Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions of a Shopaholic, 2009)


“If the American economy can be billions in debt and still survive, so can you”
Ai que coisa mais FOFA! Eu ainda não li os livros de Sophie Kinsella, mas a série está na minha proposta de leitura até o fim do ano – então aguardem comentários dos livros! Mas o filme é DELICIOSO. Colocando na medida certa o humor e o romantismo, o filme é apaixonante de uma forma quase inesperada. Porque ele é ainda melhor do que você espera! Trazendo as loucuras de Rebecca Bloomwood, uma jornalista apaixonada por COMPRAS (até um pouco mais que “apaixonada”), o filme nos guia por uma história terna e divertida… apesar de sua compulsão por compras, quando a revista na qual trabalha fale, ela é ironicamente contratada por uma revista sobre finanças, onde passa a escrever conselhos sobre dívidas para pessoas sob o “pseudônimo” de A Garota da Echarpe Verde… ah sim, enquanto é perseguida por cobradores loucos e desalmados.
Como o Derek Smeathe.
O filme começa com uma introdução já fenomenal… ela fala sobre aquele momento em filmes no qual você vê um completo desconhecido, ele sorri para você e parece que seu coração se derrete todo: é exatamente assim que ela se sente comprando. Sua compulsão por compras não poderia ser melhor apresentada do que com a tentação das vitrines chamando-a, mostrando o que existe, manequins conversando com ela sobre a necessidade daquela echarpe verde, por exemplo. E ela se deixa levar. Mais uma compra! E a primeira compra é MARAVILHOSA. 120 dólares em uma memorável echarpe verde, que ela paga com uma mistura de dinheiro e uma variedade de cartões, mas como ainda falta algum dinheirinho e peças da liquidação não podem ser reservadas… ela sai em uma corrida desenfreada pela cidade em busca de dinheiro.
Ah aquela cena da carrocinha de cachorro-quente! <3
E o Luke Brandon, LINDO, dando os 20 dólares antes mesmo que o conheçamos.
Porque nós o conhecemos. Ele ajudou a comprar aquela echarpe da qual Becky “precisava”, para “uma tia que estava quase morrendo”. Wow. E logo em seguida ela aparece para uma entrevista em uma revista de economia (sua revista almejada, de moda, ainda é inalcançável) e quem é o editor? Sim, como um irônico e certeiro gole do destino: o apaixonante LUKE BRANDON. [Eu me apaixono quase que instantaneamente por ele, com aquele rostinho fofo, aquela postura e o sotaque MARAVILHOSO] E mesmo que ela tente esconder a echarpe verde quando o vê, ela não consegue… naturalmente, ela é dispensada. Depois de uma sequência de cenas com Suze, sua melhor amiga, e aquelas hilárias listas de desculpas dadas a cada um dos cobradores que telefonam, ela escreve duas cartas: uma a Alette; e outra desaforada a Luke Brandon.
Mas claro que as cartas se invertem.
Luke Brandon telefona para ela, oferecendo um emprego, ou um estágio, porque gostou demais do que ela escreveu e das analogias que fez… então ela se dá conta que a carta desaforada e o emprego que ela pode enfiar em lugares indevidos foi para a pessoa errada. Um dos MELHORES momentos do filme é a Becky naquela arara de roupas tentando resgatar a carta antes que chegue às mãos da Alette! Ela consegue. Assim como consegue um novo emprego na Revista de Economia – escreve um texto sobre juros de cartão fazendo uma analogia com botas de cashmere, depois de uma cena HILÁRIA em uma louca liquidação, e seus textos começam a circular como um verdadeiro SUCESSO. A Garota da Echarpe Verde eleva a revista, torna a fama internacional… faz um nome. Em meio a isso, uma grande quantidade de cenas DIVERTIDÍSSIMAS.
Como o momento dela no Grupo de Apoio, incentivando todos a comprar. Ou o cartão congelado. Ou como ela conhece a Alette. Ou o cara que falava finlandês e que ela não entendeu, mas escapou com um tapa. Foi ÓTIMO. Toda a cena em Miami, por sinal, foi linda – embora tenha sido decepcionante ver o Luke ir ao baile com outra mulher. De todo modo, com aquele sotaque lindíssimo e envolvente, Luke faz com que nos apaixonemos mais por ele a cada instante… como aquela delícia de cena na qual ele leva ela para dançar (e ela dançando com o leque é uma das coisas mais bizarras e mais engraçadas do filme todo!), e ali é onde mais vemos Luke Brandon SORRIR, e seu sorriso lindo e apaixonante é tão leve, tão verdadeiro… você deseja ver mais daquilo, e você sabe que a causa daquele sorriso é Becky Bloom.
A Garota da Echarpe Verde.
