Vale o Piloto? – Riverdale 1x01 – Chapter One: The River’s Edge


“The name of our town is Riverdale”
Eu estava esperando tanto de Riverdale e então o Piloto veio e foi essa MARAVILHA sem tamanho! Eletrizante, o Piloto nos prendeu do início ao fim e eu estou abismado com a rapidez com que eu consegui me APAIXONAR por esses personagens! O roteiro tem força, o elenco tem carisma, o material é bom – adorei a fotografia, os figurinos meio 1950, amo o cenário da escola de Riverdale e essa vibe adolescente mesclada a um delicioso tom de mistério porque um assassinato aconteceu no dia 04 de Julho. Um assassinato que deve redefinir a cidade. Jughead Jones é o narrador, e ele nos convida a entrar nesse universo: “Our story is about a town, a small town and the people who live in the town. From a distance, it presents itself like so many other small towns all over the world… safe. Decent. Innocent. Get closer, though, and you start seeing the shadows underneath”.
O começo do romance de Jughead Jones nos fala de Riverdale. Uma cidadezinha cheia de segredos, que não é nada do que se parece a uma primeira vista. O que a define, no momento em que começamos a história, são os gêmeos Blossom: Jason e Cheryl, e a “Tragédia do Dia 4 de Julho”, quando Jason morreu. Um possível acidente que, ainda descobriremos, não é apenas um acidente. Mas voltemos. Não é isso o que importa no primeiro episódio. O primeiro episódio é PERSPICAZ e eficiente em nos prender, fazer com que nos importemos com os personagens e apresentá-los da melhor maneira possível. Conhecemos, de cara, Betty e Kevin, por exemplo, e Kevin me ganha naquele comentário sobre Archie: “Archie got hot! He's got abs now. Six more reasons for you to take that ginger bull by the horns tonight”. E sabe?
ELE TEM TODA A RAZÃO!
Archie é um rapaz cheio de profundidade, um bom personagem – eu gosto de como pensamos uma coisa dele no início do episódio, e como sua personalidade cresce e adoramos ele por outros motivos completamente diferentes ao fim. O roteiro é inteligente e nos guia exatamente pelos caminhos que deseja. É tudo bastante surpreendente, e RÁPIDO. As coisas e as opiniões mudam depressa. Conhecemos Veronica Lodge na lanchonete meio estilo 1950, interrompendo um possível encontro de Archie e Betty, que na verdade NÃO é um encontro porque eles só são melhores amigos, e eu juro que me preparei para detestá-la naquele momento. Até que eu também me apaixonasse por ela! Outra faceta importante de Archie é apresentada quando ele vai falar com Josie and the Pussycats – ele é lindo e adorável, e ainda compõe, em paralelo a uma PAIXÃO pela música!
Cheryl Blossom faz um discurso no primeiro dia de aula dizendo que acredita que Jason não ia querer que a escola passasse o ano de luto – por isso o baile está confirmado. Mas eu não consigo confiar na Cheryl… se não foi ela, ela sabe de alguma coisa que não está contando. O próprio Archie sabe que não foi um acidente, ele e a Srta. Grundy escutaram um tiro no Dia 4 de Julho, próximo ao lugar da morte, mas não podem falar nada para ninguém saber que eles estavam juntos. Ele é um aluno, ela uma professora. E QUE CENA FOI AQUELA? Kevin tinha toda a razão, claro, Archie é mesmo MARAVILHOSO de lindo, uma perdição, um pedaço de mau caminho, vide aquela cena dele se aproximando com a camisa erguida, a definição daquele corpo e aquele caminho de pelos embaixo do umbigo… certo, me recompus. De todo modo, a cena no fusca, rápida e absurdamente sexy, foi sensual e gostosa na MEDIDA CERTA!
O problema é que Archie não está disposto a ficar longe dela. Não só porque finalmente sentiu nesse verão o que nunca tinha sentido, mas porque é ela quem estudou em Julliard e pode ajudá-lo na questão da música – de outro lado da história, Cheryl tenta recrutar Veronica como nova líder de torcida, e Veronica aceita, desde que leve Betty com ela. As “audições” foram fenomenais, e teve até um falso beijo lésbico entre as duas na tentativa de chamar a atenção… não foi o suficiente. De todo modo, a Veronica ARREBENTOU dando uma baita lição de moral em um discurso magnífico em defesa de Betty que resultou em ambas com seus novos uniformes de líderes de torcida. SIM, ELAS CONSEGUIRAM. E aquilo foi absurdamente incrível! Não tem como não amar a dupla que já dá tão certo assim tão depressa.

