Maria do Bairro – Lhes apresento: MARTA LAURA

“MARIA! ¿Estás viva? ¡Contéstame!”

Ah, como eu AMO Maria do Bairro! Vendo a novela, a vontade é que não termine nunca. Na verdade, a Maria sofre MUITO do começo ao fim da novela, e você até quer que a novela chegue ao fim para ver a personagem da nossa amada Thalía, enfim, ser feliz por tempo indeterminado – mas a verdade é que a trama é BOA DEMAIS e você já vai ficando com saudade… depois de tudo o que já aconteceu, e foi MUITA COISA em um roteiro longo, a novela dá uma guinada legal que inicia toda uma nova história e apresenta personagens novos quando você achava que estava prestes a ser encerrada. Quer dizer, ela ainda está prestes a ser encerrada, mas tem muita coisa acontecendo nessa reta final da trama, e é MARAVILHOSO. Nandinho agora, finalmente, sabe que sua mãe é inocente e se entregou só para salvá-lo, e provas da inocência de Maria surgem.

Ufa.

Maria do Bairro finalmente deixará a prisão… ela continua muito brava com Luis Fernando por causa da armação de Soraya Montenegro que a levou a pensar que eles estavam tendo um caso, por isso continua exigindo o divórcio, dizendo que vai trabalhar e morar sozinha. Mas embora a inocência de Maria seja declarada, ela ainda tem mais uma noite a passar na penitenciária, e estará livre no dia seguinte, às 10 da manhã… ele pede para que liberem Penelope da solitária (foi bonitinho de sua parte), e quando tudo parece que está indo bem… ACONTECE UM INCÊNDIO! É engraçado como começar a rever essas cenas traz toda uma lembrança forte da época! Lembro-me claramente do desespero da cadeia pegando fogo, dos gritos, e da bondade incontestável de Maria que, depois de tudo, entrou para salvar Penelope porque não podia deixá-la morrer no fogo.

O problema é que, como era de se esperar, Maria consegue livrar Penelope do incêndio, mas fica em seu lugar sem conseguir sair. Um verdadeiro desespero – o mais legal é que a preocupação de Penelope com Maria é VERDADEIRA, tanto que quando todo mundo foge, ela fica para trás, gritando e chamando por Maria entre lágrimas: “MARIA! ¿Estás viva? ¡Contéstame!” Acredito na tristeza de Penelope, talvez motivada pela culpa, afinal Maria a salvou depois de tudo… mas quando a polícia e os bombeiros chegam, ainda têm quatro detentas desaparecidas, dentre elas Maria do Bairro, que ironicamente estaria livre no dia seguinte. A partir dali, Maria não aparece depressa… ELA REALMENTE FICA DESAPARECIDA. É um nervosismo todo, e Soraya regozija-se, assistindo ao jornal e entendendo que “Maria do Bairro morreu queimada”.

Mas não é verdade…

Sofro com Luis Fernando, com Nandinho, com Don Fernando, com Victoria, com Lupe… eles são informados de que Maria está desaparecida, depois que Maria está morta, e as lágrimas são pungentes! No entanto, enquanto não surgir o corpo, alguns deles NÃO PERDEM AS ESPERANÇAS. “A veces Dios hace grandes milagres”. E Deus realmente faz milagres, embora nem sempre as pessoas os enxerguem… é doloroso ver Maria, fraca, suja e acaba na escada da igreja, estendendo a mão, rosto abaixado, e ver Luis Fernando parar para deixar uma moeda sem olhar atentamente para a moça, entrando para rezar e pedir um milagre de que Maria esteja viva… deve ter sido uma angústia pensar na morte de Maria do Bairro, ainda que saibamos que ela não podia morrer – e quando ela anda, suja e fraca, e acaba desmaiando na rua, sentimos todo o desespero que o momento evoca.

Mas ainda bem que, boa como é, ela é rodeada de verdadeiros “anjos da guarda”.