O grande toque especial está no momento em que ela é confundida com uma garçonete, e em meio a um desastre desesperador, Luke assume também a posição de garçom para ajudá-la, e é TÃO LINDO! Por fim, com os dois no terraço, ela comenta sobre a outra mulher e ele responde: “She’s not my girlfriend. She’s not you”. MORRI! Sim, que COISA MAIS LINDA. Um dos melhores BEIJOS de filmes de comédia romântica… mas a leveza dela é ameaçada logo em seguida quando ela encontra Derek Smeath no elevador (você sabe, o Derek Smeath cobrador que ela tenta loucamente não atender, e que ela, descaradamente, diz na revista que é um ex-namorado perseguindo-a, se fazendo passar por cobrador, para que eles não passassem as ligações para ela), e quando a v*dia das pernas longas atende o telefone, você sabe que tudo está prestes a explodir.
E explode. NO PROGRAMA DE TV.
Começa bem divertido, mas é, no fundo, deprimente. Eu gosto de ver como Suze e seu noivo estão animados assistindo, ele com um balde de pipoca. Como os pais estão orgulhosos. E é lindo. Mas o Derek se levanta e a expõe na frente de TODO MUNDO, fala de suas dívidas (são mais de 9 mil com ele, mais de 16 mil no total), das infinitas mentiras contadas para se esquivar de pagá-las, e aquilo é HUMILHANTE para ela. E me parte mais ainda o coração ver a carinha do Luke, e a sua mais profunda decepção. Naturalmente ele está bravo, decepcionado, e então ele a confronta, triste: “What about honesty? What about credibility?” Logo depois ela também perde a amizade de Suze ao decepcioná-la, também, porque o seu vestido de dama de honra (ridículo, por sinal) está sendo usado por uma mendiga – e é triste porque Suze sempre esteve lá por ela, preocupada e envolvida.
E então ela a magoa, elas brigam, se afastam.
Chega então a hora de tentar resolver tudo. Luke Brandon ainda gosta DEMAIS de Becky Bloom para não defender a Garota da Echarpe Verde antes de deixar a revista para fazer seu nome. E Becky ganha uma proposta aparentemente irrecusável de Alette, que vai até a sua casa para oferecer-lhe um emprego (o que é o lance do bolo?), mas ela diz que sente que aceitar esse emprego lhe parece apenas mais um erro dentre tantos que já cometeu, então ela recusa a proposta – aquela que ela começou o filme desejando tanto, mas Becky agora não é a mesma Becky que começou o filme. É lindo ver como ela cresceu, como está tentando mudar e, ao fazê-lo, ela já mudou. Aprendeu e cresceu muito… a prova disso está em todo o plano que arma para resolver o seu problema, indo chamar a ajuda de todo o seu grupo para trabalhar!
A LIQUIDAÇÃO DA GAROTA DA ECHARPE VERDE.
Uma LOUCURA. Becky Bloom está disposta a vender todos os seus excessos para arrecadar dinheiro, e é como uma daquelas loucas liquidações de lojas, com abertura de portas e verdadeiro caos… e vendedores hilários. A Liquidação do Século. Luke Brandon descobre sobre o que está acontecendo com um panfleto, quando ainda pensa que ela vai aceitar o emprego com Alette… mas talvez liquidar todas suas coisas não fosse algo que alguém da Alette faria. O Leilão da Echarpe Verde é uma cena desesperadora. Fiquei apreensivo do começo ao fim, embora imaginasse um final para ele… ela não poderia ter coragem de vendê-lo, a não ser que fosse para UMA pessoa em específico. E a princípio ela realmente vende, para a mulher de blusa rosa – e passá-lo adiante não é NADA fácil. Partiu meu coração ver a Echarpe Verde partir.
Mas a liquidação é um sucesso… mais de 16 mil dólares!
E ELA PAGANDO O DEREK SMEATH?! AMEI <3 Acho que exatamente o que eu faria!
O final do filme é lindíssimo e fofo, e nos deixa desejando MAIS. Ela chega no casamento de última hora, com o seu vestido rosa/colorido de dama de honra, e o abraço dela e Suze… own. Mas o final? MELHOR AINDA! Ela resiste à tentação e ao chamado das lojas e desfila por entre aplausos dos manequins na vitrine… e então Luke Brandon, lindo e adorável como sempre, aparece! A conversa final dos dois, como ele diz que não achou que ela fosse fazer aquilo, e então tira a Echarpe Verde do bolso para devolvê-la… afinal de contas, os dois lances concorrentes por ela, no leilão, ERAM DELE. Sério: tem como não amar um homem desse? Luke Brandon é um FOFO, e o beijo final dos dois é absolutamente lindo. Eu sou um APAIXONADO que adora esse tipo de filme, fiquei absolutamente encantado. Leve, divertido e fofo, o filme entra para minha galeria de filmes FAVORITOS na história! <3

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