“¡Y a mucha honra!, María la del Barrio soy”
Maria do
Bairro é uma das minhas novelas FAVORITAS na minha vida toda. Eu assisti em
1997 na época de sua primeira exibição no SBT, e depois novamente, claro, em
reprises infinitas da novela na emissora – e
recentemente adquiri o DVD. Foi TÃO MARAVILHOSO poder estar de volta a esse
universo todo, poder novamente se apaixonar por Maria do Bairro, a terceira
Maria de Thalía na “Trilogia das Marias”, e o restante dos personagens, com
todas suas qualidades e defeitos, como Nandinho, Agripina, Tita, Lupe… e o
próprio Luis Fernando, repleto de problemas, que me enfurecia em várias
ocasiões, mas que no fim era uma pessoa tentando ser boa, e o amor da vida de
Maria… ah, e claro, Soraya Montenegro, uma das vilãs mais icônicas da história
das novelas mexicanas, que chegou até a morrer e voltar dos mortos para
atormentar Maria e Luis Fernando!
Em Maio de 1996, quando a novela chegou ao fim no
México, o público mexicana se preparava para assistir a “La Antorcha Encendida”, telenovela que não foi exibida no Brasil e
foi a última telenovela HISTÓRICA produzida pela Televisa, se passando na época
da Independência do México. No Brasil, “Maria
do Bairro” estreou substituindo “Marimar”,
outro memorável êxito de Thalía, e quando chegou ao fim, em Julho de 1997, os
brasileiros se preparavam para acompanhar as aventuras das meninas do Orfanato
Raio de Luz na primeira versão brasileira de “Chiquititas”, que viria a durar cinco boas temporadas, com pausas
no meio em que foram exibidas novelas como “O
Diário de Daniela”. As novelas infantis entravam com força a partir de
então, mas as tramas de Thalía JAMAIS foram deixadas de lado, com reprises e
mais reprises.
Nós? ADORAMOS CADA REPRISE!
O que eu acho bacana em Maria do Bairro é justamente isso, a capacidade de nos fascinar e
de nos envolver mesmo que já tenhamos visto e mesmo que já saibamos o que está
por vir. É APAIXONANTE acompanhar os primeiros dias de Maria do Bairro, quando
ela está naquela vidinha triste do bairro, mas nunca deixa de ser a garota
alegre, que fala de forma tão informal, que não pensa no que diz… que reclama
com o Padre Honório porque ele vai atender Don Fernando sendo que ela estava
ali primeiro – E É O SEU ANIVERSÁRIO! Também é incrível quando Don Fernando
leva Maria para morar na Casa dos De la Vega depois que sua madrinha morre, e
temos Maria chegando na casa um pouco sujinha, com luvas verdes e rasgadas,
vestidinho preto e aquela icônica coroa sobre os lindos cabelos cacheados que
lhe deixam encantadora.
Maria do Bairro é encantadora mesmo. Sempre foi. E
o roteiro é fascinante. Porque caminhamos por uma história repleta de
acontecimentos e reviravoltas. Se a primeira fase é cheia de história, com a
Maria estudando e se tornando mais educada e culta, com Luis Fernando brincando
com ela para se vingar das mulheres, rapidamente ele acaba se apaixonando por
ela de verdade, e eles só não podem ficar juntos por causa de Soraya, que forja
uma gravidez e exige um casamento – no entanto, a novela ainda nos
surpreendente com a amplitude de sua trama quando Soraya, supostamente, morre
caindo de uma janela, e Maria do Bairro e Luis Fernando podem, enfim, se casar.
E MARIA FICA GRÁVIDA. Da gravidez de Maria, vem toda uma nova leva de tramas
quando ela é acusada de traição, abandonada e surta.
Culminando
no momento em que dá o seu filho no banco da praça.
A partir dali, a história de Maria do Bairro é a
busca eterna por seu filho, mesmo que os anos passem e passem, e ela só vá
encontrá-lo (sabendo que é ele), quando ele é um jovem vendedor de bilhetes de
loteria. Eu gosto da riqueza de tramas que a novela apresenta, com toda a
aproximação de Maria e Nandinho, por exemplo, gradual, e as desconfianças que
geram infinitos mal entendidos que são esclarecidos ainda muito antes do fim da
novela… porque nós ainda teremos, depois que tudo parece “estar bem”, o retorno
de Soraya Montenegro para seduzir Nandinho, sair impune de um julgamento, e
conseguir condenar Maria do Bairro a 20 anos de prisão por um crime que não
cometeu. Quando você acha que está acabando, entramos em outra história, mais
um punhado de personagens, e muita confusão como “Marta Laura”.
Wow.
Maria do
Bairro é uma novela apaixonante. Com seus 185 capítulos (na versão
original), a novela traz boas histórias e bons personagens com interpretações
incríveis – Thalía está UM MÁXIMO. Você se envolve, se diverte, se emociona e
se angustia. Tudo mais ou menos ao mesmo tempo. A novela te prende porque você
SEMPRE quer ver alguma coisa
acontecer, o que garante uma qualidade muito boa. Agora, depois de tê-la
revisto no DVD e passado um bom tempo escrevendo todos esses últimos textos (e
continuamente escutado “María la del
Barrio”), eu estou aqui me despedindo dela mais uma vez, e ela vai deixar
saudade. Já sinto falta da Maria e de todo mundo. Da sua maneira de falar, da
sua deliciosa abertura. Minha vontade é de correr para assistir “Marimar”, “María Mercedes” ou “Rosalinda”…
Mas quem disse que eu não vou fazer isso?
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