This is Us 1x07 – The Best Washing Machine in the World
“He’s my brother”
Vai ficar estranho eu começar pelo final? Mas
pensar nesse título do episódio já me leva para a finalização linda do
episódio, como sempre, e eu acho que é algo que This is Us está sabendo fazer muito bem. Eles nos comovem
semanalmente com muita propriedade, e essa semana, em uma sequência lindíssima
de cenas finais, em retrocesso (o que as tornam bem tristes, na verdade), a
série nos leva a pensar no conceito de melhor
máquina de lavar do mundo. O que faz uma máquina de lavar ser a melhor máquina do mundo? Toda a
história que ela carrega nos anos que passou com a família. Porque não é uma
máquina de lavar por si só, mas tudo o que Jack, Rebecca e The Big Three
passaram com ela, como aquela linda sequência que deve ser por 1988 quando
todos foram ajudar a limpar a lavanderia em estado de inundação… muito
diferente daquela cena em algum momento da década de 1990, com Kevin dormindo
sozinho no porão, que divide com a lavanderia, e Rebecca descendo as escadas
triste para jantar sozinha porque o Jack não está mais sendo o marido que ele
costumava ser ou que tinha prometido que seria.
E isso é muito deprimente.
Na trama do passado, estamos em algum ponto não
especificado da década de 1990. Kevin, Randall e Kate são adolescentes agora, e
você sabe como ficam os nervos durante a adolescência. Parece que é a trama que
mais tem possibilidades de exploração, andando por diferentes épocas – muda a
dinâmica, muda o estilo de narrativa, muda tudo. E o foco está na relação
profundamente controversa de Kevin e Randall. A impressão é a de que Kevin
ODEIA mesmo o Randall, não posso defendê-lo de forma alguma. Ele tornou a vida
de Randall um inferno, embora possa ser argumentado que ele fez o mesmo, de
forma diferente. Aquela luz acessa às 2h da manhã para fazer tarefa e as brigas
dos dois, quando Kevin deixa o quarto que dividia com o irmão para dormir no
porão… aquele jogo de futebol americano tenso no qual o 12 e o 36 acabam apenas
de batendo, de forma tão triste, tão ruim. Eu queria tanto que as coisas
estivessem bem entre aqueles dois, me dói ver o tipo de cenas que ganhamos por
causa das brigas dos irmãos, e infelizmente isso é algo com repercussões ainda
muito claras no presente.
Em 2016, nós temos Beth assinalando o fato de que
Randall e Kevin NUNCA estão sozinhos em um mesmo aposento, evidenciando a
relação difícil dos dois, talvez quase inexistente. E quando eles marcam um
jantar com Rebecca ao qual ela não pode comparecer, é catástrofe na certa. Não
podia ser diferente. Eu acho que o Kevin é um babaca com o Randall, por isso eu
acho que foi um safanão MUITO BEM DADO quando o Randall revela, mesmo sem
querer, que nunca tinha visto The Manny.
“He was a series regular on the show, actually. For four years he was a
series regular. Have you ever seen? My show?” Eu gostei, admito
isso, de ver Kevin sofrer. Mas talvez as verdades sendo ditas no meio da rua
valham de alguma coisa. “That’s great. Replaced by another black man”. Kevin tem o sentimento de que
Randall sempre ganhou a predileção da mãe, por ser negro e adotado e porque ela
não queria que ele se sentisse excluído. Randall tem o sentimento de ter sempre
sido tratado como um lixo pelo irmão.
Coisas muito fortes e impactantes foram ditas no
meio da rua.
Até “He’s my
brother”. E eu acho que ISSO significa alguma coisa.
Por fim, temos um conjunto de outras coisas a se
resolverem futuramente. Quer dizer, Kate continua com o seu plot a respeito da perda de peso (eu
adorei a atriz que a interpretou na década de 1990, parece muito com a Kate
adulta), e fica muito mais difícil para ela, a cada dia, quando Toby consegue
perder muito mais peso que ela, e ele nem está a fim de fazer isso, não está
disposto a continuar com a dieta, porque não é algo que ele queira de verdade.
Ele quer por ela. E eu não sei o quanto esse relacionamento pode funcionar
desse jeito, porque é muito sofrimento. Para AMBOS! E, enquanto isso, Beth tem
uma noite muito bacana com William quando ela faz “brownies especiais” para
eles, e eles ficam abertos, rindo, contando coisas de suas famílias – até que
William conte demais e revele que deu a Rebecca um livro de poesias quando
Randall ainda era criança, evidenciando que ela o conhecia e que, portanto,
mentiu para Randall a vida toda. Beth não vai deixar isso para lá,
simplesmente, e eu não acho que deveria. Mas vai ser algo bastante complicado
de resolver, e vejo que a trama continua crescendo de forma linda.
Amando essa série, sempre!
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