Trolls (2016)
“I see your true colors / Shining through”
Ai que gracinha de filme! Eu adoro uma boa
animação, daquelas cheias de cores (ha, sim, trocadilho intencional) e boas
histórias, mensagens legais, aquelas falas e momentos que te fazem chorar. Eu
chorei um pouquinho no fim do filme sim, e eu adorei! Quando eles ainda colocam
música junto? E quando tem música nova? Bem, Trolls tem isso tudo. O filme, além de trazer músicas originais,
também traz versões lindíssimas de músicas como Hello, Total Eclipse of the
Heart e, claro, True Colors.
Emocionante de verdade, o filme tem carisma, tem energia, tem presença. Você
sai do cinema com uma coisa na cabeça: a
certeza de que a felicidade existe dentro de cada um de nós, mas às vezes nós
precisamos de alguém que nos ajude a encontrá-la. Ah, e também com uma
vontade tremenda de ter um cabelo poderoso como aqueles dos trolls, que é uma
característica fascinante dos personagens, fora a capacidade de cantar, de
estar feliz o tempo todo, enfim. Os Bergens podiam estar errados, e comer
Trolls não traz felicidade, mas que estar perto de um o faz… certamente!
O filme começa nos apresentando a Cidade dos
Bergens e o Trollstício. Basicamente, os Trolls são criaturinhas fofas e muito
felizes, que vivem sempre cantando, dançando ou dormindo, esbanjando
felicidade. E quando um Bergen conheceu um Troll, ele ficou com inveja porque
não sabia nem cantar nem dançar – e como eles decidiram que podiam ficar
felizes? COMENDO TROLLS. Acho que é uma metáfora em relação à crença de que é
necessário você suprimir a felicidade alheia para que seja feliz de fato, e o
filme luta bem contra isso. Desse modo, nasceu o Trollstício. Era um dia no ano
em que TODOS na Cidade dos Bergens comiam um troll, que eram aprisionados em
uma árvore no meio da cidade durante todo o ano. O único lugar onde se via cor
e vida. Até que, em determinado dia, o Rei dos Trolls conseguiu fugir e levar
todos os trolls com ele, para a segurança, e então o Trollstício chegou ao fim.
Isso foi há aproximadamente 20 anos, quando a Princesa Poppy ainda era um
bebezinho fofo.
Agora, tudo ameaça mudar.
Quer dizer, Poppy (Anna Kendric) é uma fofura, uma
graça. E conhecemos Tronco (Justin Timberlake), um troll cinza (diferente de
todos os outros) e carrancudo, que nunca vai às festas a que é convidado. É um
contraste incrível à felicidade, alegria e pulos do restante dos trolls, com
aqueles seus cabelos incríveis, suas piadas, suas músicas… em algum momento eu
já comecei a rir toda vez que eles começavam a cantar. Mas o Tronco até tinha
razão em relação a algumas coisas… quer dizer, eles não podiam fazer muito
barulho, como fizeram, ou seriam descobertos. Assim, alguns trolls são
sequestrados e a Princesa Poppy decide que precisa salvar os seus amigos. E
sai, na cena em que ela canta a deliciosa “Get
Back Up Again”, uma música maravilhosa com uma finalização incrível –
porque quando as aranhas estão para atacá-la definitivamente, TRONCO APARECE. E
é tão bom! Não é surpreendente nem nada, você esperava que o Tronco fosse
aparecer para ajudar a Poppy na missão, mas não deixa de ser uma delícia vê-lo
aparecer de fato para ajudar.
Own, aqueles dois!
Dali em diante a história se desenvolve em uma
grande quantidade de ótimas cenas e boas sequências. Conhecemos Bridget, uma
ajudante de cozinha, apaixonada pelo Príncipe dos Bergens, que canta “Hello” (lindo!), mostra que os Bergens
também têm sentimento e que podem, possivelmente, ser felizes sem comer trolls. É linda a amizade que
se forma entre Poppy, Tronco (e os demais trolls) com Bridget, como eles a
ajudam a se passar pela Lady Glitter Sparkles (e ela ficou LINDA DEMAIS com
aquele cabelo todo colorido, e teve até uma coisa meio Cinderela com aqueles patins!), e então ela não pode deixar mais
que os Bergens comam os seus novos amiguinhos trolls. Enquanto isso, os trolls
estão presos dentro de uma panela, e quando a Princesa Poppy perde toda sua cor
também (assim como Tronco perdeu depois de “Total
Eclipse of the Heart” e a morte de sua avó), todos os trolls a perdem… e quem as recupera? Tronco, cantando “True Colors” em uma das cenas mais
bonitas e emocionantes do filme! É tão bom ver as cores voltando, piscando nos
relógios (que avisam que é Hora do Abraço), depois tomando conta de Poppy e,
por fim, do próprio Tronco…
Depois, de todo mundo. É lindo demais!
Porque a
felicidade está dentro de cada um de nós.
E, graças a Bridget, eles conseguem escapar. Eu
acho que o filme tem uma mensagem muito bonita como pano de fundo, em relação
ao amor e a amizade – e a felicidade. Porque primeiro a Princesa Poppy decide
que eles não podem abandonar a Bridget e que ela também pode ser feliz, TODOS
ELES PODEM. Então eles voltam para ensinar aos Bergens que eles não precisam
comer trolls para serem felizes, porque a
felicidade está dentro deles, embora às vezes eles precisem de alguém para
ajudá-los a encontrá-la. E esse alguém é a Princesa Poppy. É bacana
perceber o paralelo da fantasia se quebrando, porque os Bergens acreditam
piamente que a única coisa que pode trazer a felicidade a eles é comer trolls,
porque foi isso que sempre lhes disseram. Quanta
coisa queremos e fazemos para nos sentir “felizes” porque nos dizem que é o que
precisa ser feito? Mas a felicidade é muito pessoal e única! Por isso, eu
acho que é uma mensagem lindíssima e o que a Princesa Poppy conseguiu fazer foi
infinitamente melhor do que o que o pai tinha feito, 20 anos antes.
Quer dizer, ela MUDOU o mundo dos Trolls e dos
Bergens!
E agora todo mundo é feliz!
P.S.: A Poppy é uma
GRACINHA. Que trollzinha mais linda. E aquele cabelinho rosa para cima,
amarradinho com um laço, coisinha mais fofa! Fora quando ela usa aquele cabelo
dos mais variados jeitos, claro.
P.P.S.: Adorei o Tronco,
mesmo em sua fase mal-humorada e tudo! Cantando “Total Eclipse of the
Heart” então? Um amor! Mas quando ele ganha suas cores e sorri, e
faz piada… gente, eu fiquei tão feliz por ele, muito muito muito fofo!
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