[Season Finale] Dark 1x10 – Alpha und Omega
“Achamos que somos livres, não somos. Seguimos o mesmo caminho.”
Algumas
respostas, muitas dúvidas e uma vontade da segunda temporada PARA JÁ! “Dark” chegou com tudo e é uma das
minhas produções favoritas no gênero de ficção científica. Nesse incrível Season Finale, vemos acontecer coisas
sobre as quais apenas ouvimos falar até então, e algumas respostas começam a
surgir, por exemplo, quando Peter, na noite em que Mikkel desapareceu, vai até
o bunker, rezar, e então vemos uma
ruptura no contínuo de espaço-tempo se abrir, deixando Mads Nielsen cair morto,
em 2019. É um momento desesperador, mas que nos mostra quanto as pessoas estão conectadas com essa trama.
Peter Doppler, Tronte Nielsen, Claudia Tiedemann… há muitas pessoas envolvidas,
muitas pessoas que desvendaram o mistério dos 33 anos, e agora muita gente tentando fechar essa ligação
entre 1953, 1986, 2019 e 2052…
Quiçá até mais.
Estamos em 12
de Novembro de 2019, em uma parte da história. Jonas tem um pesadelo simples e
macabro de Mikkel dormindo ao seu lado, e então, desistindo dos remédios, ele
vai até Ines Kahnwald, sua avó, para
confrontá-la, para saber se ela sabia sobre “o garoto do futuro”. E então ela lhe entrega novamente a carta
que ele queimou. Ele não pode fugir disso. Foi uma das minhas cenas
FAVORITAS na temporada toda, porque Jonas Kahnwald é meu personagem favorito e
eu amei a interpretação de Louis Hofmann quando ele explode, dizendo que ela
podia ter salvado o Mikkel. “Agora eu
tenho outra avó que é diretora da minha escola. O marido dela, que transa com
minha mãe, procura o filho, que é meu pai! Há alguns dias, eu beijei minha
tia!” É DEMAIS para ele aguentar, e é torturante vê-lo chorar e sofrer
daquela maneira… ele sente que quem está
errado é ele.
Mas tudo está “errado”. Ou não.
1986, Mikkel
e o seu desejo por uma mágica que é impossível de ser feita: acordar desse pesadelo. 1953, e Egon
Tiedemann prende Ulrich, o que faz total sentido, tendo em vista a história dos
dois, em 1986, passado de Ulrich e futuro de Egon. E cada vez mais parece que
Ulrich perdeu o juízo… ele ainda acha que
pode mudar tudo, mas já é tarde demais. Quem também faz uma participação assustadora nesse episódio é Bartosz, um
personagem ainda inescrutável, que confronta Jonas por ele tê-lo abandonado
quando prometeu que iria com ele, ou por ter beijado Martha. E a briga dos dois
é intensa, coisas fortes como “Você é
doente como o seu pai!” são ditas, e os dois acabam rolando no chão e na
chuva, em uma cena importante e triste… Jonas
vai embora, com a boca sangrando. Mas ele já não se importa com nada, a
tristeza no olhar, a vontade de morrer, talvez.
Será ele o estranho sobre o qual Noah
comenta?
As pessoas
estão tentando mudar o rumo das
coisas, daquilo que já aconteceu, em qualquer um dos anos. Eles estão em um
laço temporal, passado influenciando o futuro e o futuro influenciando o
passado… tudo está conectado. Helge
Doppler de 2019, velho, confronta o Helge Doppler adulto de 1986, e diz que
“ele precisa parar”, diz que tudo o que Noah diz é mentira, e que ele o está
usando… ele não é o escolhido, ele não
quer salvar o mundo do mal, ele É o mal. “Hoje é o dia. O começo e o fim. Não
cometa os mesmos erros que eu”. Mas não é o suficiente. As coisas seguem, O
COMEÇO E O FIM, essa noção de que “esse é o último dia” e que, a partir de
então, tudo será novo. “Mads will live”?
E quanto a Helge, não importa o que ele tente fazer, como aquele acidente de
carro para matá-lo em sua versão de 1986… não
é o suficiente.
Helge é difícil de morrer.
