[Season Finale] Riverdale 1x13 – Chapter Thirteen: The Sweet Hereafter
“Imagine
this instant, frozen in time”
Riverdale
chega ao fim e se prepara para um impactante segundo ano, com outro assassinato
encomendado… foi bem diferente do que eu esperava, porque as coisas sobre Jason
Blossom aconteceram bem depressa. Começamos
o episódio com uma narração de Jughead e Alice, ambos escrevendo, um para o
romance e outra para o jornal, na qual eles falam sobre o suicídio de Clifford
Blossom, encontrado enforcado, e algumas coisas vêm à tona, como a história
toda do “Maple Syrup”, que era apenas uma fachada para o tráfico de HEROÍNA, e
então ele supostamente teria matado Jason porque o filho descobriu a respeito
disso. De todo modo, todas as peças se encaixam depressa, e percebemos que
temos muito mais em Riverdale, a cidade, do que isso… por exemplo, a maneira
como ninguém parece saber lidar com o que está havendo.
Eles “esquecem”,
“encobrem”. Fingem que não está acontecendo.
75 anos de Riverdale… o JUBILEU. É um episódio
incrível, com tudo o que mais me encanta na série, especialmente essas relações
malucas entre os personagens, essas reações, essas personalidades… a Prefeita
McCoy, preparando a organização, quer que Archie e Betty sejam parte do
jubileu, ela dando um discurso, e ele cantando com Josie e as Gatinhas. Supostamente,
os dois são “heróis de Riverdale”, mas é como Betty fala: e Jughead? E FP Jones? Ninguém parece estar querendo falar sobre as coisas que aconteceram. As coisas estão
encobertas por uma falsa calma, uma ideia de que “tudo está bem”, quando na
verdade dá para sentir algo sinistro
no ar. Eu acho que Betty é extremamente clara ao colocar as coisas com uma
simples pergunta: “Why are people so
afraid of the truth?” Basicamente, é sobre isso o episódio.
As coisas não estão nada boas para os Jones. FP
Jones continua na cadeia, por tempo indeterminado, e Jughead recebe ordem
judicial para ir viver com uma família adotiva, em outro distrito escolar. Para
Betty, não é só esse o problema. Seu armário aparece pichado com sangue de porco
na escola: “GO TO HELL SERPENT SLUT”,
com uma boneca enforcada, tudo por publicar um artigo em defesa de FP. Jug se
afasta do grupo, se isola, Betty é ameaçada… Archie reage, de fora, incomodado
com tudo… algo precisa ser feito. O clima
do episódio é de tensão, diferente do habitual de Season Finales que trazem a ação desenfreada. Não existe, aqui,
conflito aberto, mas uma espécie de guerra fria trabalhada no suspense, e os
segredos começam a pipocar como uma maneira de nos provocar para o segundo ano da série, que já promete.
Afinal, como eu imaginei na primeira vez que o
tema “aborto” foi falado entre os Coopers, EXISTE UM COOPER PERDIDO. Alice conta
à filha que ela deu o seu primeiro filho para a adoção, então existe um rapaz loiro,
de uns 20 anos, perdido por algum lugar… a
blond Adonis. Enquanto isso, Cheryl sofre fingindo que está forte. Em casa,
ela está de preto, totalmente destruída, chorando e sofrendo. Na escola, ela
finge que tudo está bem – ela fala para Veronica que “já derrubou suas lágrimas
pelos homens Blossom”, e ela vai até Jughead, em uma coragem admirável, para
pedir desculpas… mas ela está sofrendo
calada, em seu interior, sem ninguém para ajudá-la, a não ser, talvez, a
própria Veronica. Afinal de contas, é para ela que ela envia a alarmante
mensagem que diz “Thanks for trying. I’m
going to be with Jason now”.
O que nos proporciona uma das cenas mais impactantes do episódio.