“I know what you need, Cheryl, because I know who you are. You would rather people fear than like you, so you traffic in terror and intimidation. You're rich, so you've never been held accountable, but I'm living proof. That certainty, that entitlement you wear on your head like a crown? It won't last. Eventually, there will be a reckoning. Or... Maybe that reckoning is now. And maybe, that reckoning... is me”.

Em alguns momentos eu senti uma inspiração de outras produções do gênero, e eu gostei, e ainda gosto mais de saber que há muito material para extrapolar essa primeira impressão, como Jughead sugere na escrita de seu romance. Como eu disse, eu adoro o cenário de escola, adoro o elenco adolescente, e as tramas como o Archie quer ou não ser titular do time de futebol americano? Mas ainda temos o assassinato que é o grande diferencial da produção! É muito bacana como Veronica coloca Betty em uma encruzilhada para chamar Archie para o baile, e ela diz que ele devia ir com as duas, todos como amigos… “Huh?” “What?” E também é INCRÍVEL como Betty confronta a mãe, o que ela precisava fazer. É totalmente diferente da cena de Archie com o pai, porque o pai dele é um FOFO e apoia ele incondicionalmente. Archie quer estudar música, escrever música, ele não quer ficar em Riverdale para sempre, trabalhar para o pai para sempre…
E o pai é um AMOR ao entender isso!
“Who are you lying to? Me or your coach?”
“Neither. Both”

“I would never force you to play football. I don't care if you play football. And you don't have to work with me or for me, ever again. But some advice, man-to-man? These decisions that you're making now, son, they have consequences. They go on to form who you are and who you'll become. Whatever you decide, be confident enough in it that you don't have to lie”.

É, parece que eu estou destinado a AMAR toda a família Andrew! <3
CENA DO BAILE. Uma maneira EXCELENTE de terminar o Piloto, mas não acabamos lá. Archie vai mesmo ao Baile com Veronica e Betty, e Betty tenta dizer o que sente por ele, mas é um desastre bem triste. Eu fico muito triste por Betty, mas eu também não consigo sentir raiva de Archie nem nada assim, porque se eles são amigos há tanto tempo, ele não é OBRIGADO a sentir nada por ela… ninguém é. [Detalhe para o Kevin comentando sobre o Moose, e sobre as “partes de seu corpo” – ousado, adorei!] Durante o baile, Archie consegue suas aulas de música, segunda, quarta e sexta, às 7:30 da manhã. Josie and the Pussycats cantam. E Veronica e Archie passam “7 Minutos no Paraíso”, e eles se conversam, possivelmente se conectam de alguma maneira, e se beijam… eu fiquei um pouco chocado e/ou revoltado, mas a tensão sexual era palpável!
Veronica se sente um pouco culpada quando sai e Betty não está mais lá…
…mas então já é tarde demais.
O episódio é bastante instigante e MUITO bem construído. Já me deixou extasiado pelo próximo, querendo mais! Tivemos uma rápida cena de Jughead e Archie que nos indica uma antiga amizade entre eles que não deu certo, e eu quero muito saber o que aconteceu. Archie vai, também, falar com Betty, e é uma cena bem tristinha. Por fim, Moose e Kevin estão prestes a se divertir (aqueles fetiches de gays no armário) quando eles encontram o corpo de Jason boiando na beira do rio, com um tiro no meio da testa. E aí está: O CRIME QUE DEFINIRÁ RIVERDALE. A narração final e enigmática de Jughead é fantástica, nos deixa curiosos para saber como tudo acontecerá, mas a cidade certamente sofrerá com uma mudança inesperada, muito mistério e investigação. Só para MELHORAR ainda mais uma história que já estava impressionante!
Que venha a primeira prisão!

Para mais Pilotos de série, Vale o Piloto.


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