Legion 1x02 – Chapter 2
“What if I could show you... help you rewrite the
story of your life?”
Seguindo a estética apaixonante do primeiro
episódio, eu acredito que a nova entrada de Legion
conseguiu trazer um pouco mais de clareza no desenvolvimento dos fatos, embora
brinque loucamente com uma instabilidade temporal que eu, particularmente,
considero impressionante. Eu acho que brincar com o espectador e exigir que ele
coloque os eventos em ordem faz parte do estilo da série, e instiga-nos a
acompanhar e PENSAR. Também tem tudo a ver com o tema trabalhado – esse episódio trouxe um MEMORY WORK.
Mexer com memória é algo perturbador, confuso, e a série foi genial ao
conseguir reproduzir isso. Nosso cérebro funciona de formas quase
inimagináveis, e o fluxo de pensamento e memória se intercala e se sobrepõe
continuamente, por isso a série precisa ter a preocupação em “jogar” as coisas
para lá e para cá. E faz isso MUITO BEM.
Começamos o episódio em Summerland, depois que
Melanie Bird salvou David Haller da Divisão 3, e a proposta, a princípio, é de
que ela vai ensiná-lo a lidar com seus poderes. Seus poderes que desde muito
jovem foram tratados como doença, mas que agora ele pode aprender que não eram.
Gostei daquele primeiro momento, quando ela explicou sobre as vozes, pediu que
ele se concentrasse na única voz que estava chamando seu nome, abaixasse as
outras como se estivesse mexendo em um botão de volume – e a série tornou isso
visual da melhor maneira possível com, literalmente, um botão de volume gigante
com o qual David pudesse lidar. Essa materialização dos poderes são
fascinantes. Assim, foi extremamente bacana acompanhar aquela explicação
inicial, embora eu ainda, claro, tenha meu pé um pouco atrás.
“David,
your whole life, people have told you you were sick. What if I told you that's a lie?
What if I told you every memory you have of mental illness... the voices,
hallucination... was just your power? And what if I could do more than just tell
you? What if I could show you... Help you rewrite the story of your life?”
A ideia é bacana, mas minha impressão final (e
ainda tem aquela dúvida do David sobre se eles tinham tempo, afinal a Divisão 3
estava atrás dele, e a Sra. Bird disse que eles “fariam” tempo) é de que tudo
está acontecendo só na mente dele… ou,
ainda, em outro tempo. Pode parecer um tiro no escuro? Talvez. Mas vocês
perceberam como eles colocaram, sutilmente, um aviso sobre “viagem temporal” no
meio do episódio? Eu não acho que isso tenha sido puramente ao acaso… de todo
modo, começamos o “trabalho com a memória” no intuito de completar algumas
lacunas na história de David e, consequentemente, conhecê-lo melhor. De onde
vem o poder. O que o libertou. Num estilo meio de Penseira, começamos a
visitar, então, as memórias de David Haller, desde a sua infância com Amy até
momentos mais recentes.
“Are we inside my head?”
“Pretend
we're in a museum... the museum of you. It's your place. You're the boss. Where
do you want to go? What do you want to see?”
Uma das memórias mais macabras remontam a um tempo
antigo, um livro sombrio que o pai de David (o Professor Xavier?) lia para ele –
e então a impressão é de que ALGO DEU
ERRADO, mas nós não temos certeza. Andamos por memórias de Philly, uma
ex-namorada cuja briga levou à explosão fenomenal daquela cozinha, e memórias
com Lenny e aquele fogão… o trabalho do “Memory Artist” é bastante empolgante,
embora um pouco perturbador. Afinal de contas, ele se lembra de TUDO.
Absolutamente tudo, e isso não pode ser lá muito saudável. De todo modo, ele
conta a David que Syd acredita que ele seja a chave para vencer a guerra, e
outras coisas… falando em Syd, gostei muito da cena dela com David, contando
sobre como se sentiu quando foi ele. O barulho intenso. As luzes. E então ela
foi levada por Melanie Bird porque acreditaram que fosse David.
Gostei bastante, também, da sequência toda da
ressonância. As cenas vão e voltam desse ponto, mas temos coisas muito
importantes. Como o Carry e a Kerry, e eu ainda quero entender isso de fato. E
ele pede que David pense em alguém que ama: AMY, sua irmã. É assim que temos
memórias dela, como quando ela achava que ia ser pedida em casamento, mas MAIS
do que isso. Porque ele VÊ e OUVE Amy, agora. Quando ela vai ao hospital em
busca dele, e eles negam qualquer registro de David Haller, dizem que ele nunca
esteve ali, embora ela o tenha visitado durante anos! Por fim, ela acaba sendo
levada e internada no lugar, também… WOW! O cérebro de David se ilumina todo
quando isso acontece, e ele faz umas coisas LOUCAS, como conseguir transportar
a máquina de ressonância lá para o meio do jardim…
A Divisão 3 pegou Amy!
Naturalmente, ainda temos MUITO a entender. Eu me
pergunto sobre a importância das cenas com Lenny envolvendo droga, por exemplo,
e o que significa o “monstro” que ele viu no lugar dela… mesmo monstro que ele viu na máquina de ressonância. Gosto de como
a série faz esses momentos, adorei como eles caminharam entre as memórias,
explorando, tentando entender… gostei de como a memória pode ter um lapso de
tempo, de como pode conter flashes,
como o da cozinha explodindo, ou então quando ele, apresentando imensa força,
consegue levar todos de volta para a sua infância. Tudo é bem louco, um tanto
confuso, mas empolgante. Você quer desvendar, organizar… aquela terapia toda também ainda me intriga. Aquele gravador era
sinistro, um pouco suspeito. “This is a safe place, David,
nothin can hurt you here”.
“And what did the stars say?”
AS ESTRELAS!
Sinceramente? Eu estou confuso, admito. Mas a
série tem uma maneira envolvente de contar a história. ADORO a direção, a
organização das cenas, os efeitos… e acho que o potencial é gigantesco. Adoro o
tom de mistério. Temos coisas como aquele “monstro” que o David viu duas vezes
no episódio para ser explicado. Syd, pela primeira vez, me pareceu bem
estranha, eu duvidei um pouco dela quando ela insistiu com o “Do the work” para depois eles
encontrarem Amy quando David lhe contou sobre sua irmã no elevador. E, também,
agora temos Amy Haller feita prisioneira, e eu acho que isso pode significar
que vamos explorar um pouco mais da Divisão 3 no próximo episódio, ou nos
próximos episódios. A série cresce, e eu estou amando cada vez mais. Que venham
os próximos episódios. Mais respostas e mais mistérios!
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