Porque enquanto a família fica de luto ou se agarra a esperanças, e Tita retorna por causa da mãe, Maria é atendida pelo Dr. Daniel, um médico simpático e sofrido (que perdeu a esposa), que lhe pergunta o seu nome e ela responde dizendo que não sabe quem é. Maria do Bairro, nas retas finais de sua novela, PERDEU A MEMÓRIA. Pelo menos ela é bem tratada. Ganha comida, um banho, outras roupas… fica absolutamente ESTONTEANTE quando limpinha, com sua voz doce e confusa, e o sofrimento com que fala sobre não saber quem é e não se lembrar de nada é doloroso. Ela diz que não sabe o que fazer, e pede que não a deixem na rua de novo, que eles a deixem ficar ali, que ela fará o que for preciso para isso. Assim, o Dr. Daniel aceita ficar com ela na sua casa, para cuidar de seus dois filhos, Carlitos e Perlita, que tentam adivinhar seu nome…

E a batizam MARTA LAURA.

Assim nasce a doce Marta Laura, babá dos filhos de Daniel, quase uma Mary Poppins para seus filhos pequenos… mas ver as crianças pequenas, como Carlitos, começam a fazê-la recordar de flashes de memórias, como dar Nandinho na praça… felizmente, no entanto, “Marta Laura” fica BEM na casa, feliz com as crianças, sentindo-se útil, e Daniel naturalmente começa a GOSTAR dela, mas ninguém pode culpá-lo. Além de linda, ela é doce e encantadora, acho que é difícil não fazer todo mundo ao seu redor se apaixonar por ela… assim, a ambiciosa Cecília aparece como uma fraca vilã temporária, a mulher que quer se casar com Daniel e, por isso, detesta “Marta Laura”, mas a verdade é que pessoas boas como a Maria SEMPRE encontram inimigos e pessoas que não gostam delas… por isso Cecília resolve “se livrar de Marta Laura”.

O problema (ou não), é que Cecília é bem BURRA nos seus planos… ela tenta colocar algo no leite de Perlita, por exemplo, que causa uma dor de estômago (tadinha) e a leva até o hospital, coincidentemente o mesmo hospital onde Agripina está internada e quase morrendo – assim, quando “Marta Laura” chega com a menina desmaiada nos braços, pedindo ajuda, ela encontra justamente quem? LUIS FERNANDO DE LA VEGA. É uma cena repleta de TENSÃO. Algo ativa sua memória, mas apenas as coisas ruins e as vezes que Luis Fernando a fez sofrer lhe voltam à mente… então ela se esquiva, diz que ele é MAU, e consegue escapar dele e pedir que Daniel não lhe conte onde ele está… quanto a Cecília, depressa ela é desmascarada, quando Perlita volta para casa e fala que a única coisa que tomou foi um copo de leite que Cecília lhe deu.

Tudo resolvido. É UM GOSTO TREMENDO VER CECÍLIA CAIR.

A odiamos tanto em tão pouco tempo!

A história de “Marta Laura” começa a chegar ao fim quando Caridad vai trabalhar na casa do Dr. Daniel, e em seu primeiro dia lá encontra MARIA DO BAIRRO. Quer dizer, o mundo é mesmo um “lugar pequeno”, como dizem, e repleto dessas “coincidências”, se você acreditar nelas. “Usted es María la del Barrio. ¡Mamá de Nandito!”, exclama a mulher, e então leva Maria para o hospital para que ela veja Nandinho (novamente ela não deixa Luis Fernando se aproximar). O reencontro e o abraço de Maria e Nandinho é emocionante, como sempre, mas Maria ainda está muito debilitada, e as falhas de sua memória lhe dão reações estranhas… é bonito ver a reação DOS OUTROS, como a felicidade genuína de Don Fernando quando a vê – ele SEMPRE amou a Maria! Mas Soraya Montenegro ainda tem um último golpe, embora seja essencial para a recuperação da memória de Maria e para solucionar um mal entendido…

Então Soraya, no fim de tudo, ajuda…

Na cena da cabana…

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