O próximo,
segundo o plano de Noah, é JONAS KAHNWALD, e meu coração se apertou quando seu
nome foi mencionado, de verdade. Jonas passa pelas Cavernas de Winden
diretamente para 1986, onde finalmente planeja interferir. “Trazer alguém dos mortos”. Ele está no hospital,
diretamente para o quarto de Mikkel, para levá-lo de volta para 2019, quando
ele é surpreendido por Noah e é sequestrado, colocado diretamente no “quartinho
da tortura”, onde o “Estranho” o encontra, conversando com ele a partir do lado
de fora, explicando-lhe do que se trata aquele lugar: UMA MÁQUINA DO TEMPO. E
aquilo me causou calafrios, por pensar nas crianças mortas para esses testes de
Noah, como Mads Nielsen, como Erik Obendorf, provavelmente. Por isso as crianças aparecem mortas,
desorientadas e com os olhos queimados daquele jeito.
“É um protótipo de uma máquina do tempo. Você é o
ratinho de laboratório. A passagem na caverna fica exatamente sob o quarto.
Quando abre, a energia flui por esse quarto. Mas precisa ser reforçada. Não é
um DeLorean. Nada de fumaça e vapor. A primeira máquina do tempo é um quarto
com 4 paredes. Mas ainda não funciona direito”
E ele ainda
adiciona, consolidando uma teoria que há muito circulava:
“É o único jeito de tudo voltar ao normal de novo. […]
A carta. Você queimou. E mesmo assim ela ainda existe. Você carregará a carta
por 33 anos antes de passá-la adiante. Para você mesmo. Eu sou você. Meu nome é Jonas Kahnwald. Eu mandei a carta para
você. Ou melhor, para mim mesmo. Tudo que está vivendo, eu já vivi. Eu queimei
a carta, como você, e recebi de volta da nossa avó. Já tive essa conversa. Mas
eu estava do outro lado. Achamos que somos livres, não somos. Seguimos o mesmo
caminho. De novo e de novo”
WOW.
Não é uma
total surpresa saber que o “Estranho” é, na verdade, o próprio Jonas Kahnwald,
diretamente de 2052, mas ainda assim arrepia saber disso oficialmente. Especialmente pela maneira como isso é trazido à
tona, e pela brilhante e dilacerante interpretação de Louis Hoffmann, chorando
e gritando, e dizendo que isso não era
possível. A lágrima escorrendo, a dor tão sincera e tão real. Ele só queria que as coisas voltassem ao
normal. Mas levar Mikkel de volta a 2019 causaria um paradoxo sem tamanho! Por isso, as coisas devem seguir o seu curso
natural. E enquanto isso acontece, Charlotte faz descobertas importantes,
como a foto de Ulrich Nielsen em um jornal de 1953, acusado do sequestro de
Hegel Doppler, há 66 anos. Duas vezes 33.
“Tudo está conectado”. E Noah nos mostra que tudo é parte do plano. Tudo.
Como ele diz
a Bartosz:
“Tudo está prestes a começar. O Jonas mais velho
destruirá o buraco, mas... ele não percebe que criará a possibilidade de sua
criação. Um paradoxo. O Césio em sua máquina inútil não destruirá o buraco para
sempre. É ele quem o faz existir. Ele acha que é o salvador. Mas Claudia mentiu
para ele. As pessoas são peões em um tabuleiro de xadrez. Guiados por mãos
desconhecidas. Servem apenas para serem sacrificados por um objetivo maior.
Jonas, Mikkel, as crianças, nada mais são que peças desse tabuleiro, em uma eterna
guerra entre bem e mal. Há dois grupos brigando pelo direito de viajar no
tempo. Luz e sombra”
E mais um
longo “monólogo” com Bartosz, antes de entregá-lo suas anotações…
…isso quer
dizer que Noah É O BARTOSZ?! Minha cabeça
martelando com isso!
Independente
de que guerras se escondam sob a superfície, agora é o momento da verdade. A
máquina está funcionando, as luzes piscam em todos os lugares e em todos os
tempos, tudo acontecendo simultaneamente, com uma trilha sonora de ARREPIAR.
Energia se criando, a ruptura se fechando ou se abrindo, difícil de dizer, e
uma conexão do quarto de Jonas em 1986 até o bunker de Helge em 1953… um vendo o outro, tentando alcançar o outro…
e quando as mãos se tocam, BAM! Tudo muda. É o momento em que já vimos
Helge acordar no “quartinho da tortura”, enquanto descobrimos o que aconteceu
com Jonas: acorda sem fôlego no bunker
cheio de fotos e linhas, mas ele não está em nenhuma época em que já estivemos.
Não. Estamos, agora, em 2052, uma versão distópica
do mundo que conhecemos em três outras épocas.
E tudo o que
temos a dizer é: “Bem-vindo ao futuro!”
JÁ QUERO
MAIS! \o/
aaah a cada episodio que vejo, leio sua analise, mas queria alguém para conversar de verdade. Essa serie rende muita opinião...
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