The Magicians 2x04 – The Flying Forest
“Everything I’ve ever wanted, I’ve got. […] Send me home”
Que episódio forte. Depois de um episódio de
reviravoltas e emotivo como foi o terceiro, nós precisávamos de um episódio
excelente que pudesse lidar com os nossos sentimentos e com as informações
todas que recebemos de forma tão bruta. Aqui estamos. Em mais um episódio sensacional
e sério, que mostra o avanço de The
Magicians, lidamos com a morte de Alice e uma possível mudança drástica na
vida de todos os personagens – todos eles passaram por muita coisa, foram
obrigados a amadurecer. E é isso o que
estamos vendo na segunda temporada da série. Elliot se dá conta que “I don’t belong here. I’m not ready to be a king”. Julia
continua sua busca por Reynard, tentando uma última ajuda de Marina, mesmo
depois de morta. E Quentin tenta lidar com o trauma de ter visto a mulher que
amava morrer, talvez por sua culpa.
Parte do episódio trouxe problemas em Fillory para
os quais Elliot e Margo NÃO tem resposta. E Elliot deseja voltar a Brakebills,
à sua vida antiga, e o episódio foi bem forte nesse sentido, para ambos. Quando
retorna para Brakebills em uma busca para ajudar o amigo, Margo conta o
desfecho da história para Penny e volta para Fillory com uma ideia: “We’re gonna make another you”. Até
parece uma solução plausível, embora Fillory esteja precisando de um rei no
momento. De todo modo, o “Novo Elliot”, que de certa maneira continua sendo o
mesmo Elliot de sempre, em um corpo novo e duplicado, volta com Margo para
Brakebills, só para descobrir que as coisas mudaram, que Todd tomou o seu
lugar, e que outro de seus reinos estão ameaçados… “No killing Todd! Fucking Todd!” Pelo menos por um tempo, Elliot
pode se divertir.
E SE DIVERTE MESMO.
Gosto das cenas provocantes que Elliot gosta de
promover. Ele encontra Javier, um estudante da Espanha, e ambos se aventuram em
uma constante provocação e sedução mútua – “I’m
married… to a woman” versus “I have a
boyfriend, but he’s on another continent, so… it doesn’t count”. Assim, os
dois vão para cama e WOW. A cena começa com deliciosa com Javier por baixo dos
cobertores, satisfazendo Elliot oralmente, e tudo é incrível – até que se torne uma pegada meio Sense8.
Elliot alterna entre o seu momento com Javier, em Brakebills, e um momento com
sua esposa, em Fillory, vivendo as duas vidas simultaneamente, em um prazer
possivelmente duplo. A reação é essa, de prazer redobrado. Porque fica tão
quente e provocativo, e Elliot demonstra, de fato, TODO o prazer que está
sentindo, com um e com outro, com intensidade, com um beijo e um avanço
impressionantes…
Mas mesmo com essas “vantagens”, Elliot precisará
escolher.
“Now you have two lives. And you’re
trying to live both”
Deixando toda a parte do sexo de lado, vamos falar
sobre Julia se juntando a Kadyn a continuação de sua intensa missão de
vingança, agora sem a ajuda da Besta. É chocante ver o corpo de Marina
congelado, e o código para um livro na biblioteca de Brakebills já nos deixa
muito claro do que se trata: tentarão
trazer Marina de volta à vida. E em se tratando de The Magicians, isso vai ser bem sombrio, claro! E foi. Foi uma cena
bem forte e incrivelmente bem feita a de quando as duas garotas conseguem
trazer Marina de volta à vida por alguns segundos para ela consiga passar o
último aviso que ela estava tentando passar para Julia antes de ser morta. E a
cena nos indica que estamos com algo muito grande para acontecer pela frente… também foi angustiante ela falar do lugar
onde está, como é horrível e como não quer voltar para lá!
