REBELDE – Primeira Temporada (Parte 1)


Os primeiros anônimos.
Essa divisão está baseada nos DVDs da novela que foram lançados em 2005. A Parte 1 equivale ao Disco 1, Lado A. Como é gostoso estar de volta assistindo a Rebelde! Engraçado como algumas coisas fizeram parte de nossa vida e, independente de quando você assistir de novo, sempre vai parecer que você está de volta àquela época? Assisti à novela com um sorrisão, me lembrando lentamente e me surpreendendo de novo com a maioria das coisas – também é estranho o quanto lhe foge da memória. O começo da novela, que nos apresenta o Clube de Férias antes do 4º Ano começar de fato e as primeiras interações loucas desse elenco. É bacana você assistir ao começo de tudo enquanto tenta localizar os personagens dos quais você se lembra, futuramente. E é bastante difícil, inicialmente, acredite. Embora com uma pequena introdução a casais como Miguel e Mia / Roberta e Diego, nós temos um primeiro desenvolvimento que focaliza os personagens independentes de seus pares românticos… e você já começa a se perguntar quando é que a música vai entrar nisso tudo, porque você está louco para ver a RBD se formando, já que é uma sequência maravilhosa de acontecimentos.
O único que fala, de fato, da música é o Diego.
Mas Roberta e Mia já fazem parte dos grupos de dança da escola…
Ao som da maravilhosa clássica abertura, “REBELDE”, a novela parte do primeiro capítulo (cuja review você pode ler aqui), para nos apresentar um desenvolvimento para os personagens. Miguel Arango deixa sua cidade de Monte Rey para voltar ao segundo grau, mais velho que os demais, e se vingar do Sr. Colucci, o responsável pela morte de seu pai – “Vou atingi-lo onde mais dói ele. Ele tem uma filha!” Mas na primeira vez em que Mia e Miguel se veem, as faíscas já voam INTENSAMENTE ao som de Uma Canción (que eu adoro!), em uma cena que é extremamente mexicana… é quase cômica. Eles se olham, eles viram o pescoço, Mia joga o cabelo em câmera lenta, quase dá para ouvir a respiração ofegante do futuro casal. E não importa que seja excessivamente dramático… eu amo. Mas você tem dificuldades para ver o casal possível de se formar quando as coisas ficam violentas e perigosas no Clube de Férias. Quer dizer, o Miguel acaba entrando em uma relação com Celina e é incrivelmente bruto com Mia de uma forma quase criminosa quando a humilha sob o disfarce de apenas estar defendendo a Celina…
Ah, e por que a Celina precisa de proteção? Primeiro porque ela é extremamente frágil e carente, mas nesse ponto ela tem um motivo: os jornais que começam a circular, tanto no Clube de Férias quanto no Elite Way School, mais tarde. Bem ao estilo Gossip Girl! Têm coisas horríveis ditas sobre os alunos desde a primeira edição. E isso só vai se intensificando a cada mensagem que surge. Na segunda, aparecem fofocas descaradas, mas de fatos reais. Como o fato de Mia ter beijado o Diego (o que vai criar uma encrenca com a Vicky, que também não vale nada, ainda que tenha um motivo para o “beijo” – me faz lembrar lá das cenas iniciais, do veneno todo da Vicky dizendo para o Diego que a Mia é só uma “menininha”, ainda virgem, e a Roberta de intrometida sendo a Roberta que adoramos!) ou ainda a informação de que a Celina gosta do Miguel… e o Miguel não deixa a Celina sair humilhada disso, e por isso começa a namorar com ela. Não que isso não vá, mais tarde, quando ele se sente sufocado, fazê-la sofrer mais porque parece que ele só iludiu ela e, na verdade, nem gostava dela. Estava com ela por pena.
Enfim, são cenas controversas.
Você tem que ver e tirar suas próprias conclusões…
Mas vamos voltar um pouquinho. O ódio que o Miguel sente pelos Colucci é quase justificável (não sua atitude violenta com a Mia que me assustou), e quando ele esbarra coincidentemente com Franco Colucci, o pai de Mia, aquela cena me enche de agonia. Você fica na expectativa do que vai acontecer, de como vai acabar… ele parece tão educado no começo, mas ele consegue contornar bem a situação, mas a tensão… a impressão era de que Miguel mataria o Sr. Colucci a qualquer minuto. Sabíamos que não, mas é o que parece, ainda hoje. A determinação de acabar com ele e a “arrogantezinha da filha dele” não sai da cabeça de Miguel. O mais legal é que a Lupita, conversando com ele, quase se dá conta de que tem alguma coisa errada: “Miguel, Miguel, me diz: você já conhecia a Mia antes?” E sobre a paixão, pelo menos por parte da Mia, surge em parte por ele estar namorando a Celina. Não exatamente porque ela seja uma fura-olho nem nada, mas por causa das coisas que ela diz, do tipo “Ele é um homem maduro, gentil, bonito”, que leva a Mia até a sonhar com o Miguel ao som de Sólo Quédate en Silencio.
