Turma da Mônica Jovem (1ª Fase, Edição Nº 11) – Ser ou Não Ser?, Parte 1


Jogador de futebol ou nerd? POR QUE NÃO OS DOIS?!
Com MUITA referência (e quando eu digo “muita”, eu quero dizer muita MESMO, quase digna de uma edição “Clássicos do Cinema”), Ser ou Não Ser começa a preparar o caminho para a comemoração de 1 ANO da Turma da Mônica Jovem. E ela poderia ser uma edição que não é das minhas favoritas, com todo aquele lace de Cascão sendo uma estrela do futebol e as meninas sendo líderes de torcida e tudo o mais… mas a edição não é SÓ sobre isso, e é nesse outro quesito explorado que ela ganha todo o meu carinho. Como sugere o robô da capa, nós temos a outra faceta do Cascão, a nerd que tem action figures e adora assistir séries de ficção científica como COSMOGUERREIRO. Esse Cascão me fascina muito mais, e a edição ganha muito ao misturar esses dois lados, e deixar o Cascão paranoico porque acha que está sendo seguido.
Bem, ele ESTÁ sendo seguido!
A edição começa com o Dudu correndo entre a multidão para chegar a tempo de ver o jogo do Limoeiro. O Cascão está todo nervoso, enquanto o Titi está todo durão e ciumento (embora ele sempre seja muito bonito!), e a Aninha deixou de ser líder de torcida, algo que ela amava fazer, por causa de um namorado ciumento… o mesmo Titi. A primeira parte da história, embora tenha uns observadores cheios de tecnologia e muito mistério assistindo ao jogo, é basicamente sobre o JOGO e as líderes de torcida em guerra. Temos Mônica gritando coisas como “VAI PRA DIREITA! DIREEEITA! A OUTRA DIREITA, SEU MENTECAPTO!”, temos o Do Contra fazendo UM GOL CONTRA, e o Cascão tomando a posse da bola e liderando bem o time à vitória… enquanto isso, as líderes de torcida entram em uma verdadeira GUERRA mal e divertidamente interpretada:

“…e as líderes de torcida dos times adversários se unem para realizar um espetáculo de habilidade e técnica! Uma demonstração comovente de espírito esportivo!”

Depois do fim da partida, que conta com a Aninha gritando do meio da multidão (meio Gabriella em High School Musical 3), a Mônica e o Cê tendo um momento, e o Titi sem camisa no vestiário, enquanto o treinador lhes dá uma bronca, para que não confundam sorte com talento, Cascão foge da festa de comemoração para chegar em casa e ver Cosmoguerreiro. A série, inclusive, é uma clara referência a Star Trek (que eu AMO!), de acordo com os desenhos e os nomes (afinal de contas, “Leonardo Nemoi” vai estar numa convenção sci-fi dali uns dias!), mas a referência é meio cruzada e confusa quando temos aquele “No próximo episódio de Cosmoguerreiro: O IMPÉRIO ZORG CONTRA-ATACA!”, claramente pensando em Star Wars… me pergunto quão loucas são as reuniões de roteiro que definem esse tipo de comentário para a Turma da Mônica Jovem.
De todo modo, a edição e o quarto do Cascão são um PRESENTE para qualquer nerd. O quarto está CHEIO de coisas que todos nós temos, ou gostaríamos de ter, e é um deleite aos olhos nerds como os meus – um pôster de “O Décimo Oitavo Passageiro”, pôster de “Cavaleiros do Horóscopo”, pôster de “Dragonball X” (que já está na série XYZ23), He-Mão, Caça Asa-Xis de “Tauó”, Busto do “Robô-tira”, vídeo das “Sailor Mágicas”, computador entupido de seriados antigos, pôster de “Pulsar Super Fighting Robot”, gibis de super-heróis de que ninguém mais se lembra, notebook com emulador de games dos anos 80, Robô Mecha do tempo do Cosmoguerreiro, gibis e mangás da semana e lençol dos robôs que viram carros (da série original, porque o filme é meio chato). WOW! E o Cascão ainda diz uma frase ICÔNICA nerd:
“Bonequinho o escambau! São Action Figures!”
Embora eu mesmo às vezes chame de “bonequinhos”, e tenho MUITOS!
O Dudu tenta dar a maior bronca em Cascão, e fica decepcionado ao descobrir que ele é bem nerdão (“Fala sério! Tá dizendo que o segredo do seu sucesso é brincar de Cosmoguerreiro em campo?!”), mas sinceramente eu fiquei muito bravo COM O DUDU, porque ele não tem direito nenhum de dizer ao Cascão do que ele pode ou não pode gostar – temos que fazer aquilo que nos dá prazer e pronto! Mas a edição fica ainda mais interessante na construção do suspense que é o cliffhanger para a próxima edição, quando o Cascão começa a ver os vilões do “Cosmoguerreiro” em cima do telhado, ou perseguindo ele com seus tentáculos metálicos no meio da cidade, e passando por um cara esquisito quando alguém está olhando… até o Cascão se questiona o quanto daquilo é verdade e o quanto é estresse, mas nós sabemos.
Aquilo é bem real.
Ah, e tivemos até “Doutor Ráuse” na edição, eu achei HILÁRIO!

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