Chico Bento Moço, Edição #1 – Um Novo Começo
“Hora de
botar o pé na estrada, pensar na vida, no futuro”
É muito EMOCIONANTE ler as histórias lindas do Chico Bento Moço. A revista chega cinco
anos depois de Turma da Mônica Jovem,
o que consequentemente a coloca na dianteira, devido à experiência da equipe de
Maurício de Souza. Os desenhos estão incrivelmente LINDOS e eles já estão mais
acostumados com o que estão propondo – e Chico Bento e sua turma está mais
velha do que a Turma da Mônica Jovem
no começo, entre os 17 e 19 anos (o Chico tem 18!). É um outro universo e, como
o título sugere, esse é “Um Novo Começo”,
cheio de emoção, bons personagens, bonitas memórias e mensagens. Acho que o
Chico Bento é muito mais guiado pela emoção que a Turma da Mônica, e isso nos
comove. Eu terminei a primeira edição, que eu já conhecia e sobre a qual até
comentei no blog, lá em 2013, com lágrimas nos olhos.
Ah, aquele poema para a Rosinha!
Na edição lançada em Agosto de 2013, o Chico Bento
é um rapaz de 18 anos, muito, muito bonito. E sabe? COMO É BOM LER O CHICO!
Vê-lo na roça, no sítio, com os pais que falam caipirês, e ele mesmo alternando
entre uma variedade e outra, falando o “caipirês” quando conversa com os
animaizinhos, por exemplo, porque ele ainda é o Chico de sempre, o Chico que
amamos, mas agora também é um Chico crescido, de 18 anos, e que está
particularmente GATO e empenhado em buscar um bom futuro, em estudar o que
gosta. E o que gosta tem a ver com a terra, claro: Engenharia Agrônoma. É assim que encontramos o Chico ao começar a
ler Chico Bento Moço #1. No dia
anterior à ida para Nova Esperança, a cidade grande, para a grande prova que
decidirá seu futuro… 5 anos de muita luta, mas que compensarão.
“Um pequeno
passo para o menino de Vila Abobrinha… mas um salto gigantesco para a minha
maturidade!”, ele diz. E é isso mesmo. Eu gosto demais de ler o Chico Bento
porque ele tem uma inocência e uma pureza desconhecidas. Ele tem uma paixão
pela terra, pelo sítio, por seus amigos, tudo intenso demais, e isso fica claro
já na tocante primeira edição. Fora que há algumas “revelações” como o estado
do corpo do Chico, quando ele e Zé Lelé correm para o ribeirão fugindo de
abelhas e o primo diz: “Mior tirá essa
camisa o vai pegá gripe!” Wow! Agradecemos, Zé Lelé, AGRADECEMOS MUITO! O
Chico, como o Maurício de Souza o chama no “Dedo de Prosa”, virou um CAIPIRA
BONITÃO. O corpo está maravilhoso. Mas tudo nele é encantador. Seu cabelo
esvoaçando. Seu sorriso, meio dentucinho, seu narizinho pequeno. O Chico é o
menino MAIS BONITO de toda a coleção jovem, do Chico Bento e da Turma da
Mônica.
Mas como eu sempre digo, seu INTERIOR também é
lindo demais. Vemos Rosinha pela primeira vez quando ela vem buscar o Chico
para ver o resultado do vestibular (e o encontra estonteante sem camisa e
molhado), e ele a acompanha enquanto Zé Lelé, que não vai sair da roça, fica
para trás, feliz e triste ao mesmo tempo, porque seu primo e melhor amigo está
pronto para “voar”. E antes que Rosinha e Chico possam, com Hiro e Zé da Roça,
ver os seus resultados, eles ainda têm uma rápida cena com o riquinho e esnobe
Genesinho, que chega de carrão pronto para humilhar todo mundo, mas o Chico, DE
TORCIDA, não deixa que nada disso aconteça, porque ele faz um belíssimo
discurso sobre como sabe de onde veio e tem orgulho disso, e ama aquele lugar.
Isso está na sua própria maneira de falar, que não menospreza o “caipirês”
totalmente.
E nos faz amá-lo ainda mais.
Quando os quatro entram na escola para falar com a
“Dona Marocas”, agora diretora, eles entram em desenhos de criancinhas nas
roupas de agora, E É TÃO FOFO. Todo o cerne da revista está concentrado na
EMOÇÃO. Quando ela dá os resultados, emocionada e orgulhosa, e alguns choram,
todos se abraçam, se despedem, e o Chico deixa uma última maçã para a sua adorada
professora… é tão lindo. Então vemos
as coisas se delinearem. Chico está se preparando para ir para a cidade no dia
seguinte, e recebe um telefonema do “primo da cidade”, o Zé Carlos, com quem
vai morar em uma república que dividirão com um tal de Jurandir, já que ambos
vão para a mesma faculdade. E os quatro amigos, Zé, Hiro, Chico e Rosinha, têm
um último momento juntos em que afirmam: “Tudo
bem se mudarmos de cidade, ou que mudemos a nossa rotina… mas nunca vamos mudar
o que somos por dentro”.
E isso é TÃO LINDO.
A primeira edição do Chico Bento Moço chega ao fim BEM DEPRESSA, com um maravilhoso
poema que me fez chorar. Chico Bento está se despedindo de todo modo. Da mãe.
Do pai. E de quem mais ele encontrar pelo caminho, como a sua avó e o próprio saci,
pelo jeito. E no meio do caminho, ele se senta para escrever um poema par a
Rosinha na caneta que pertenceu ao avô e que acabou de ganhar – um poema
LINDÍSSIMO que ele entrega para ela na rodoviária, antes de dar-lhe um beijo,
entrar no ônibus e então gritar que agora
ela pode ler. E é um poema lindo, em paralelo com reações apaixonadas dela
e cenas dele vendo a cidade ficando para trás, começando uma nova vida, um novo começo. O Chico, adorável, É UM
AMOR. Apaixonante e apaixonado, o Chico Bento é um romântico incurável, então
tem como não amá-lo?
Muito fofo, nos faz querer ler mais e muito MAIS.
“Hora de
botar o pé na estrada, pensar na vida, no futuro…
não é fácil
ver a namorada virando um ponto escuro…
meu coração
fica aqui, onde te conheci criança…
e nunca me
esquecerei de você, mesmo longe, em Nova Esperança!
Esperança
de uma nova vida, realizar o que foi sonhado…
E, na hora
devida… viver feliz ao seu lado!
E não
esqueça… aconteça o que acontecer, estarei com você em pensamento…
Pois, sou o
que sou… seu amigo, seu amor…
Chico Bento”
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