Chico Bento Moço, Edição #9 – Perdidos no Pantanal, Parte 1
“QUE RAIO
TÁ ACONTECENDO AQUI?!”
WOW! Até agora, a melhor edição de Chico Bento Moço, e não é só porque eu
sou um fã apaixonado de Lost.
Maurício de Souza já tem história com a trama dos sobreviventes de um voo que
cai em uma ilha misteriosa onde a Dharma faz experimentos ao longo de anos,
desde que produziu a divertida Lostinho.
Agora, ao pegar a nona edição de Chico
Bento Moço, a primeira coisa que me veio à cabeça foi LOST, novamente. O Chico está lindo na capa, um pouco sujinho, com
o figurino meio rasgado, em frente a um acidente de avião que, por algum
motivo, me fez pensar na série. O sentimento se intensifica ao ler a edição,
especialmente quando temos o clássico momento dos olhos se abrindo e a pessoa
caída na grama, para iniciar a história. Na série, Jack Shephard. No mangá,
Chico Bento. Não tinha maneira melhor de explorar o Pantanal e o folclore
brasileiro!
“Pantanal Mato-Grossense. Uma das maiores regiões
tropicais alagadas do mundo. Considerado patrimônio natural mundial. Sua fauna
é muito rica e sem igual no planeta. Apesar do nome, boa parte de seu
território é formada por grandes pastos naturais que abrigam alguns dos maiores
rebanhos de gado no Brasil. Ainda assim, um lugar de lendas e mitos. Lugar de
mistérios sem explicação”
Não sabia bem o que esperar quando comecei a ler a
edição, mas fui me envolvendo desde o começo. Didática e aventuresca, a edição
começa com o Chico morrendo de medo no avião, e um flashback que nos mostra uma faceta meio inesperada do personagem: porque o principal motivo que o colocou rumo
ao Pantanal para um estágio no fim de semana foi a provocação de Vespa.
Diferente, também, do que estamos habituados, a edição traz fotos REAIS do
Pantanal ao lado dos desenhos dos personagens, e isso confere uma nova cara à
edição. Mas o começo já é eletrizante, instiga – temos Chico, Fran, Yo, Zé (da
Rússia), Bombeta, Ferrugem e o MALA do Vespa no avião. E então um acidente
inesperado e inexplicado os faz cair no meio do Pantanal antes que eles
consigam chegar de fato aonde deveriam.
As referências a Lost não falham. A queda foi PROVOCADA, por uma espécie de monstro
que, acho, busca inspirações no próprio monstro de fumaça da série e, quem
sabe, um pouco dos dragões de Game of
Thrones. Porque além da fumaça que conhecemos, temos um abrir pavoroso de
olhos do lado de fora do avião, que não pode ser ignorado. Quando Chico acorda
(como o Jack Shephard), tem-se início a mais diferente história até então. Ao
lado de Chico temos Ferrugem e Bombeta, que está fazendo um drama todo por
causa de um cotovelo ralado. Detalhe para o cuidado ao citar Lost, colocando, inclusive, o Piloto em
cima da árvore – mas então ele é levado pelo
monstro de fumaça. O segundo grupo é formado pelos demais sobreviventes:
Fran, Yo, Zé e Vespa. E enquanto Chico enfrenta o monstro de fumaça, eles
enfrentam outro monstro assustador:
UM JACARÉ MONSTRO DE TRÊS CABEÇAS!
Godzilla-like?
Os mistérios estão ali. Foi, como o Piloto disse,
uma queda muito alta para eles sobreviverem, ainda mais sem nenhum tipo de
ferimento grave. Outra: como algumas pessoas foram mandadas para tão longe dos
destroços? A edição conquista pelo seu tom inovador de suspense e mistérios,
como quando Chico e seu grupo seguem pegadas que terminam em nada, a não ser
indícios de que os trabalhadores da fazenda que deviam recebê-los estão mortos.
Gostaríamos de entender monstros como o Jacaré Monstro de Três Cabeças, mas
talvez gostaríamos mais de entender personagens misteriosos como Mariara,
aquela garota que aparece no meio da fuga suplicando a ajuda de Chico, a quem
ele prontamente ajuda. Há muito pavor e pânico, dos dois lados, e muita ação e
suspense em uma edição ELETRIZANTE e apaixonante!
Gostaria que fossem mais que duas partes apenas.
AGORA VEM O CAIPORA, PERIGOSO, PARA A PRÓXIMA
EDIÇÃO!
[Ele ficou mesmo bem assustador!]
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