Uma cena muito boa!
Diego Bustamante é o único que, nesse início de temporada, apresenta algum interesse pela música, pelo menos na versão resumida. Quando ele está no quarto de Vicky (você sabe, aquelas deliciosas cenas cheias de audácia e hormônios adolescentes) ela lhe fala sobre como sua música é boa e ele devia ser músico, mas ele diz que é só um passatempo para ele. Claro, porque para o pai dele não pode ser mais do que isso. Diego não é um garoto exemplar nem nada, mas ele sofre DEMAIS com o pai dele, e isso é fato. E ele deixa claro, sempre, que não quer o Diego envolvido com esse negócio de música. Primeiro o Diego está lá, fazendo serviço comunitário por causa do acidente do primeiro capítulo, e não podia ser mais merecido, mas ele estraga tudo deixando o pobre do Marcelino sem casa logo em seguida. Uma das cenas mais revoltantes de Diego nessa primeira parte é quando uma nova carta anônima é divulgada e nela está a informação de que Vicky está traindo ele com o Tomás. É uma informação revoltante, de fato, mas não parece que o Diego, por vontade própria, estava disposto a realmente fazer alguma coisa… a mágoa existe, evidentemente, Tomás era seu melhor amigo, mas o pai dele não deixa ficar só nisso…
QUE TIPO DE PAI É ESSE?!
Na verdade, é culpa do Sr. Bustamante que o Diego seja como é, claro. A maneira como ele fala com o filho, como o rebaixa, o chama de ovelha negra da família, diz que sente vergonha dele, que não parece um Bustamante. “Se você não limpar o nosso nome, não vai mais entrar nessa casa”. Então o pai dele exige que ele dê uma verdadeira surra em Tomás, é um horror. Uma cena traumatizante em que o Diego espanca o “amigo” e, verdade, ele fica tão perto de matá-lo que é assustador e cruel. No fim dessa parte, as coisas esquentam entre pai e filho. Roberta divulga na rádio um áudio do Diego cantando (Uma Canción), e o pai acha aquilo uma vergonha além da conta. E reage. Vai até a escola e dá um tapa na cara do filho na frente de todo mundo, o que não poderia ser mais humilhante. E como Roberta se sente a injusta, vai defendê-lo com a ajuda de Tomás (sim, acontece rápido), e Diego tem uma cena posterior forte na qual diz que não vai perdoar o pai por isso, engole o choro, se embebeda mais uma vez e vai enfrentar o pai, dando ele mesmo um tapa na cara do Sr. Bustamante. E por mais que eu deva achar errado moralmente…
…aquela cena me satisfez!
Mas é claro que o Diego precisou fugir por causa disso!
Enfim, vamos falar de Roberta Pardo. Por que nós amamos tanto a Roberta? Por que ela é uma louca desvairada? Quer dizer, ela começa a temporada colocando fogos de artifício no ônibus que leva os alunos para o Clube de Férias e causando a maior confusão! Mas eu adoro. E já era uma maneira de provocar o Diego, por causa das intrigas deles desde o início, por causa da Vicky e tudo o mais… “Está bem. Da próxima vez que eu fizer eu boto na cueca dele!” Acho que é a maneira deles de demonstrar afeto um pelo outro desde o começo. Esse é o relacionamento de Roberta e Diego. Quer dizer, o Diego quer incriminar a Roberta pelas cartas anônimas quando eles começam a investigar, por exemplo… whatever. O Diego também derruba a Roberta de um barco maldosamente, mesmo que ela não saiba nadar (embora a Lupita tenha mesmo mandado a Roberta ficar sentada!), mas o Miguel banca o super-herói no momento e tal… não tinha parado para fazer essa conexão até escrever essas palavras, mas talvez tenha sido esse um dos motivos pelos quais a Roberta está tão determinada a ajudar o Miguel em certo ponto?
Quer dizer, não sei, talvez a Roberta só seja uma pessoa boa no fundo. E eu acho que ela é. Ela é cruel com a Celina o tempo todo, mas tem uma certa proteção em relação a ela quando Mia não a quer no grupo de dança, por exemplo. E quando a Seita é mencionada pela primeira vez na novela, aquela que odeia e quer expulsar os bolsistas, é apresentada revirando as coisas do Miguel, deixando apenas um cartão preto com uma mão. E Roberta resolve ajudar o Miguel a comprar materiais novos, o que é bastante fofo. E apesar de toda louca e rebelde, ela tem um bom coração. E organiza uma fuga coletiva e uma festa em uma balada, estilo anos 1960 ou 1970. E é um MÁXIMO. Até o Diego Bustamante dá uma forcinha convencendo as pessoas a comparecerem, mas parece que é tudo um plano dele… enfim, no fundo ele só queria encurralar a Roberta para poder dizer que sabe que ela gosta dele e dizer que também gosta dela. E isso a paralisa por alguns segundos, segundos suficientes para que ele a beije pela primeira vez.
