A regeneração de Peter Capaldi em “Twice Upon a Time”
“Laugh hard... run fast... be kind. Doctor...
I let you go”
Acredito que “Twice Upon a Time” é um verdadeiro
marco na história de “Doctor Who”. Tão
grande quanto “The Tenth Planet”? Não
sei, difícil saber agora, mas os anos dirão. A primeira regeneração do Doctor
aconteceu há 51 anos, em 1966, e foi um importante momento de transformação na série. Sinto que
estamos novamente em um ponto como
esse, com Jodie Whittaker assumindo o papel como 13ª Doctor, e foi inteligente de Steven Moffat unir essas duas regenerações. Tanto o
Primeiro Doctor quanto o Décimo Segundo estavam relutantes em se regenerar,
ambos pensavam em “morrer como eles
mesmos”, por isso que eles mereciam compartilhar
esse momento no Polo Sul, onde tudo aconteceu pela primeira vez, onde
acontecerá agora, novamente. Com uma trilha sonora FORTE, vemos dois recomeços para “Doctor Who”, e os
abraçamos de todo o coração.
“I think I’m
ready now... but I should like to know, are you?”
Revemos,
ainda que brevemente, a Primeira Regeneração, num formato de 1966, quando
Patrick Troughton assumiria o papel. O primeiro ator a “não ser o Doctor
original”. Mas agora é a hora do Décimo Segundo, e eu digo que não estava preparado para isso. Durante todo o
episódio, fui acompanhado por uma sensação angustiante de saudade e de perda,
de alguma maneira. Gosto muito do Peter, e acho que ele foi um Doctor
BRILHANTE, e várias cenas ao longo de “Twice
Upon a Time” me fizeram sorrir com pesar, porque eu sei que ele fará falta. Mas seu momento está chegando, e
é como a Bill Potts de vidro diz: “Do you
know what the hardest thing about
knowing you was? […] Letting you go. Letting go of the Doctor is
so, so hard. Isn't it?” E enquanto Bill Potts tenta convencer o Doctor de que É ELA MESMA,
ela diz que tem um presentinho para ele.
Um presente que lhe provará como as memórias
são importantes.
MEU CORAÇÃO DISPAROU. Sabia o que estava por
vir… CLARA OSWALD.
COMO É BOM
VÊ-LA NOVAMENTE. Clara Oswald é, para mim, a melhor companion do Doctor na nova série. Eu gosto muito, muito,
muito de Donna também, e ela quase empata em primeiro lugar para mim, mas eu
amo Clara DE TODO O CORAÇÃO. A “Garota Impossível”, ou a “Garota do Suflê”, que
teve uma história tão bem desenvolvida em poucos episódios quando entrou na
sétima temporada, ainda com Eleventh Doctor, do Matt Smith. Aquela Clara que
entrou na linha temporal do Doctor e salvou
todas as suas vidas. COMO EU A AMO. A Clara é uma personagem forte e
marcante, e ela teve um final digno, não em “Face
the Raven”, mas em “Hell Bent”,
quando ela reaparece em um uniforme de garçonete, em sua própria TARDIS, e o
Doctor não se lembra mais dela. Isso é
o único que nos incomodava: depois de
tudo, ele não se lembrar de Clara.
Mas agora ele
se lembra…
Ah, agora ele se lembra.
“Clara!”
O sorriso do
Doctor ao vê-la e se lembrar dela…
“Hello, you
stupid old man”
O seu jeito “carinhoso”
de tratá-lo. E então ele diz o que queríamos ouvir:
“You're
back! You're in my head. All my memories... are back”
“And don't
go forgetting me again, because... quite frankly, that was offensive”
Eu senti
muito a falta de um abraço entre o Doctor e a Clara, eles mereciam isso, mas eu não podia estar mais feliz… foi
MARAVILHOSO ver Jenna Coleman novamente, voltando à série brevemente para se
despedir do Doctor, assim como Amy Pond retorna na despedida do Eleventh. E era
JUSTO que ele se lembrasse de TUDO o que passou com ela (e foi muito!) antes de
se regenerar… eles precisavam disso, nós precisávamos
disso por eles. A emoção estampada nos olhos do Doctor foi de arrepiar. Então
nós temos outras despedidas. Bill Potts. Nardole, sempre divertido. E foi uma
emoção e tanto. E eu não estava pronto.
O Twelfth Doctor ainda estava decidindo
o que fazer. Talvez ele queira descansar, queira ter paz, depois de todo esse tempo. E ele não conta a Bill e Nardole
sobre sua escolha, enquanto os abraça antes que eles desapareçam…
Isso é algo
que ele deve fazer sozinho.
De volta à TARDIS,
ele faz o seu discurso, E É LINDO.
“Time to leave the battlefield”.
“Oh, there
it is. The silly old universe. The more I save it, the more it needs saving. It's
a treadmill. Yes, yes, I know. They'll get it all wrong without me. I suppose
one more lifetime wouldn't kill anyone. Well, except me”
O momento de
sua decisão. Doloroso.
E então ele
fala com o novo Doctor chegando:
“You wait a
moment, Doctor. Let's get it right. I've got a few things to say to you. Basic
stuff first. Never be cruel, never be cowardly... and never, ever eat pears! Remember...
hate is always foolish... and love is always wise. Always try to be nice, but never
fail to be kind. Oh, and you mustn't tell anyone your name. No-one would
understand it, anyway. Except... except children. Children can hear it... sometimes... if their hearts are in the right
place, and the stars are, too. Children can hear your name. Agh! But nobody
else. Nobody else, ever”
WOW! Me arrepiou.
Por fim, a parte
final, que será ETERNIZADA, e que nos emocionou:
“Laugh
hard... run fast... be kind. Doctor... I let you go”
Lágrimas nos
olhos, emoção a mil, a era de Peter Capaldi chega ao fim.
Regeneração belíssima. Seja bem-vinda,
Jodie Whittaker, confiamos em você!
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