Dark 1x09 – Alles ist Jetzt (Tudo é Agora)
“O ser humano sempre questionou sua origem. Sua
criação. Ele foi criado por Deus? Ou é um produto da evolução? Se pudéssemos
ver o ontem e o amanhã simultaneamente, a origem e o fim, o universo inteiro,
em um só momento, finalmente encontraríamos respostas para a principal
pergunta: o que é o ser humano? De onde ele vem? O que o motiva? Qual é seu
propósito?”
“Não existe verdades. Apenas histórias”
Deixando
claro de uma vez por todas a premissa de “Dark”,
esse episódio vem com uma introdução fantástica e um desenvolvimento brilhante
para enfatizar, novamente, que TUDO É
AGORA. Tudo está acontecendo ao mesmo
tempo. “Não existe” passado, presente e futuro, tampouco a linearidade em
que as pessoas costumam acreditar… o passado interferindo no futuro, o futuro
interferindo no passado, e coisas desconcertantes,
para alguns, como Ulrich descobrindo que, mesmo com as suas tentativas, ele não conseguiu mudar a linha do tempo.
De alguma forma, ele apenas a criou. Iniciamos o episódio em 1953, passamos por
1986 e 2019, mas não chegamos a ver 2052, algo que eu estou bem ansioso, e
espero que a segunda temporada de “Dark”
nos apresente… e é impressionante como TUDO ESTÁ CONECTADO, sempre.
Em 1953, Helge é oficialmente dado como desaparecido, e Ulrich anda meio perdido
por Winden, com o olhar perdido, confiante de que mudou a linha do tempo,
talvez se sentindo um pouco culpado por ter “matado” uma criança. É interessante
notar como temos uma sequência de Ulrich versus
Egon na floresta, uma cena repleta de tensão que quase permite que Ulrich
retorne para as cavernas e para seu tempo, mas ele fica desconcertado ao ouvir
o policial citar os “dois corpos encontrados nas obras da usina”, porque ele
esperava que tivesse mudado isso tudo.
Depois de todo o horror que cometeu no último episódio, Ulrich não tem mais nem
a desculpa, para sua consciência, de que salvou
algumas vidas ao fazê-lo. Então, completamente confuso e sem lutar mais,
Ulrich se permite ser levado preso depois de confessar que matou Helge.
Mas sem que o tenha matado de fato.
Em 1986, curiosamente acompanhamos um
embate totalmente diferente, mas paralelo, de Egon e Ulrich. Dessa vez, Ulrich
é um jovem injustamente acusado de estupro deixando a cadeia, e Egon é um
policial velho muito mais amargurado do que a versão de 1953. As sequências nos
confirmam que Katharina não foi mesmo
estuprada por Ulrich (ela apanhou da mãe por causa da mentira de Hannah), e
vemos Hannah plantar a ideia de que foi Regina quem o denunciou. No confronto
futuro de Katharina contra Regina, no entanto, um rapaz cheio de passaportes
falsos, que se nomeia “Aleksander Köhler”, aparece em sua defesa, exigindo que
eles peçam desculpas a Regina e os ameaçando com uma arma caso eles continuem
pegando no pé dela… então, quando ela percebe que ele está machucado, ela
resolve cuidar dele. Seu futuro marido.
Depois disso,
Aleksander aparece na usina, como um “amigo de Regina”, pedindo emprego a
Claudia Tiedemann, uma das primeiras a entender toda essa confusão das
cavernas. Não apenas em relação aos componentes químicos que a usina nuclear
esconde lá, mas também à conexão dos tempos, por encontrar sua cachorrinha
Gretchen, depois de 33 anos. Ela sabe que
não faz sentido, mas também sabe que é a mesma cachorra. Em paralelo, vemos
o momento em que Helge não aparece, como prometido, ao interrogatório, pois ele
está construindo com Noah o futuro “quartinho da tortura”, que Noah chama de
sua “Arca”, para quando ele construir uma máquina do tempo que “conserte tudo”,
do “começo ao fim”. É bem macabro e repleto de mistérios, enquanto aumentamos a
galeria de pessoas que “querem consertar a linha do tempo”.
Por fim, 2019. Primeiro lugar: HANNAH NÃO PRESTA.
Não sei como ela teve um filho tão amorzinho quanto o Jonas! Deve ser genes do Mikkel. As cenas de
Hannah começam com os passaportes de Boris/Aleksander que ela roubou em 1986, e
então uma visita enfurecida de Katharina, em busca de Ulrich. Me enoja a atitude
de Hannah e as suas mentiras deslavadas, quando diz a Katharina que acabou tudo
entre ela e Ulrich, mas que foi ela
quem terminou, que ela nem queria
isso no começo, mas ele não desistia dela
e coisas assim. Ela termina dizendo a Katharina que Ulrich queria abandoná-la,
que não a amava mais, e que amava a ela. Sério,
eu queria aquela Katharina encrenqueira e lutadora nesse momento! Para intensificar
o problema, Hannah chantageia “Aleksander”, o marido de Regina, para que ele
DESTRUA O ULRICH. Tudo o que eu tenho a
dizer, novamente, é: HANNAH NÃO PRESTA.
Um dos
momentos mais interessantes e mais angustiantes foi Jonas resistindo a
Martha. Embaixo de chuva, em uma cena linda, ela vai até ele, confronta-o por
ter sumido, mesmo depois de ter ido ao teatro e tê-la beijado, e então ele diz
que “foi errado o lance entre eles”. E não por Bartosz… é que agora ele SABE que ela é sua tia, embora ele não tenha
coragem de contá-la. Apenas diz que eles “não combinam”, e precisa manter-se
firme mesmo depois que ela o beija. E falando em Bartosz, ele recebe uma visita
misteriosa de Claudia Tiedemann, sua avó que ele acreditava estar morta, que
lhe entrega uma foto dela e de Regina para ele entregar à mãe, uma foto de “antes
do verão e tudo o que se seguiu”, seja lá o que isso quer dizer. Por fim, ele
vai até Noah, diz que “ele acertou todas as previsões” e possivelmente aceita
uma oferta de Noah.
Seja ela qual for.
E isso me angustia muito!
O final do
episódio é repleto de mistério, e nos “prepara” para o Season Finale no próximo episódio, mas não espero nada muito
conclusivo… afinal de contas, não é o tipo de série que amarra didaticamente
todas as suas pontas, ela gosta de
fazer-nos pensar. Além do mais, ela
já está renovada para uma segunda temporada! De todo modo, o final é MUITO
BOM, e mostra relógios em 1953, 1986 e 2019 no mesmo horário, reforçando a ideia de que TUDO É AGORA. Por
fim, vemos H. G. Tannhaus trabalhando no celular de Ulrich, tentando encontrar
uma maneira de dar-lhe energia novamente, e então ele recebe a visita, em 1953,
de Claudia Tiedemann, a Claudia de 2019, que lhe traz os projetos detalhados da
máquina que ainda vai ser criada,
também, supostamente, com o intuito de “consertar a linha do tempo”. Eu acho
que é bem difícil de eles conseguirem fechar essas passagens nas Cavernas de
Winden…
O próximo episódio dirá!
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