Resident Evil 5: Retribuição (2012)
É oficial, eu tenho definitivamente UM FAVORITO.
Eu juro que eu temi… meus favoritos, até o momento, eram o primeiro e o segundo
Resident Evil, e eu sei que, no
geral, as notas caíram com o avançar dos filmes: mas eu estou deliciosamente
SURPREENDIDO. Que filme sensacional! No quarto filme, eu comentei que senti
falta da Umbrella, e o quinto filme foi SOBRE a Umbrella Corporation! O filme
cria suspense, trabalhando com a dose certa de mistério e NOSTALGIA, ao mesmo
tempo em que brilhantemente oferece respostas e tramas explicativas geniais –
como sobre a Umbrella Corporation e a comercialização do T-Vírus… WOW! Foi para
deixar qualquer um sem fôlego. Amei a
complexidade do roteiro bem amarrado, juntando coisas distantes de forma
pertinentes. Funciona muito bem para um filme lançado 10 ANOS depois do
primeiro!
Começamos em uma já eletrizante sequência em rebobinação. Depois do fim de Recomeço, quando Alice, Chris e Claire
acharam que tudo tinha chegado ao fim e eles poderiam recomeçar, a Umbrella
Corporation ataca e vemos o ataque em retrocesso. Logo em seguida temos a
icônica e já aguardada narração de Alice, que fala seu nome, seu trabalho para a
Umbrella Corporation, o acidente na Colmeia que liberou o T-Vírus, que matou
muita gente, mas infelizmente eles não
ficaram mortos. Dessa vez, também explica-se as pavorosas mutações futuras
e, claro, a devastação do mundo como um todo. É a genialidade do “Previously on…”, certamente, marca
registrada do filme, e eu adoro! Ansioso para ver a última delas no cinema.
Após a narração, voltamos para a cena do ataque, dessa vez normal, e é
incrivelmente RÁPIDO!
Tudo isso antes de Alice acordar em uma nova vida.
UMA DAS MINHAS SEQUÊNCIAS FAVORITAS DA FRANQUIA!
Na verdade, eu adoro o tema, e isso sempre foi
muito claro para mim. Eu gosto dessas coisas que podem ser ilusão, ou sabe-se
lá o quê. Alice está em uma casa de Raccoon City, com cabelo mais claro,
franja, casada com Carlos, uma filhinha chamada Becky… ali estabelece-se um dos
mais eletrizantes mistérios da franquia, porque
eu queria saber o que estava acontecendo. Mas estava amando de qualquer
maneira. Então vem um ataque zumbi. E nós adoramos
as sequências de ação de Resident Evil.
É eletrizante! Becky e Alice se escondem no sótão em um ataque que é
bem-sucedido em criar suspense e apreensão de uma maneira que há filmes eu não
via. Novamente reduziu-se o cenário, estamos de volta a Raccoon City, e quem
aparece para ajudá-las, em um carro? RAIN! Fiquei muito feliz em tê-la de
volta, mesmo que ela suma logo em um terrível acidente.
E então Carlos-Zumbi ataca Alice com tentáculos e
FIM.
Alice acorda em uma Instalação da Umbrella
Corporation. Uma sala branca, com o logo da Corporação, iluminada e vazia… Jill
Valentine, a nova versão de Jill Valentine (loira, cabelo comprido, má), lhe
questiona: “Project Alice… why did you
turn against Umbrella?” A trama se expande DENTRO da Umbrella Corporation e
foi isso que tanto me FASCINOU nesse filme em particular. Amo explorar mais uma
Instalação da Corporação, como quando Alice anda pelos corredores iluminados da
Umbrella, perseguida pelo laser quadriculado, e então sai por uma porta
supostamente para a Cidade de Tóquio, inicialmente vazia, mas com o “Stand by. Tokyo sequence initialized”,
ela explode em vida (e morte), quando revemos a sequência de abertura de Resident Evil: Recomeço, com a zumbi
perseguindo Alice até de volta para dentro dos corredores brancos da Umbrella.
E SÃO CENAS EMBASBACANTES!
Naturalmente entendemos que a “Cidade de Tóquio”
não era REAL, mas uma reprodução perfeita e assustadora de sua contraparte
empírica, mas temos pouco tempo para lidar com isso enquanto a ação desenfreada
acontece de volta aos corredores, infestados de zumbis. As respostas começam a
vir quando Alice chega à Central de Controle da Umbrella Corporation e encontra
vários funcionários MORTOS, em um lugar vazio, produtor de ecos e cheio de
armas… ADA WONG. Ada Wong e Albert Wesker conversam com Alice e insistem que
NÃO TRABALHAM MAIS PARA A UMBRELLA.
Então a missão de Alice se juntará à missão deles enquanto percebemos um
crescimento do roteiro que foi inteiramente construído nos moldes dos últimos
30 ou 40 minutos de cada filme anterior. É eletrizante e cheio de mistério DO
INÍCIO AO FIM!
Virei fã da Umbrella Corporation.
Ah, não me entendam mal. Eu sei que a Umbrella
Corporation é uma grande ***** ** ****, mas eu não posso deixar de apreciar a
sua inegável INTELIGÊNCIA e táticas perfeitas de guerra. Eles não prestam, mas sabem o que estão fazendo e sabem fazê-lo bem.
Mais forte do que uma arma nuclear, eles comercializam uma arma biológica: O
T-VÍRUS. E como? Eles recriam, naquela instalação, réplicas perfeitas de
grandes cidades do mundo, e então simulam uma epidemia de T-Vírus, e o vendem
para seus maiores inimigos. Ou seja. Recriam o centro de Nova York, simulam uma
epidemia, e vendem o vírus para os russos. Simulam uma epidemia em Moscou, e
vendem o vírus para os americanos. Uma epidemia em Tóquio, vendem para os
chineses. Uma epidemia na China e o vendem aos japoneses. É doentio, é macabro
e é perigoso.
