Doctor Who 10x04 – Knock Knock
KNOCK ON WOOD. “Oh, it’s freaking Scooby-Doo house!”
WOW, QUE EPISÓDIO SENSACIONAL! Eu estou realmente
empolgado com essa temporada de Doctor
Who, e lamentando desde já o momento em que Peter Capaldi se regenerará no(a)
próximo(a) Doctor. E o episódio fez questão de jogar isso na introdução, quando
Bill estava fazendo as perguntas de sempre, mas que ninguém faz, sobre o termo
“Time Lords”, por exemplo, ou sobre por que ele tem um quarto na TARDIS, se ele
dorme ali… às vezes, depois de uma
regeneração, ou de ter comido demais no almoço. O termo jogado no episódio
e não entendido por Bill é um caso e tanto. O episódio ainda nos provoca com
outras coisas, como o misterioso ocupante do “cofre”, no fim do episódio, que
eu ainda acho que é o Mestre de John Simm ou a Missy de Michelle Gomez, e a
Bill chamando o Doctor de “grandfather”, talvez anunciando um retorno de Susan?
Bem, há boatos do retorno do Primeiro Doctor
também, não?!
O episódio é bem bacana, e puxa para aquele lado
de suspense que Doctor Who sabe fazer
tão bem, alinhando isso a motivos que nos fazem entender um pouco dos dois
lados do problema – o que somos capazes de fazer para salvar a vida de alguém
que amamos? O episódio tem um clima legal e um desenvolvimento ágil e
envolvente, e me lembrou MUITO a era 2005 de Doctor Who, com o Ninth Doctor (de Christopher Eccleston) e Rose
Tyler como sua companion. A própria
maneira de filmagem, as cores e o estilo – eu achei bem nostálgico e me remeteu
demais à primeira temporada. O próprio figurino da Bill! Mas enfim… sobre o
episódio, Bill está com outros 5 estudantes, procurando uma casa para alugar,
quando surge o “negócio perfeito”. Uma casa grande, antiga e com um preço muito
bom. Eles deveriam ter desconfiado.
Pelo menos o “avô” de Bill, o Doctor, sentia que
havia alguma coisa ERRADA com o lugar, e ficou por perto para ajudar quando
necessário, mesmo com a Bill insistentemente tentando mandá-lo embora. A
construção do clima de suspense é bem inteligente. Há muito trovão do lado de
fora. Do lado de dentro, todo tipo de barulho possível, especialmente madeira
rangendo. E rangendo MUITO. Pavel é o primeiro dos seis estudantes a partir, e
eles nem notam, com a música do violino saindo constantemente do seu quarto. Há
muito o que se avaliar. Não existe uma máquina de lavar, nem um sistema de
aquecimento. Muita madeira. Nenhum sinal de telefone. Objetos meio anos 1930.
As árvores rangem, mas não tem vento. O proprietário da casa proíbe a entrada
na Torre, não responde o Doctor sobre quem é o Primeiro Ministro e usa um terno
EXATAMENTE da cor das paredes.
Creepy.
Paul é o segundo dos estudantes a ser levado, e
Bill e Shireen estão do lado de fora quando isso acontece – então tudo se intensifica e fica assustador.
As paredes rangem mais alto, as janelas se abrem com a ventania, batidas as
circundam… e finalmente Bill quer a ajuda do Doctor. Enquanto isso, o Doctor e
os outros dois sobreviventes, Felicity e Harry, veem as portas e janelas
selando, e Felicity consegue “escapar”, para ser devorada do lado de fora. Bill
e Shireen encontram Pavel preso na parede, parcialmente consumido pela casa, e
quando o Proprietário aparece, misterioso, e desliga a música… Pavel é
instantaneamente consumido por completo! O Doctor e Harry são quem primeiro
veem as CRIATURAS, que o Doctor nomeia “dryads”, pequenos insetos nojentos que
saem da madeira para atacar quando escutam barulhos altos.
“So the house is eating people?”
Gosto muito de perceber como o Doctor e Bill
funcionam como uma boa dupla, mesmo quando estão separados. Com Harry, o Doctor
descobre registros de outros grupos de seis jovens que foram devorados pela
casa, em 1997, 1977 e 1957… a cada 20 anos. E com o Proprietário, o Doctor
entende que ele está fazendo isso para salvar a sua filha, que está em algum
lugar da casa, alimentando as criaturas que podem mantê-la viva – enquanto
isso, Bill e Shireen conseguem encontrar a entrada para a Torre e conhecem a
“filha” do Proprietário, Eliza, UMA ASSUSTADORA MULHER FEITA DE MADEIRA. Com um
dryad saindo de dentro da boca de Eliza e depois vários outros brotando do
chão, Shireen é a quinta vítima dos estudantes, deixando apenas Bill como
sobrevivente, e o Doctor precisa “ajudar” o Proprietário e sua filha e SALVAR
BILL.
Dali em diante, o episódio só encerra, e é
assustadoramente emotivo.
Porque é uma espécie de emotivo que você se sente
culpado em sentir. É doloroso e muito
MACABRO. O Doctor consegue explicar os insetos, a música e como eles salvam
Eliza. Mas as perguntas de Bill são pertinentes e ajudam a preencher as
lacunas: por que alguém traria insetos
para dentro de casa? Por que o Proprietário não é de madeira? Então o
Doctor entende tudo: ELIZA É A MÃE DO PROPRIETÁRIO. Wow. É sensacional
como tudo vai se fechando e fazendo mais sentido (“If you could save the one who brought you to this world, wouldn’t you
do so?”), e como as lágrimas são dolorosas e recebem algum tipo de
compreensão na expressão de Bill… é um final PERTURBADOR quando Eliza abraça o
filho e, juntos, ela coloca um fim nisso tudo e é devorada pelos insetos… pelo
menos, para ser menos macabro, os cinco amigos de Bill retornam.
Agora, vamos ao cofre. Piano. Jantar. O Doctor
entrando… QUERO VER!
“I’m coming
in!”
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