ele está profundamente feliz com seu emprego. E isso ME deixa muito FELIZ também! Assim como me deixa parcialmente feliz pensar que, talvez, o Kevin esteja lentamente se desenvolvendo, e talvez tenha um futuro. Eu ainda acho que ele é o elo mais fraco em This is Us, mas foi divertido como ele foi levado a um funeral de um estranho para que pudesse abrir seu coração, se permitir sentir e entregar isso no palco. Deve ter funcionado. Porque ele chorou, ele abraçou uma mulher que nem conhecia e falou de seu pai, dos modelos que montavam juntos e ele jogou fora quando ele morreu, do colar que é a única coisa que ainda tem para se lembrar do pai.
Talvez agora ele sinta.
Por fim, nós tivemos uma história muito boa para Kate, que encontra uma nova proposta de emprego depois que não trabalha mais para o irmão. E a história se desvela aos poucos. Inicialmente parece que a sua chefe é um amor, uma fofa, e o problema é a filha. Mas eu já disse que eu ADORO a Kate, não? Quer dizer, a cena em que Kate larga a menina, Jemma, na rua para ir sozinha à casa da amiga foi sensacional! Eu acho que a Kate pode até ser muito insegura consigo mesma, mas ela não deixa as pessoas montar nela por isso, e é isso que eu adoro nela. A sua força e determinação, de qualquer maneira. Como quando ela retorna para o trabalho, faz suas exigências mais que pertinentes, consegue tudo. Um bom emprego, valorizada pelo seu trabalho real, não como uma assistente que vai levar Jemma para cima e para baixo porque a entende. Me doeu muito (porque foi um baque que eu não esperava) ver Kate falando de sua mãe, Rebecca, e como a relação delas é difícil. “And now we barely talk, and it sucks”. Ela ama a mãe, evidentemente, mas ela descontou tanto nela por seus problemas que a situação ficou quase impossível, e ela se arrepende disso.
Aquele “I hate you” no passado foi forte e triste demais.
Resultado? Agora EXIGIMOS cenas de Kate e Rebecca no presente, por favor!

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