Chico Bento Moço, Edição #10 – Perdidos no Pantanal, Parte Final
Um
pouquinho de folclore brasileiro!
Bem diferente da primeira edição da aventura, a
Edição #10 do Chico Bento Moço traz a
finalização da história de Chico Bento e sua turma, que se perdem no Pantanal
quando o seu voo é atacado ao chegar no lugar… continuando a trama da moça
lindíssima e repleta de encantos, Mariara, que Chico salvou quando ela pediu
sua ajuda, nós temos uma segunda edição que se preocupa menos com as
referências (eu senti muito menos Lost
do que senti na primeira edição, que foi quase o tempo todo), para desenvolver,
pelo menos um pouquinho, o lado do folclore brasileiro e do pantanal… como
principal vilão, temos o Caipora, que foi timidamente apresentado no fim da
edição passada, e o seu caso de amor não correspondido que o torna
verdadeiramente perigoso. Não é a melhor edição de Chico Bento Moço, mas é uma edição memorável.
Começamos com a introdução de Mariara falando das
poucas coisas que se lembra sobre o seu passado, e daquele de pés invertidos
que o aprisionou, que Chico Bento descobre, de imediato, se tratar de Caipora,
naturalmente. Também entendemos como o avião dos jovens caiu no lugar, e o Chico
se pergunta por que essas coisas estão acontecendo, se, normalmente, o Caipora
é mais brincalhão do que malvado de fato… as duas partes da equipe se reúnem
com o grito de “Fran” (eu sei, foi do Vespa), quando o Chico chega, todo herói,
forte, poderoso e LINDO, carregando uma tocha para espantar as Capivaras
Gigantes que ameaça os seus amigos… mas ele não tem a eficácia que Mariara tem
ao chegar e espantá-las como bichinhos domésticos, porque o Caipora nunca
perdoaria caso eles viessem a machucá-la.
E ela sabe disso.
Do poder de seu encanto.
Os meninos estão fascinados. Quer dizer, o Chico e
o Vespa não. O Zé da Rússia e o Bombeta, por outro lado, estão patéticos e
hilários… o plano de Chico Bento para levá-los à segurança é fazer uma jangada
e colocar no rio mais forte, para que os leve até uma civilização que, mais
cedo ou mais tarde, tem que estar nas margens do rio. E enquanto todos
trabalham e Fran sente ciúmes de Mariara, ela olha para o rio como se alguma
coisa o puxasse a ele, e comenta: “Sinto
muito! Eu estava… distraída. O rio me traz uma sensação estranha. Familiar! Só não sei o que significa”.
Então, juntando as coisas e matando a charada, sabemos que Mariara é, na
verdade, a Iara. O Chico também começa a desconfiar disso quando ela mostra os
seus talentos, por exemplo, para pegar um super peixão só com as mãos vazias!
Não podia ser outra coisa.
Por isso tudo vem à tona no final. No meio do rio
em uma jangada improvisada, todos são atacados pelo Minhocoçu, a mando do
Caipora, e ele aparece todo possessivo e assustador – e o Chico grita para
Mariara que ela é especial, que ela é a IARA! Então tudo vem à tona. A verdade,
como o Caipora roubou o seu pente, lhe deu pernas, apagou sua memória,
transformou os animais em Monstros Guardiões, na expectativa possessiva de
“tê-la só para ele”. Mas quando ela se lembra de tudo, ela volta a ser Iara, a
Mãe d’Água, com sua belíssima cauda de sereia, e manda que o Minhocoçu leve o
Caipora para o seu reino subaquático, no qual ele ficará aprisionado para
sempre, e o Pantanal voltará a ser o lugar que era antes, e todos poderão ser
guiados de volta para a segurança, com uma ajudinha da Iara… sobre o “encanto”
da sereia sobre os garotos, o Chico explica como não foi pego:
“Ah, isso não é nenhum mistério! Eu nunca deixei de
pensar na minha Rosinha! Não tem sereia no mundo que faça a gente esquecer quem
você ama de verdade!”
O que é MUITO fofo, embora doa em Fran.
Mas ela só precisa ver que o Vespa gosta dela. E
de VERDADE.
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