Chico Bento Moço, Edição #17 – O Desaparecimento das Abelhas
Eu gosto muito
dessa edição do “Chico Bento Moço”,
mas ela representa uma espécie de mudança
na revista. Ainda estamos com o pessoal da UFA, e será a última vez que os
veremos por muito tempo… o roteiro é interessante, bastante didático, mas envolvente. O principal problema,
para mim, é que parece que tem um fim abrupto demais. Como se o roteirista
tivesse se dado conta do quanto de páginas usou no restante, e então teve que
acabar subitamente sem nenhum tipo de conclusão… espero que possamos voltar a
essa história um dia e rever Melinda, com alguma informação bacana. Como
acontece, por vezes, em Chico Bento Moço,
essa edição trouxe um problema real que tem tudo a ver com o Chico para a
revista, e trabalha com um processo de conscientização, nos avisando do quanto estamos fazendo mal ao planeta.
Abelhas. Em uma excursão da UFA, Chico e os amigos
estão indo visitar uma Fazenda Apícola, que não é uma fazenda comum, mas um
laboratório que está estudando a Síndrome do Colapso das Colônias, tentando entender o motivo de as abelhas
estarem desaparecendo. A edição tem passagens que não se referem à parte de
conscientização, e são bem bacanas, como o Chico com dor de barriga no começo,
o Bombeta pensando besteira e a Melinda, uma garota do passado do Chico que
reaparece. Mas, de um modo geral, a edição é educativa. Aprendemos muito sobre
as abelhas e o quanto elas são essenciais para manter a vida no Planeta Terra,
e o problema de elas estarem desaparecendo no MUNDO TODO é preocupante e
ninguém sabe bem o porquê nem para onde elas vão… mas provavelmente tem a ver com as nossas atitudes com a natureza!
Ficção científica, realidade ampliada – uma
sugestão de resposta a um problema
não solucionado na realidade. Conhecemos Amélia, uma “abelha especial” que tem
um rastreador em seu corpo, e que ainda tem uma projeção imensa sua, de
realidade ampliada, para que o Projeto Aristeu possa estudar e descobrir para
onde as abelhas estão indo… em um acidente, Chico libera a Amélia, e entra em
uma câmara de realidade ampliada para descobrir para onde ela foi, descobrindo
um Castelo no céu, provavelmente em ultra-violeta e um “Monstro-Abelha-Vilão”
que, no fim, não é nada disso… eu gosto da aventura, eu gosto do desenho do
Chico voando sobre a abelha gigante, como foi para a capa da revista, e eu
reconheço que deve mesmo ser uma experiência bacana, embora ele tenha que constantemente
se lembrar de que “são só imagens”.
A revista é misteriosa, e trabalha com algumas
possibilidades bacanas. O Chico descobre que o “Monstro-Abelha-Vilão” não é um
vilão, mas seres que estão acolhendo
as abelhas que querem deixar a Terra porque a vida no Planeta está se tornando
insustentável rápido demais. O Chico,
por sua vez, acredita que eles podem salvar a Terra, podem mudar os seus
hábitos, e a Melinda, cuja PAIXÃO na vida SÃO AS ABELHAS, se oferece como
embaixadora e amiga para ir até esse “Castelo no Céu” para aprender mais sobre as abelhas. A edição acaba de modo
abrupto, questionando o que aconteceu e o que não aconteceu. Nenhum computador
registrou nada de castelo, por exemplo, mas Melinda está realmente desaparecida. Chico está sendo tratado como se tudo fosse
uma ilusão, causada pelo estresse, mas eu acredito nele…
Embora
talvez ninguém mais vá acreditar.
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