Por fim, temos Quentin e Penny. Quentin acorda
três semanas depois do acidente e de toda a história da Morte da Besta, em um
hospital diferente, depois de ter sido tratado por um centauro (o
centauro-médico falando com Penny foi uma das coisas mais BIZARRAS e
desconcertantes da série até o momento! – “Did
you…? Are you shitting?”) Ao acordar, Quentin recebe uma caixa com os pertences
de Alice, e uma carta do High King Elliot falando sobre o enterro dela… aquilo me partiu o coração. E Penny
aparecendo para dizer que foi o SEU cacodemon
que matou Alice não foi de nenhuma ajuda. Quentin não precisa disso! Eu
acredito que ele AMAVA Alice de verdade e de todo o coração, e eu não estou
preparado ainda para me despedir dela, por isso vou esperar uns episódios para
ver se é mesmo definitivo – estão sugerindo que é.
Permite-me ter algum tipo de esperança com a trama
da White Lady. Quentin a vê sugestivamente, em uma noite, e então ele descobre
que, caso capturada, ela pode conferir a quem a capturou qualquer desejo.
Assim, ele e Penny se unem para que ele possa pedir a vida de Alice de volta, e
Penny novas mãos. Ah, é, VOLTEMOS A ISSO. As mãos de Penny saem completamente
de controle. Durante a noite, elas tentam matá-lo, e então ele aparece todo
torto para Quentin: “My hands tried to
kill me, so I broke my own arms”. É impressionante como The Magicians faz umas piadas estranhas
e obscuras, com coisas incrivelmente MACABRAS, e nós nos sentimos um pouco
culpados por rir delas. Quer dizer, eu acabei rindo do Penny bêbado provocando
o Quentin para ele cortar suas mãos foras a machadadas. As machadadas e os gritos
de ambos…
MINHA NOSSA! Tinha como não rir?
Mas eu me senti terrível por tê-lo feito!
“Let’s go
hunt the White Lady”? People like me get shot for saying shit like that.
De todo modo, Penny e Quentin saem juntos na caça à
White Lady, passando pela Flying Forest que nomeia o episódio e é uma coisa
muito LOUCA. A floresta tem uma característica drogativa, e Penny e Quentin
ficam completamente CHAPADOS. E é bem engraçado, embora bizarro – e meio
enervante. Eu acabei rindo, claro. O Quentin tocando a boca de Penny achando
que é a dele, o Penny se perguntando sobre suas mãos em termos de “[…] stuff toucher […]” e a repetição
daquele “Right seems to be the popular
direction” toda vez que eles tinham que decidir entre direita ou esquerda,
e sabe-se lá quanto tempo eles passaram andando em círculo, naquelas
“aventuras” loucas deles caçando a White Lady e não chegando a lugar nenhum… até que Quentin resolve quebrar o padrão e
escolhe ir para a esquerda…
“Think about Alice. She needs you,
man. I need you”
A sequência final foi IMPRESSIONANTE. Quentin
consegue, por fim, capturar a White Lady, e aquela cena me deixou numa espécie
de transe hipnótico e de puro encanto e deleito, do qual lutei para sair ao fim
do episódio. A White Lady era impressionante. Seu estilo, sua postura, sua
forma de caminhar, de falar… e o diálogo
foi incrível. Quentin pediu que ela trouxesse Alice de volta, mas ela disse
que não podia fazer isso, havia limites. As mãos de Penny podiam ser
devolvidas, mas não a vida de Alice. Foi um momento introspectivo de muita
TRISTEZA para Quentin, na qual ele perguntou, de forma sarcástica, se ela podia
fazê-lo feliz. Ele quase abdicou das memórias de Alice! Mas não seria útil, ele apenas encontraria o seu caminho de volta à
tristeza. Foi com muito pesar que Quentin entregou os pontos, descobriu que
não tinha mais como.
E fez um mini-discurso LINDÍSSIMO.
“Everything
I've ever wanted, I've got. Magic is real, and it can fix anything except what
I need. I loved a girl. My entire life... I've dreamed of Fillory, that I would
be like Martin Chatwin. I'd find a way to stay here forever. Send me home”
Aquilo, definitivamente, me partiu o coração!
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