MAS É VISIONÁRIO!
Não consigo lidar apenas de um ponto de vista
ético ou “humano” e condenar a Umbrella Corporation (como eu achei que
aconteceria no início dos filmes), e menosprezar a sua terrível capacidade
intelectual de um jogo complexo e GENIAL. Assim, talvez por essa cena
impressionante, o filme se torna o meu favorito. Mas não apenas, porque eu
gosto da ideia da Instalação da Umbrella Corporation no fundo do oceano, das
quatro cidades do mundo recriadas e prontas para rodar simulações do ataque de
T-Vírus… a fuga de Alice toma proporções gigantescas, e, de certo modo, a
personagem se reduz, porque ela não está lutando contra a Umbrella, dessa vez,
está apenas tentando escapar dela e da Red Queen, que tomou conta dos controles
e ameaça a todos de forma tão perigosa. Ela controla a Instalação, ela comanda
as simulações.
Ela causa as
tantas mortes.
“You’re all going to die down here”
Brilhante e macabro, a Red Queen dá novamente o
mesmo aviso que deu em O Hóspede Maldito.
Nostálgico, mas perturbador. Estamos novamente com o tempo contado, enquanto
Ada Wong e Alice tentam escapar com a ajuda de uma equipe de resgate (que conta
com Luther, por exemplo), vindo do lado de fora, passando pelas cidades e
simulações da Red Queen. “Initialize New
York sequence. Activate biohazard”. O desafio na reprodução da cidade de
Nova York é derrotar DOIS daquele gigante do banheiro contra o qual Claire lutou
no filme anterior, e embora eu tenha sentido a sua falta, nesse momento, a
Alice e a Ada foram igualmente f*das. Aquele lance todo de tiros no caminhão de
combustível, no tanque do táxi, até explodirem o monstro com uma precisão
calculada e surpreendente! Sequências eletrizantes.
A sequência de Moscou é inicializada contra a
equipe de resgate, e a cidade é atacada por monstros de forma angustiante,
enquanto Ada Wong e Alice chegam à réplica da cidade de Raccoon City, uma
simulação vivida por um de seus clones, aquele que acompanhamos no início do
filme – e é então que reencontramos Becky, e aquilo é desconcertante: “Mommy, I hid like you told me. What
happened to your clothes and your hair?” Becky abraça Alice acreditando ser
sua mãe, e não importa o que Ada diga sobre ela ter todos os seus sentimentos,
emoções e memórias implantados artificialmente no dia anterior… Alice não
consegue pensar que Becky NÃO seja uma pessoa de verdade! Como vilões em
Raccoon City, retornam Jill Valentine, Carlos, Rain… e a multiplicidade de versões de cada personagem é perturbadora.
Desconcertante,
novamente.
Tudo acontece depressa. Ada Wong fica para trás,
mas sobrevive. Alice foge com Becky e encontra uma nova Rain, fofa, perguntando
por que tudo está escrito em russo, não quer usar armas… “I met your sister. She’s not very nice”. Alice chega a “Moscou”
para salvar Luther e a equipe de resgate, em um carro que ela joga na estação
de metrô fugindo de um monstro gigantesco e assustador! E então o monstro
retorna, mata Rain (novamente) e leva Becky, ainda viva… e Alice não consegue
deixá-la: “She’s alive. I’m gonna save
her”. E ela a salva em uma cena que parece saída DIRETAMENTE do videogame.
Uma das cenas mais angustiantes foi a daquela “fábrica de pessoas”, com todos
idênticos, de preto, passando aos milhares e milhares por um sistema de
roldanas assustador. Eu só imagino o tamanho do desespero e da perturbação.
Mas eu adoro o estilo! <3
Quando eles conseguem destruir as Instalações da
Umbrella e sair para a superfície, eu juro que fiquei em dúvida se realmente
eles estavam na superfície. As
cidades reproduzidas são inundadas pela força do mar tomando conta, e eu não
consegui confiar na “escapada”, embora o filme chegue ao fim dando a entender
que eles DE FATO escaparam. Mas o lugar ainda era misterioso, suspeito, e já
tinha sido explicitado, mais cedo no filme, a capacidade da Umbrella de fazer nevar, se quisesse. Assim, bem
específico. Quer dizer, a Umbrella Corporation tem poder e inteligência… de
todo modo, na superfície, temos cenas
de ação interessantes, como Jill x Alice
e Rain x todos os outros, com a ajuda
do “Parasita Las Plagas”. A cena
culmina com Alice tirando a “aranha mecânica” do peito de Jill, a morte de
Luther, e Alice quebrando o gelo aos pés de Rain e jogando-a para zumbis
submersos famintos.
QUE CENA!
Então chega a ajuda. Alice desperta em um avião
com Becky, Ada, Jill e Leon, para o cliffhanger
a ser continuado no ÚLTIMO filme da franquia. Wesker devolve a Alice o T-Vírus,
e como ela foi a única a se conectar com o vírus em nível celular e de maneira
perfeita, suas habilidades. O que
fica para ser concluído: a Red Queen quer exterminar toda a vida na Terra, e
eles são, supostamente, os últimos humanos que resistem, em um cenário ainda
mais devastado e terrível, E VEM GUERRA AÍ! Com a participação de mais animais
mutados, como aqueles terríveis bichos alados medonhos que eu nem consegui
identificar, mas que devem fazer uma participação em O Capítulo Final. Estou curioso, quero saber que “fim” eles vão dar
à franquia, se é que de fato vão fazê-lo. E o que será da Umbrella Corporation
e da humanidade?
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