Chiquititas (2014) – Vivi vai para Porto Alegre!
Quanta tristeza!
Eu gosto
quando “Chiquititas” se aventura em
fazer um drama e sabe desenvolvê-lo bem. Foi exatamente o caso, e eu fui às
lágrimas com o caso das irmãs Vivi e Tati. Se na nossa versão Vivi realmente desapareceu e a Tati voltou em
uma versão “alternativa” toda mudada, aqui a história é condizente, e temos uma
narrativa muito bonita, embora muito triste, que envolve um pouco de sucesso na
carreira de Vivi. Depois daquela
história toda do book, de o Samuca
ajudar a Vivi a tirar boas notas na escola e então a Carol ajudá-la, a Vivi
(assim como a Pata) conseguiu participar de um desfile (aquele mesmo em que a
Marian fez a Pata cair e a Vivi viu o Cícero na plateia), e parece que agora
isso já está gerando resultados: ela
ganha um convite para ser a garota propaganda de uma marca, mas para isso,
precisa passar um ano no Rio Grande do Sul.
Assim, vem
sofrimento!
Tudo começou
por causa da indecisão de Vivi, sem
saber se devia ir ou não. É evidente que ela deve ir, mas ao mesmo tempo o
sofrimento da Tati é tão natural e compreensível. Assim, sofremos pelas
duas irmãs enquanto elas, também, são tomadas pelas lágrimas. A relação é
complexa, e nenhuma das duas está errada. Precisamos
avaliar a situação a partir de ambos os pontos de vista. Resumindo a
situação, Vivi vai embora, e Tati vai ficar “sozinha” no orfanato durante um
ano. E a Tati, ainda muito novinha, não consegue entender o que a irmã está
fazendo, nem que é pelo bem delas (quando a Vivi diz, chorando, que está
pensando nela, e que só quer dar um futuro melhor para ela também, meu coração
se partiu!), porque o seu nível infantil de compreensão só consegue entender
que ela será abandonada. E ela já foi
abandonada pelos pais antes.
Ela não quer passar por isso novamente.
“Não me diga mentirinhas, dói demais”
O sofrimento
de Tati é compreensível. Para uma criança, um
ano é muito tempo, e sempre comentamos o quanto Tati ama a sua irmã mais
que tudo. Agora, por outro lado, entendemos totalmente o lado de Vivi. Afinal
de contas, É O SEU SONHO (!), e essa é uma oportunidade e tanto, que ela não pode
recusar. É triste ver a Tati sofrendo, pedindo
para ela não ir embora, enquanto a Vivi tenta explicar. Ela não está sendo
egoísta, e eu não acho que ela não devia
ir. Se ela voltar mais cedo, okay, mas deixar de ir ia ser prejudicial. Ela
estaria abrindo mão de um sonho seu, e por mais que ela ame a Tati, ela
provavelmente culparia a irmã para sempre por causa de um sonho não realizado…
e qualquer frustração seria remontada a isso, e então seria eternamente
doloroso para ambas, e muito pior do que esse “um ano afastadas uma da outra”.
Mas Tati fica
brava. Todo mundo tenta falar com ela. A Carol. O Chico. Mas ela só acha que a
irmã não a ama mais, e é angustiante vê-la chorar por isso. A Mili chega até a
contar uma história sobre isso. Você sabe,
aquelas histórias alegóricas da Mili que, na verdade, falam sobre elas mesmas. A
história é simples, mas faz todo o sentido. É sobre passarinhos no ninho, e
sobre como a passarinha mais nova não pode segurar a irmã mais velha ali quando
ela aprender a voar, porque isso deixa a irmã passarinha mais velha muito triste, a ponto de perder as suas
penas. É tristíssimo e muito bonito, e o jogo de câmeras que nos mostrou a
Vivi, chorando, mas imóvel em sua cama, em primeiro plano, e a Tati em segundo,
chorando enquanto olha para a irmã, foi lindíssimo e inteligente. Foi,
inclusive, o fim de algum capítulo, não me lembro exatamente o número.
Eu estava
muito incerto sobre o que aconteceria, e curioso. A despedida de Vivi e Samuca
é lindíssima, e ele está tão fofo, tão apaixonado, tão triste que ela vá
embora… e a Vivi está apresentando uma maturidade que desconhecíamos até então,
e talvez seja uma das melhores histórias dedicadas a ela. Ela agradece Samuca por
tê-la ajudado, porque “nada disso seria possível sem ela”, e eles se abraçam. Então,
depois de uma despedida DOLOROSA com todo mundo, a Vivi vai embora, chorando, e
a Tati fica para trás, chorando também.
Aquele “Tati, não fica brava comigo, tá? Eu
te amo” foi uma das coisas mais lindas que eu ouvi, e também das mais
tristes. E então Vivi parte para Porto Alegre, enquanto Tati fica chorando no
orfanato, com as pequenas lhe fazendo companhia, e com “o Homem Triste”
retornando para consolá-la.
É bonito.
Enquanto isso,
Vivi conhece “Duda Bündchen”. Uma gracinha, mas a atuação? PÉSSIMA!
Uma nova era
para Vivi… estou curioso!
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