Conturbado e tudo o mais, ela finge não gostar.
Mas é o primeiro beijo do casal.
E já que estamos falando de primeiros beijos, cadê o de Miguel e Mia. Aqui está! Também é muito controverso e conturbado e tudo o mais, talvez até mais que o de Diego e Roberta. Quer dizer, Mia Colucci está revoltadíssima porque Miguel fica se pagando de santinho para o pai dela e se aproxima de Celina para arrancar informações, e então eles discutem aos berros no quarto dele (depois de ele estar chorando por causa do pai), e no meio de tanto e tanto grito, ele agarra ela e a beija. É desconcertante, certamente. O primeiro beijo do casal, que tem a conexão, tem a faísca e, vamos ser claros, tem o tesão, mas ainda não tem o amor. Mas eles se sentem atraídos um pelo outro e não podem negar isso. Diz ele que a beijou porque era a única ideia que ele teve para fazê-la calar a boca por um tempo. Ela diz entender isso e tudo o mais, mas subitamente não tem mais forças para falar muita coisa. Sai do quarto confusa. E eu não sei classificar direito o beijo. Mas ouvir Ensiñame é sempre muito bom!
Não é?
À história de Mia Colucci se somam algumas rivalidades, como a rivalidade com a Roberta, que é a MAIS divertida, claro. A Roberta, maldosa, até publica uma notícia de que Franco Colucci estaria assediando sua mãe, Alma Rey. É a cara dela! Mas em uma espécie de vai-e-vém, você percebe que os laços vão se formando e uma improvável amizade começa a nascer? Roberta se responsabiliza pela fuga e pela festa, por exemplo, mas Miguel chega clamando culpa e castigo também, e mais outros personagens e, por fim, até a Mia! “Se estão pensando em me salvar, esqueçam, porque também estou envolvida nisso tudo”. A reação dela ao ver o pai é a melhor! Mas, por isso, a Roberta até agradece, do jeito dela: “Eu queria agradecer por você ter se apresentado ao diretor. Tarde, não é, mas se apresentou”. Não que isso realmente signifique alguma coisa, porque elas continuam se provocando e brigando, mas convenhamos, é por isso que amamos as duas. E um último adendo sobre Mia: ela não é fofa tentando impedir que o Diego leia a notícia de que Vicky está traindo ele com o Tomás?
Quer dizer, tá tentando proteger ele!
É questionável, mas é mais ou menos fofo sim.
Pausa para comentar: OS GRUPOS DE DANÇA SÃO MARAVILHOSOS. Bem, são bastante cheios de drama. A principal competição é entre Roberta e Mia, mas temos alguns agravantes sérios. Primeiro Celina pede para entrar no grupo de dança de Mia, e embora queira, ela não sabe como dizer não. Vicky é muito mais cruel. Tudo bem que a Celina está o tempo todo chorando, ao que parece, mas ainda assim é bastante triste vê-la tão desapontada. Mia tinha, sim, sentimentos, ela queria um jeito de salvar o grupo e não magoar a Celina, mas não deu certo… enfim. Já no grupo de dança da Roberta, QUE COREOGRAFIA LOUCA ERA AQUELA? Literalmente. Eu achei super criativo e diferente, bem a cara da Roberta mesmo. Aquelas roupas de hospital psiquiátrico, as cadeiras de rodas – na verdade foi divertido. E por fim foi muito bom mesmo. Roberta ganhou pela originalidade e pelo humor. Faz sentido. E, já que estamos em Roberta, a maneira como ela cuida de Marcelino com tanto carinho é muito bonita, dá tristeza quando eles se separam.
Então entendo que ele tenha se vingado do Diego.
Mesmo que no fim não fosse culpa do Diego. Ela só assumiu que ele tivesse dedurado ela porque ele sabia do segredo e tudo o mais. As conclusões equívocas a que chegamos sozinhos, isso é tão humano. Por isso, talvez, a Roberta tenha aceitado outro beijo (dessa vez a iniciativa foi dela) enquanto o Diego fugia da escola por causa de toda a confusão da troca de tapas com o pai e tudo o mais. Primeiro ela tenta colocar na cabeça dele que isso não faz sentido, que fugir vai ser pior, mas depois, quando a polícia passa por eles, ela decide que beijá-lo é a melhor maneira de despistá-los. Ou talvez só decida que beijá-lo é a melhor maneira de beijar o Diego, ora pois. Embora ainda seja preciso se resolver algumas coisas para que os casais se desenrolem… quer dizer, Joaquim Mascarô, o novo aluno sensual da escola que acha que tem o direito de ficar com mais de uma menina ao mesmo tempo… e sendo elas a Roberta e a Mia? Ah, ele definitivamente não sabe no que está se metendo. Não sabe mesmo.
Volto em breve com a Parte 2!

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