Timeless 1x08 – Space Race


20 de Julho de 1969. Sem “Houston, we have a problem!”
Ah, não que a viagem no tempo para essa data específica tenha realmente ajudado para que as coisas fossem mais tranquilas nem nada, é uma questão mesmo de que eles não quiseram usar a fala – de todo modo, Houston estava lá e isso já me deixa extasiado. O episódio traz um capítulo importante da Guerra Fria, da corrida espacial e da humanidade como um todo: o dia em que um humano pisou na lua pela primeira vez. E ISSO NÃO É SENSACIONAL? Há quem discorde dessa afirmação, e que não ache que a Humanidade realmente já deu esse passo, eu acredito. E eu adoro pensar nisso. Assim, na introdução do episódio, estamos de volta a 20 de Julho de 1969, vendo os acontecimentos como deveriam acontecer sem nenhuma interferência da equipe de viajantes do tempo que conhecemos, e percebemos que as coisas já não foram tão simples como as pessoas costumam
acreditar. Os problemas estiveram ali, mas foram resolvidos e o pouso foi mesmo lindíssimo. Me comoveu profundamente ver essa grande conquista, ver essa sala cheia comemorando o sucesso da missão…
Então viemos para 2016.
Diferente dos episódios passados, temos uma abordagem um pouco diferente porque começamos do ponto de vista de Garcia Flynn. É ele quem está interrogando um dos homens que esteve naquela sala da NASA em 20 de Julho de 1969, tentando conseguir informações sobre segurança, quem sabe até material que o ajude a entrar nas instalações… achei que, talvez, tivéssemos um episódio totalmente invertido, totalmente do ponto de vista de Flynn, e acho que seria algo bacana para quebrar o tradicional que se estabelece, e talvez fosse a oportunidade não só de inovar, mas de fornecer alguns tipos de resposta. No entanto, não. Mesmo com um ótimo e eletrizante episódio, o foco está todo em Wyatt, Lucy e Rufus mesmo, dessa vez mais em Rufus que qualquer um dos demais, que desempenham papéis secundários. Primeiro, Flynn parte para 1969 com um sarcástico “Greetings. We come in peace” e depois cria um possível paradoxo no estilo de objeto impossível ao matar Wayne Ellis, mas não falemos de paradoxos…
Timeless teria muitos problemas se trabalhasse com eles.
Um verdadeiro desastre se estabelece na NASA quando toda a equipe chega lá, porque a equipe de Flynn instala nos computadores um vírus avançado demais para a época – uma época em que uma memória de 2MB era impressionante, 10 minutos de download era rapidíssimo e o termo “vírus” ainda nem era usado para tecnologia. Difícil. Então, mesmo com toda a inteligência e competência de Rufus, é difícil conseguir restaurar o computador, ajudar no pouso da Lua e trazer os astronautas de volta para casa em segurança. Assim, o grande dia de Rufus está ameaçado. No entanto, é interessante notar que um dia especial para Rufus, que reúne todos seus heróis, é um dia prestes a se tornar ainda mais importante porque ele pode fazer parte dele, pela primeira vez. Ele pode ser aquele que salva Neil Armstrong e os demais astronautas. E isso significa alguma coisa, não? Não adianta implorar pela humanidade de Anthony ou qualquer um que trabalhe com Flynn, mas eu juro que ainda não entendo, completamente, suas motivações.
“That’s one small step for a man, one giant leap for mankind”
Tão bom ouvir isso, não?
Assim, o episódio caminha de forma eletrizante em um roteiro muito bom. Temos coisas dramáticas como “We need your help to save the Apollo 11”, que eu adorei, e temos o crescimento de Katherine Johnson, e eu adorei vê-la levando o crédito, sendo aplaudida na NASA, porque isso é uma mudança significativa e muito bonita. Wyatt, que amamos cada vez mais pela sua nerdice, faz uma referência incrível se autonomeando Agente Mulder ao se passar pelo FBI. TEM COMO NÃO AMAR? Por fim, Flynn é seguido por Wyatt e ele percebe a sua aproximação de Maria Thompkins, e eu juro que fiquei parcialmente sem fôlego quando Flynn é visto injetando algo em Gabriel, o filho de Maria, enquanto Wyatt conversa com ela. Misteriosamente, Flynn comenta sobre como em todas suas memórias ela está triste, e ele não vai deixar que ela perda seu filho de novo, e é bom vê-la novamente. “Maria was Flynn’s mother. The kid was his half-brother”. Mas se o Flynn pode voltar no tempo, sem hesitar, e salvar a vida de seu irmão e fazer sua mãe feliz, por que os demais não podem fazer o mesmo? Temos a irmã de Lucy, a namorada de Wyatt…
ÓTIMO episódio!
“Lucy, what am I becoming?”

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