Cheryl está no lago onde o corpo de seu irmão foi
encontrado no início da temporada. Ela está lá, sofrendo, arriscando sua vida,
pensando “em ir atrás dele”. Betty, Veronica, Archie e Jughead gritam da margem
do lago congelado, enquanto Cheryl se vira para olhar para eles, destruída e
chorando, e então o gelo se abre sob seus pés e o rio a engole. Todos correm e
é desesperador. A cena de Cheryl
submersa, enquanto Archie soca repetidamente o gelo para salvá-la, com a força
aumentando conforme a quantidade de seu sangue espalhado no gelo também
aumenta. Minha agonia crescia a cada novo golpe, a cada momento. A força daquela cena! Temos Jason
aparecendo para buscar a irmã, no fundo do lago, e Archie conseguindo
resgatá-la quando ela já está desmaiada, mas ainda não morta… Cheryl está viva, e deve sobreviver.
Pelo menos
por enquanto.
Passado esse momento de pura TENSÃO, chegamos ao
Jubileu, enfim… temos um BEIJÃO entre Veronica e Archie, e Josie dizendo que V
falou com ela sobre o que ele fez por Cheryl, e então ela reconsiderou sobre a
música: eles vão cantar a música que ele
escreveu, que fala sobre ele, seus amigos e tudo o que eles passaram. É perfeito,
embora a música apareça pouco. “I wanna
share it with you”. Além da música de Archie, temos umas cenas de Jughead
indo visitar o pai na cadeia, tocantes, e o impactante discurso de Betty,
ousado, que foi além de tudo o que qualquer um esperava. Ela perguntou o que
era Riverdale, e disse que era cada um deles. Archie. Kevin. Veronica. E FP,
eles querendo falar dele ou não. E Cliff. Cada segredo, cada verdade escondida.
Betty não tocou na ferida. Ela a pisoteou.
Foi uma cena forte, ousada.
E ela ARREBENTOU.
Riverdale PRECISAVA ouvir isso!
“Riverdale's
at a crossroads. If we don't face the reality of who and what we are, if we
keep lying to ourselves and keeping secrets from each other, then what happened
to Jason
could happen again. Or, God forbid, something even worse. Riverdale must do better. We must do better”
O episódio podia acabar fofo, acalentador, tranquilo…
Quando Veronica, Archie, Betty e Jug estavam
JUNTOS naquela cabine:
“We had
many milkshakes that night, and we all felt that as dangerous as the world
around us had become, here, at least in this booth, we were safe”
Mas não. Embora tenhamos tido um momento LINDO
entre os protagonistas, um pouco mais leves que o normal, as coisas começam a
se tornar intensas novamente antes que o episódio termine. Cheryl Blossom se
torna Soraya Montenegro e ateia fogo à Mansão Thornhill. E então temos uma
sequência sensual (e deliciosa) ao som de Imagine
Dragons (!), que eu amo. Trocas de amor, beijos quentes e muita
sensualidade, temos Archie e Veronica se beijando loucamente, intensamente… as
roupas começando a ser tiradas (obrigado por esse Archie sem camisa no Season Finale, não podia faltar!),
Veronica tocando a barriga de Archie provocantemente (que invejinha, huh?). De
outro lado, Betty e Jughead estão em processo similar. Roupas sendo tiradas,
beijos com desejo incontido. Mas estes são interrompidos pela campainha.
E ali TUDO MUDA.
Porque Jughead Jones abre a porta para as
Serpentes do Sul, que estão ali reunidas para dizer que estão com ele, que o
protegerão se for preciso, e lhe entregam uma jaqueta. As coisas mudam visivelmente quando ele coloca aquela
jaqueta, tornando-se, oficialmente, uma Serpente. O poder que cai sobre ele, a
mudança automática em sua fisionomia, intensificada pelo “Juggy?” chocado de Betty, vendo de longe… além disso, Archie
acorda feliz, uma noite incrível com Veronica, e as coisas mudam drasticamente quando ele chega à
lanchonete e, antes de poder sentar-se para tomar café-da-manhã com o pai, Fred
é assassinado e Archie está lá para ver tudo, uma cena que provavelmente vai traumatizá-lo
para sempre. Foi forte, eletrizante e doloroso… não acredito no sofrimento de Archie segurando o corpo sangrento do pai.
Será que ele ainda pode sobreviver?
“Imagine
this instant, frozen in time. People will look back at this as the exact moment
that last bit of Riverdale's innocence finally died. When darkness won. Marked
by an act of violence, that was anything but random”
Riverdale, a cidade, jamais será a mesma.
De verdade.
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